Discurso durante a 38ª Sessão de Debates Temáticos, no Senado Federal

Sessão de Debates Temáticos destinada a debater o tema “Juros, Inflação e Crescimento”.

Autor
Esperidião Amin (PP - Progressistas/SC)
Nome completo: Esperidião Amin Helou Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Economia e Desenvolvimento:
  • Sessão de Debates Temáticos destinada a debater o tema “Juros, Inflação e Crescimento”.
Publicação
Publicação no DSF de 28/04/2023 - Página 39
Assunto
Economia e Desenvolvimento
Matérias referenciadas
Indexação
  • SESSÃO DE DEBATES TEMATICOS, DEBATE, JUROS, INFLAÇÃO, CRESCIMENTO, ECONOMIA.

    O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/PP - SC. Para discursar.) – Sr. Presidente, senhores ministros, querida Ministra do Planejamento, Senadora Simone Tebet; Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e nosso Presidente do Banco Central, quero saudar todas as autoridades e representantes aqui presentes – é o ônus de quem fala primeiro, sendo Senador.

    E quero cumprimentá-lo, Presidente, acho que esta sessão temática vem ao encontro de uma atribuição muito importante. Esta reunião tem um extraordinário senso, está sendo realizada sob o âmbito de um extraordinário senso de oportunidade. Portanto, eu me congratulo com a iniciativa de V. Exa., da Mesa e com a presença de todos.

    Vou fazer três observações pontuais, até em respeito ao tempo, para nós aprendemos.

    Quando me manifestei perante o Presidente do Banco Central anteontem – e aqui renovo a minha admiração fazendo uma paródia em relação ao livro A Lanterna na Popa –, eu acho que nós temos um bom farol na proa com a condução que o Banco Central deu no período da pandemia, na busca de fazer com que aquela caixa d'água de liquidez chegasse especialmente aos pequenos e microempresários, com uma canalização que não é tão lubrificada.

    Então, eu quero reiterar aqui, especialmente depois do gráfico que será completado pelo Guilherme Mercês – tem que esticar aquele gráfico até 1994, até o início da vigência do Plano Real...

    Os radares que nós usamos, os radares que têm popularidade no mercado não têm sido muito corretos conosco. Só vou lembrar que, na pandemia, os radares diziam que nós íamos cair 10% – ou não era isso? Era essa a previsão dos radares das agências de risco e que tais; caímos 3,4%. No ano passado, nós íamos crescer 0,7%, ou seja, os radares jogam para reduzir a nossa credibilidade, e a credibilidade significa um dos fundamentos.

    Então, acho que nós temos que fazer uma avaliação dos radares que norteiam a economia como um todo. Achei muito oportuno aquele gráfico, dentre tantos que foram apresentados, e esse é o meu comentário.

    Segundo, eu quero ratificar a informação, já que um dos assuntos básicos desta semana foi a questão das renúncias de receita, que a Comissão de Constituição e Justiça aprovou ontem um projeto que tem este objetivo: avaliar todas as renúncias fiscais, segundo a ótica de geração ou manutenção de emprego, competitividade para o setor e benefício para a sociedade. Isso tem que ser avaliado. Nos últimos 31 anos, nós fizemos várias tentativas e nunca conseguimos estabelecer a avaliação de custo-benefício de 320 ou 350 – os números variam...

(Soa a campainha.)

    O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/PP - SC) – ... mas são muito relevantes para que nós venhamos a abrir mão desses recursos sem avaliá-los. Eu não falo em passar o cutelo; falo em avaliar.

    E, finalmente, eu queria dar uma palavra em favor do novo arcabouço fiscal, respeitados os destaques que foram trazidos aqui pela D. Fernanda, e esperar que nós, em harmonia com o Governo, cheguemos a um termo correto, mantendo a responsabilidade de todos nós, de todos nós que queremos o bem do Brasil.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/04/2023 - Página 39