Pela ordem durante a 44ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa da proibição de apostas esportivas no Brasil. Comentários sobre a recente proibição estabelecida a que empresas de apostas patrocinem clubes de futebol na Inglaterra.

Autor
Eduardo Girão (NOVO - Partido Novo/CE)
Nome completo: Luis Eduardo Grangeiro Girão
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
Desporto e Lazer:
  • Defesa da proibição de apostas esportivas no Brasil. Comentários sobre a recente proibição estabelecida a que empresas de apostas patrocinem clubes de futebol na Inglaterra.
Publicação
Publicação no DSF de 11/05/2023 - Página 55
Assunto
Política Social > Desporto e Lazer
Indexação
  • DEFESA, PROIBIÇÃO, APOSTA, CAMPEONATO NACIONAL, FUTEBOL, PAIS ESTRANGEIRO, INGLATERRA, COMENTARIO, PATROCINIO, PROPAGANDA, UNIFORME, CLUBE.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar Vanguarda/NOVO - CE. Pela ordem.) – Não, eu queria concordar com o Senador Omar Aziz e dizer a quem é amante do esporte, independentemente se é futebol, se é vôlei, se é basquete, que isso está acontecendo em geral. Só que no futebol, como é a paixão nacional, está todo mundo percebendo a tragédia que está acontecendo, porque a gente está sendo enganado, está sendo manipulado.

    A gente tem que acreditar, claro, sim, sempre na ética do profissional, mas aqui no Brasil, Presidente, está sem controle, está completamente sem controle. Por exemplo, na Inglaterra, já começaram, Senador Giordano, a proibir propaganda dessas bets, dessas casas de aposta, em camisas de clubes. Está certíssimo! É para proibir na televisão, é para proibir nas placas de estádios, é para proibir jogador fazendo propaganda, porque isso é uma paixão nacional. Quantas vidas nós vamos perder para tomar uma atitude dessas? Aí é que é a pergunta, porque o cara começa caindo de produtividade...

    Quero repetir, Senador Weverton, que eu conversei, no final de semana passado, com um torcedor do meu clube – porque fui Presidente do Fortaleza. O cara é evangélico, Senador Otto; o cidadão que me procurou é evangélico. Ele nunca tinha colocado uma gota de álcool na boca, para o senhor ter noção. Ele disse: "Presidente [ele me chama de Presidente], eu caí na tentação do jogo por curiosidade. Eu sou apaixonado por futebol. Fiquei vendo, o tempo todo, aposta, aposta, aposta, aposta, e fui lá para ver". Ele mergulhou numa situação em que pegou empréstimo do FGTS – coitado –, pegou empréstimo com a irmã, deixou a família toda desolada e devastada – eu conversei com a família dele – e estava pensando bobagem, com a própria vida, um atentado contra a própria vida.

    A que ponto nós chegamos?

    Esta Casa precisa, imediatamente, tomar atitudes fortes. Se não for para proibir – eu concordo com o Senador Omar Aziz que a gente tinha que proibir mesmo –, pelo menos, proibir essas propagandas sobre casas de aposta que estão passando de todos os limites e prejudicando o grande patrimônio que nós temos hoje, no esporte, que é exatamente a paixão nacional, o futebol. Mas, repetindo: vale para todos os outros esportes.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/05/2023 - Página 55