Discurso durante a 99ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Reclamação contra o suposto uso indiscriminado da fala na modalidade “pela ordem” nas sessões do Senado Federal.

Cumprimentos a todos os candidatos que participaram das eleições gerais. Preocupação com a polarização política dominante no cenário político nacional. Destaque para a importância da educação no debate político e para o desenvolvimento do País.

Autor
Confúcio Moura (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Confúcio Aires Moura
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Atuação do Senado Federal:
  • Reclamação contra o suposto uso indiscriminado da fala na modalidade “pela ordem” nas sessões do Senado Federal.
Eleições e Partidos Políticos:
  • Cumprimentos a todos os candidatos que participaram das eleições gerais. Preocupação com a polarização política dominante no cenário político nacional. Destaque para a importância da educação no debate político e para o desenvolvimento do País.
Publicação
Publicação no DSF de 07/10/2022 - Página 30
Assuntos
Outros > Atuação do Estado > Atuação do Senado Federal
Outros > Eleições e Partidos Políticos
Indexação
  • DEFESA, MELHORIA, ORGANIZAÇÃO, TRABALHO, PLENARIO, SENADO.
  • CONGRATULAÇÕES, CANDIDATO ELEITO, CARGO ELETIVO, DEPUTADO FEDERAL, SENADOR, ELEIÇÕES.

    O SR. CONFÚCIO MOURA (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO. Para discursar. Por videoconferência.) – Sr. Presidente, Sras. Senadoras e Senadores presentes, os ausentes, telespectadores, primeiro tenho uma reclamação.

    Eu vi muita gente inscrita que já saiu da sala. O atributo, o uso de expressões não regimentais, como o "pela ordem", isso e aquilo outro, entrando numa polêmica de um Senador contra, é um assunto que não tem nada a ver, pois é de ordem pessoal, e termina tirando até o argumento, o assunto que a gente tinha preparado para falar. Então, tem de colocar um pouco de ordem nessa sistemática, senão não vale a pena ficar aqui sentado esperando e ouvindo coisas que não têm nada a ver com o interesse nacional nem também com o andar da carruagem do Plenário do Senado.

    Muito bem, Sr. Presidente, eu quero aqui, feitos esses parênteses, dizer que estou vendo na tela aí muitos queridos Senadores e Senadoras que foram candidatos a cargos. Uns ganharam, outros perderam. Eu só digo o seguinte: ninguém perde, gente! Ninguém perde eleição. A campanha eleitoral é um ato fantástico de promoção da imagem da pessoa. Há o eleitor que, na última hora, opta por um ou por outro, e não é porque quem tirou menos voto seja ruim, não. De maneira nenhuma! É justamente por uma opção daquele momento histórico que a população vira para um ou para outro.

    Eu não quero que ninguém fique deprimido, que ninguém que disputou a eleição fique chateado – ninguém! –, porque isso aí não quer dizer coisíssima nenhuma. Não tem líder: o Mandela perdeu, foi preso. Você vê que todos os grandes líderes nacionais que perderam ou ganharam a eleição vão continuando. Quantas vezes o Suplicy já disputou a eleição? Ganhou e perdeu, e agora ganhou lá para ser o Deputado estadual mais bem votado do Brasil. Não é? Então, eu encorajo vocês. Eu parabenizo todos vocês que disputaram a eleição: para Presidente, eu estou vendo a Soraya aí; estou vendo o Esperidião, que disputou o Governo; o Izalci; a Leila; o Styvenson Valentin também. A todos vocês, meus sinceros parabéns! Parabéns a todos vocês! Que tenham o meu entusiasmo para que vocês continuem firmes, cada vez mais brilhando no Senado. Cada vez mais, diante do que vocês fizeram, agora vocês têm muito mais riqueza e conhecimento para abordar os temas e movimentar a dinâmica do Senado Federal.

    As urnas eletrônicas mostraram realmente a sua lisura. Eu não vi ninguém falando que deixou de ganhar ou perder, que ganhou mais ou menos voto, que perdeu, que tiraram voto por causa de urna eletrônica. Foi um sucesso, uma rapidez tranquila. Isso vem ratificar todas as previsões históricas das urnas eletrônicas.

    A polarização, minha gente, não é boa para ninguém. Esse paredão, de um lado, esse paredão rochoso, de outro lado, é simplesmente terrível. Ficaram aí a Soraya, a Simone, o Felipe e o Ciro Gomes no meio de uma estreiteza! E vai para um lado, não consegue subir. Vai para o outro, muda uma sistemática de debate, não vai, porque o paredão é impenetrável!

    Então, esse paredão não pode continuar por muito tempo, gente; esse paredão ideológico, polarizado, raivoso, que mata um, atira acolá, bate na rua. Não, não. Isso não é uma política sadia, não. Nós precisamos abrir o debate político, ser mais maleáveis, dar a oportunidade para que todos possam debater, não execrar e eliminar um candidato só porque está debatendo com dois radicais ali na frente. Nada disso!

    Então, eu acredito que isso é muito perigoso para o Brasil. Isso é muito perigoso.

    Vamos deixar, agora, transcorrer o segundo turno e nos esforçar bastante.

    Cada qual tem seu lado para votar, neste momento. Mesmo eu, que sou Simone, vou ter que decidir o meu voto, para que lado a gente vai puxar os amigos para votarem. Então, isso tudo é importante, neste momento.

    Vamos cuidar do nosso país. E, para cuidar do país, gente, vamos colocar a educação, a educação na pobreza, a educação do menino da favela, a educação rural do menino cujos pai e mãe são pobres ou cuja mãe é solo, a educação para a pessoa poder subir degraus sociais, um a um. É isso o que temos que fazer. Podem-se fazer todas as reformas do mundo, todas as reformas que estão engavetadas no Senado. Se nós não dinamizarmos uma educação para valer, o Brasil não sairá do buraco!

    Essas são as minhas palavras.

    Um abraço a todos vocês!

    Um abraço aos que foram candidatos! Parabéns, meninas e meninos! Sucesso!

    E vamos trabalhar estes próximos quatro anos!

    Um abraço, um beijo para todos.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/10/2022 - Página 30