09/05/2024 - 1ª - Grupo Parlamentar Brasil - Cazaquistão

Horário

Texto com revisão

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O SR. PRESIDENTE (Esperidião Amin. Bloco/PP - SC. Fala da Presidência.) - Muito bom dia.
Convido para assumir o seu respectivo lugar o Sr. Vice-Ministro das Relações Exteriores da República do Cazaquistão. Convido, igualmente, o nosso querido e já velho amigo Embaixador da República do Cazaquistão, Bolat Nussopov.
Presente está o nosso Deputado Claudio Cajado, que é o Presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Cazaquistão na Câmara dos Deputados.
Registro ainda, publicamente, a ausência do nosso Presidente do grupo, Senador Chico Rodrigues, que sofreu o infortúnio da perda de um velho colaborador, colaborador há mais de 30 anos e, portanto, uma pessoa especial na sua carreira política. Perdeu esse colaborador ontem e está acompanhando o corpo até o Estado de Roraima, onde haverá o cerimonial fúnebre.
Portanto, feitas essas observações, declaro aberta primeira reunião, de 2024, do Grupo Parlamentar Brasil-Cazaquistão, instituído pela Resolução do Senado nº 16, de 2015, cuja pauta se destina a:
1. receber o Sr. Vice-Ministro de Relações Exteriores do Cazaquistão, Embaixador Kairat Umarov;
2. segundo item, fortalecer o diálogo interparlamentar e os laços entre os dois países, Brasil e Cazaquistão, tratando do interesse parlamentar nas relações bilaterais.
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Até o momento, este grupo conta com a adesão de 14 Senadores e, aos Parlamentares que desejarem compor o grupo, informo que há termos de adesão disponíveis com a Secretaria desta reunião e os termos também podem ser baixados na página do Grupo Parlamentar, no site do Senado Federal. Já contamos com as autoridades à mesa e me cabe, neste momento, fazer um breve pronunciamento em nome da Presidência do Grupo Parlamentar.
Hoje, 9 de maio tem uma significação muito grande para um período recente da história do Cazaquistão. O dia 9 de maio é considerado o dia da vitória das antigas Repúblicas soviéticas parceiras do Brasil, como aliados, na Segunda Guerra Mundial. A participação do Cazaquistão não foi pequena. Um milhão e duzentos mil cidadãos se juntaram às fileiras do Exército, na época, da União Soviética para participarem diretamente dos combates. Outros milhares atuaram como guerrilheiros ou partisans na luta contra a ocupação estrangeira. Outras centenas de milhares de cidadãos cazaques contribuíram com o esforço de guerra, trabalhando dia e noite na fabricação de armas, munições e mantimentos para as tropas aliadas. Foi realmente uma epopeia. Ainda que dolorosa para a humanidade, merece ter o registro.
Em nome de todos, quero cumprimentar o povo do Cazaquistão, e a eles agradecer, na figura do Embaixador Bolat Nussupov e na do Vice-Ministro de Relações Exteriores, Kairat Umarov, e, além de recebê-los, lembrar que o Cazaquistão é um país com uma história milenar. Localizado na Eurásia, desempenhou papel crucial na ocupação e no desenvolvimento da Ásia Central. Esteve na encruzilhada das mais antigas civilizações e de suas rotas de comércio, constituindo um espaço de grande intercâmbio social, econômico e cultural. Sua economia tem crescido muito, com alto nível de emprego e controle da inflação.
Como o Brasil, o Cazaquistão tem um povo plural e um território rico e farto, sobretudo de recursos minerais. O Cazaquistão produz e exporta petróleo, gás natural, urânio, inclusive para as nossas usinas nucleares de Angra dos Reis. É um país que tem importantes reservas minerais, como cromo, zinco, manganês, cobre, carvão, ferro, ouro, tungstênio, barita, prata e diamante, entre outros. É também um país que pode suprir muitas das nossas necessidades em face do conflito momentâneo entre Rússia e Ucrânia.
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As relações entre o Brasil e o Cazaquistão têm muito potencial. Isso nos leva ao segundo item da pauta de hoje: fortalecer o diálogo interparlamentar. As relações interparlamentares são uma esfera relevante para aproximar os dois países. Em setembro do ano passado, uma delegação de Senadores, contando com o Senador Chico Rodrigues e com o Senador Angelo Coronel, fez uma visita ao Cazaquistão com o objetivo de promover esse estreitamento de relações. A missão visitou três cidades: Astana, Taldykorgan e Almaty.
Em Astana, a atual capital do país, participaram de sessão do Grupo Parlamentar Brasil-Cazaquistão. Tiveram encontros com Senadores cazaques e se encontraram com autoridades do Cazaquistão: o Vice-Chanceler; o Presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Cazaquistão, o Senador Sultanbek Makezhanov; e o Presidente do Senado da República, o Senador Maulen Ashimbaev.
Estou passando no teste de pronúncia. (Risos.)
Em Taldykorgan, fizeram uma visita, juntamente com o Vice-Governador da região de Zhetysu e sua equipe, que incluía empresários importantes e agentes de órgãos de fomento cazaques, como Zhetysu Investimentos Ltda. e Kazakh Invest. Visitaram o Centro Internacional de Cooperação Transfronteiriça Khorgos, onde existe importante zona de livre comércio e circulação de pessoas entre o Cazaquistão e a República Popular da China.
Em Almaty, a antiga capital, que também é a cidade mais populosa do Cazaquistão, os Senadores se encontraram, sem a minha presença, mas com minha autorização, com a empresa WEG, de nossa Santa Catarina, que já recebeu a visita do Sr. Embaixador. A WEG é uma das empresas brasileiras que mais se destacam. Hoje, é referência mundial em motores, geradores e, acima de tudo, para nosso orgulho, como brasileiro e catarinense, uma empresa vocacionada para a inovação. Qual é o seu negócio? Inovação. Portanto, está na ponta do mundo.
Fica claro, portanto, que a parceria com o Cazaquistão é promissora. Particularmente - é uma opinião minha -, o Cazaquistão tem o destino geográfico e histórico de estar no núcleo, no centro da Nova Rota da Seda. Já discuti isso com nosso Deputado Claudio Cajado, que conhece o país e conhece também as suas potencialidades. Acho, por isso, que este Grupo Parlamentar tem um papel muito importante a cumprir nas etapas a vencer; não nas já vencidas, mas no futuro. Isso que se chama de Nova Rota da Seda: é uma iniciativa de integração promovida não apenas pela China, mas pela geopolítica atual.
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O Cazaquistão é um parceiro leal, um parceiro confiável com quem podemos ter uma relação justa e equilibrada. Num ambiente internacional complicado, como o que vivemos hoje, especialmente em função das guerras na Ucrânia, Oriente Médio, tensões que vão se calcificando e enrijecendo, então, temos que desenvolver essa relação com criatividade, desapego e capacidade de mobilização. Essa é a tradição também da nossa diplomacia, que tem no multilateralismo uma de suas maiores virtudes. Quero, então, concluir a minha fala celebrando novamente os vários anos de amizade entre Brasil e Cazaquistão, fazendo votos de que nossa amizade se aprofunde cada vez mais.
Feitas essas considerações - e eu peço desculpas se me alonguei -, eu passo a palavra inicialmente ao Embaixador Kairat Umarov... Perdão, primeiro ao Vice-Ministro das Relações Exteriores, que é Embaixador também, mas não é o Bolat. (Pausa.)
Então, com a palavra, por favor, Embaixador Kairat Umarov, só que é o Vice-Ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão.
(Interrupção do som.)
O SR. PRESIDENTE (Esperidião Amin. PP - SC. Fora do microfone.) - ... Sr. Cleber, assessor do nosso Senador Astronauta Marcos Pontes, perdão...
Com a palavra, o Sr. Vice-Ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão.
O SR. KAIRAT UMAROV (Tradução simultânea.) - Muito obrigado, Senador. Obrigado por esta acolhida.
É claro que eu gostaria de agradecer, minha gratidão, pelo Sr. Claudio Cajado, por seus colegas presentes aqui.
Eu estou feliz de estar na sua capital. É uma capital bonita a capital do Brasil. Eu estive aqui, uns 15 anos atrás, há muito tempo atrás, e eu tive uma consulta política aqui. Estávamos conversando, à época, sobre abrir a Embaixada do Cazaquistão. E, hoje, estou visitando sua capital e temos uma embaixada, temos uma presença neste grande país.
Obrigado pela parabenização do 9 de maio, que é o Dia da Vitória. Para nós é uma grande celebração no Cazaquistão. Foram milhares de cazaques, centenas de milhares de cazaques que fizeram parte da Segunda Guerra Mundial - 50% deles morreram. Hoje, o que temos são apenas 186 veteranos vivos dessa Segunda Guerra. Para nós o Dia da Vitória é uma grande celebração. Nosso Presidente e Governo decidiram que todos os anos haveria um pagamento anual. Neste ano, mais de US$3 mil foram dados a cada um desses veteranos que deram uma grande contribuição para a vitória na Segunda Guerra Mundial. Minha mãe, que tinha 95 anos, morreu em março deste ano, foi veterana, uma das veteranas na área de produção. Ela estava dentro do país, mas trabalhou muito para que este Dia da Vitória ocorresse.
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Menos e menos pessoas que estão entre nós realmente sabem o que é uma guerra. É por isso que para todos nós é muito importante trabalhar em prol da paz, para não ter mais conflitos. Para o Cazaquistão, isso é especialmente importante porque, durante a Guerra Fria, a maior área de testes de bombas nucleares estava no Cazaquistão. Quase 500 testes foram feitos no subsolo e no ar do Cazaquistão. E agora temos muitas pessoas que estão sofrendo as consequências da radiação emitida, principalmente, sobre seus pais. Então, a segunda e a terceira gerações estão ainda sofrendo as consequências.
Mas o Cazaquistão não é um país de histórias tristes. Nós buscamos... Eu percebi que o seu Presidente e o seu Governo estão trabalhando para modernizar este país, para ser um participante ativo no cenário internacional e tentar implementar uma nova agenda, uma nova visão do mundo sem conflitos, sem guerras. Por isso, eu diria que os senhores têm em nós grandes apoiadores de suas políticas, porque nós estamos trabalhando em questões de mediação.
E, Senador querido, o senhor mencionou que o Cazaquistão faz um importante papel como mediador entre a Rússia e a Ucrânia. Também tivemos um papel como mediadores no programa nuclear do Irã e tivemos um papel crucial na assinatura de um acordo sobre as armas nucleares no Irã.
Amanhã, dia 10 de maio, faremos uma conversa de paz entre a Armênia e o Azerbaijão, é um conflito de mais de 30 anos. Eles escolheram a nossa capital, Almaty, que é a minha cidade natal, para se reunirem e tentar fazer um acordo de paz. Estamos trabalhando nessas questões, somos ativos. Assim como o seu país, também somos dinâmicos e gostaríamos de ver a confiança sendo restaurada. Todos os conflitos ocorrem por causa de uma falta de confiança.
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Se olharmos para cada um desses conflitos, em qualquer questão o que se vê é uma falta de confiança. O Cazaquistão está tomando providências para construir a confiança dentro e fora de nossa região.
Quando eu estava viajando dessa vez, as pessoas diziam: "A América Latina é longe demais. Ela fica no fim do mundo". Mas, todas as vezes, eu me pergunto: será que estamos tão longe assim uns dos outros? Acho que não, porque qualquer coisa que aconteça aqui e em qualquer parte do mundo tem consequências para todos nós. É por isso que não podemos dizer hoje que as distâncias são muito grandes. Podemos viver felizes uns sem os outros? Não, não podemos. Precisamos estar ativos e ser dinâmicos nessas questões.
Vejo que o seu Presidente viaja muito. O meu Presidente bateu recorde de viagens internacionais e na recepção de delegações estrangeiras porque trabalhamos muito em prol da paz e da cooperação. Quando falamos sobre amizade, sobre cooperação, hoje as distâncias não importam. Vocês veem que eu estou aqui. Eu estou bem, eu sobrevivi. E a sua delegação de Senadores que visitaram o Cazaquistão acredito que ficaram impressionados com o que viram. Espero que o Sr. Cajado trará uma delegação neste outono ao Cazaquistão e teremos mais interações. Gostaríamos que os membros do nosso Parlamento viessem aqui e se reunissem porque, quanto mais próximos, mais efetivos seremos. Nós, como potências médias, precisamos trabalhar muito. Nossas vozes precisam ser ouvidas, mas não podemos resolver as questões sozinhos. Só podemos resolvê-las juntos. No Cazaquistão dizemos que nossas forças estão na nossa unidade. E acredito que isso se aplica hoje em dia.
Obrigado por receber-nos aqui.
Antes de vir aqui, nós tivemos o mesmo problema que vocês tiveram hoje nas inundações no Sul: no Cazaquistão, a metade das regiões passou por esse problema. Sei que agora vocês têm esse problema no Sul do Brasil. Estamos agradecidos pela carta de simpatia que recebemos do seu Governo. Eu também trago minhas simpatias ao povo brasileiro. Eu sei que somos resilientes e nações fortes e que iremos superar essa situação.
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Queremos muito a cooperação de ambos os países. O Cazaquistão é o maior país em nossa área, com exceção da Rússia. Vocês são o maior país e o coração desta região. Precisamos trabalhar juntos.
Hoje, teremos seis rodadas de consultas políticas entre os Ministros de Relações Exteriores. Gostaríamos de falar sobre ideias e iniciativas sobre como tornar o mundo melhor, mas, para isso, precisamos de vontade política. Acredito que teremos essa vontade política para que isso aconteça.
Os senhores mencionaram a conectividade, que é muito importante hoje. Sem conectividade, não conseguimos cooperar.
Estou feliz que a sua delegação visitou o porto seco entre a China e o Cazaquistão, que nos ajuda a trabalhar com um mercado tão grande como o da China. Hoje, temos oito estradas bem como ferrovias entre o Cazaquistão e a China. E 70% do trânsito da China sai do Cazaquistão.
Um especialista americano disse que, se falarmos sobre a construção de estradas, o Cazaquistão é o melhor. O Cazaquistão é a parte principal desse cinturão.
Precisamos falar sobre logística, como fazer nossos produtos se movimentarem sem problemas. Como os senhores falaram, tudo foi trazido ao Cazaquistão, e os custos estão caindo. O futuro pode ser assim. Precisamos partilhar tecnologias. Precisamos cooperar com as nossas mercadorias e lucrar com elas. O Brasil é bom, por exemplo, na produção de soja. A China é um grande mercado. O Cazaquistão tem 200ha de terra usados para agricultura. Podemos cultivar soja juntos e vender para o mercado chinês. Não precisa sair daqui do Brasil, de tão longe; podemos vender de lá e podemos lucrar juntos.
O senhor falou sobre a nova rota da seda e o senhor tem razão: essa rota da seda vai moldar um novo mundo. Tivemos conversação de paz no Azerbaijão. O trânsito vai através de Azerbaijão, Tóquio, Geórgia. E não precisamos de guerra lá, precisamos de paz para obter tudo o que queremos. Há muitas coisas em jogo. Podemos trabalhar juntos.
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Vemos que isso pode acontecer, principalmente eu gostaria de convencê-lo, Senador Amin, da importância dessa contribuição, dessa colaboração parlamentar. O senhor, como Senador, pode fazer as coisas acontecerem. É importante para os Parlamentos trabalharem juntos e criarem as condições para os negócios e interações políticas de outras naturezas.
Muito feliz de estar aqui.
Obrigado por esta acolhida.
Se houver quaisquer outras perguntas, eu ficarei feliz de respondê-las.
Minha mensagem é: vamos nos unir. A vida é a vida.
Por favor, passem minhas condolências ao Presidente do Grupo Brasil-Cazaquistão. A vida é a vida. Não podemos prever todas as coisas. Então, nossas condolências ao Senador. Sei que não é algo fácil, mas espero que continuemos a trabalhar juntos. Da próxima vez que vierem ao Cazaquistão, tragam a sua delegação e continuaremos a nossa cooperação, que é muito frutífera. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Esperidião Amin. PP - SC) - Quero agradecer muitíssimo as palavras do Sr. Vice-Ministro, especialmente enaltecer suas observações sobre a necessidade dos vários caminhos da paz, que exigem sempre a nossa paciência e nossa pertinácia.
Gostaríamos de ouvir S. Exa. o Sr. Embaixador Bolat Nussupov, nosso querido e já quase velho amigo.
O SR. BOLAT NUSSUPOV - Muito obrigado.
Eu tento falar português, mas agora é difícil para mim. Eu estudo português. Da próxima vez, eu tento falar português.
O SR. PRESIDENTE (Esperidião Amin. PP - SC) - Prometer, num ambiente político, é sempre muito perigoso. (Risos.)
Estamos satisfeitos com o seu empenho.
Eu consegui acompanhar o nosso Vice-Ministro, porque ele foi muito pausado - e isso me ajuda -, mas eu acho que você vai falar mais depressa. Então, eu vou me socorrer, por favor.
O SR. BOLAT NUSSUPOV (Tradução simultânea.) - Obrigado, Senador Amin.
Quero passar a palavra ao Deputado Cajado e eu vou falar depois dele.
Então, Sr. Cajado, por favor; depois do senhor, eu vou falar.
O SR. PRESIDENTE (Esperidião Amin. PP - SC) - Está perdoado e aceito.
Eu passo, com muita satisfação, a palavra ao nosso querido Deputado Claudio Cajado.
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O SR. CLAUDIO CAJADO (Bloco/PP - BA) - Bom dia.
Quero cumprimentar o Presidente desta sessão, Senador Esperidião Amin, não só pela participação neste momento na sessão, mas, acima de tudo, por ser um colega do partido e um dos maiores quadros da política nacional, não só pelo aspecto da cultura em geral, que ele possui, mas, acima de tudo, pela sua capacidade de articulação política e formulador de ideias que se transformaram em muitos projetos que o país adota. Sua experiência como ex-Governador de Santa Catarina é um exemplo para todos os gestores públicos. Portanto, para mim, é uma satisfação muito grande, Senador Amin, estar aqui ao seu lado e integrar o Partido Progressista, do qual V. Exa. já faz parte há muitos anos.
Quero cumprimentar o Vice-Ministro, o Embaixador Umarov, é um prazer recebê-lo aqui, Ministro. Suceder a fala após o Senador Amin e após V. Exa., eu fico até tímido. Nós temos uma grande empatia pelo Cazaquistão e a presença de V. Exa. aqui em nosso país, na capital da República, é de extrema honraria para todos nós.
Quero cumprimentar o amigo, o Embaixador Bolat, esse parceiro de todas as horas, essa pessoa gentil e amigável, mas, acima de tudo, presente junto ao Parlamento brasileiro. O senhor, Embaixador, conquista pela sua simpatia, mas, acima de tudo, pela sua assertividade no trato com todos os Parlamentares, seja no Senado Federal, seja na Câmara dos Deputados.
E aos presentes aqui, muito obrigado.
Quero inicialmente, Ministro e Embaixador, pedir desculpas pela ausência de muitos Parlamentares. Nós estamos em um ano de eleições municipais, no qual, nos fins de semana, a pré-campanha é muito mais forte do que a própria campanha.
No Brasil existe uma previsão na lei de que as campanhas ocorrem depois das convenções partidárias, que ocorrerão até o dia 30 de julho. Porém, as pré-campanhas já acontecem desde o ano passado. E, agora, após o Carnaval, quando o ano de fato começa no Brasil, as campanhas estão a todo vapor.
Para o senhor ter uma ideia, e todos os presentes, neste último mês de abril, rodei de carro 12 mil quilômetros, visitando, só na Bahia, os municípios que eu represento e que pedem a minha presença para que eles possam, os Vereadores e os Prefeitos, se eleger.
Por outro lado, às quintas-feiras normalmente não tem sessão, e os Deputados ou viajam na manhã de quinta-feira ou na quarta à noite, mas nós entendemos a sua agenda e a possibilidade de estar aqui apenas no dia de hoje. Eu faço questão de frisar isso porque o nosso grupo é um grupo denso, com muitos Deputados e muitos Senadores, mas o dia de hoje realmente é um dia inapropriado. Ainda que tenhamos sessão do Congresso Nacional, porém, ela será feita por um sistema chamado Infoleg, em que todos os Deputados e Senadores dão presença e votam pelo celular, de forma virtual.
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Mas eu queria expressar, primeiro, a minha alegria: minha mãe tem 95 anos, como a sua teve. E sei da dificuldade que é um país como o Cazaquistão e outros países europeus enfrentarem guerras. No Brasil, nós não temos essa história. O Brasil é um país da paz, um país cujos vizinhos não costumam guerrear.
Eu fico muito feliz que, na sua cidade, possa ocorrer amanhã um evento que promoverá a paz entre o Azerbaijão e a Armênia, já que eu presido também, além do grupo de amizade Brasil-Cazaquistão, o Brasil-Azerbaijão, com o nosso querido Embaixador Novruz - jantamos juntos anteontem. E eu estou muito feliz com essa possibilidade de o Cazaquistão intermediar essa paz. Estamos já no finzinho dessa questão que envolve Nagorno-Karabakh, e eu sei que os amigos cazaques influenciarão muito para que essa paz seja selada, já no dia de amanhã, em definitivo.
Mas eu queria dizer a todos que as relações entre o Brasil e o Cazaquistão estão indo muito bem, e a presença das missões oficiais, de parte a parte, pelo Parlamento, é o exercício pleno do que eu, pessoalmente, defendo como a melhor forma de se atuar na política, que é a diplomacia Parlamentar. Daí porque fiz questão de, no passado, visitar o país Cazaquistão, mas estive apenas na cidade de Astana, ao lado do ex-Deputado e ex-Ministro de Estado Antônio Imbassahy, onde eu fui muito bem recebido. Tivemos audiências com representantes do Parlamento do Cazaquistão e pudemos apreciar não apenas a alegria e a absoluta amabilidade do povo cazaque com todos nós brasileiros, mas também a força, a pungência econômica desse país. Inclusive, visitei a antiga Astana e a nova Astana, e, mais do que isso, a praça do gelo, onde nós estivemos a -35 graus centígrados. Estivemos na praça, toda ela de gelo para que as pessoas pudessem brincar; e eu, inclusive. (Risos.)
(Intervenções fora do microfone.)
O SR. CLAUDIO CAJADO (Bloco/PP - BA. Tradução simultânea.) - Para nós no Brasil, na Bahia, são 35 graus positivos; inclusive, hoje, essa é a temperatura.
O SR. CLAUDIO CAJADO (Bloco/PP - BA) - Nós podemos incrementar ainda mais essas relações, tanto do ponto de vista da área de petróleo e gás, quanto da área da agricultura, como o senhor mesmo frisou; mas, acima de tudo, fazendo com que o Brasil seja um parceiro estratégico do Cazaquistão na América do Sul e América Latina.
Nós temos grandes similaridades: somos países grandes, com populações grandes, e temos interesse mútuo nessa parceria.
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A abertura da embaixada aqui no Brasil, em Brasília, foi um passo decisivo para que essa relação se aprimorasse. E eu espero que a vinda do senhor, com os contatos que serão feitos com o nosso Governo, possam aprofundar ainda mais esses laços políticos, comerciais e, acima de tudo, entre nós aqui do Parlamento. Do que precisar de nós, tanto no Senado quanto na Câmara, para aprovarmos tratados de cooperação, pode ter certeza de que nós faremos, com a agilidade necessária, para que o Congresso aprove todos os tratados multi ou bilaterais que envolvam o Cazaquistão.
Quero, ao final, parabenizar o dia da vitória, neste 9 de maio. Lamentamos muito as perdas que ocorreram, mas a vitória do Cazaquistão foi a vitória do mundo. E o Brasil se sente honrado pela parceria e pela absoluta conquista dessa vitória dada ao povo cazaque. Leve ao seu país e ao seu Presidente, o Presidente Tokayev, o nosso abraço, o nosso apreço, e que o nosso lado do Parlamento, seja na Presidência da Câmara, que eu represento, ou do Senado, do Senador Esperidião Amin, a nossa lembrança ao Presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Cazaquistão.
Conte conosco, seja bem-vindo, aproveite as belezas da nossa terra e volte sempre. E não demore mais do que 15 anos.
O SR. PRESIDENTE (Esperidião Amin. PP - SC) - Desejo, antes de passar a palavra para o nosso Embaixador Bolat, subscrever, underwrite, affirmatively, as palavras do nosso querido Deputado Claudio Cajado. Ele foi muito objetivo. Eu subscrevo em meu nome, em nome do Senador Chico Rodrigues, as palavras muito apropriadas e competentes do querido amigo e correligionário Claudio Cajado.
Com a palavra, o senhor Embaixador.
O SR. BOLAT NUSSUPOV (Tradução simultânea.) - Obrigado, Senador Amin. Deputado Cajado, muito obrigado por suas palavras para mim, para meu país, para o nosso trabalho aqui. Eu gostaria de dar as boas-vindas a V. Exa., ao senhor Embaixador Umarov, no Brasil, em Brasília. Gostaria de dar as boas-vindas a todos os Senadores e Deputados que participam, que estão participando online, hoje também, a nossos amigos que estão aqui nesta sala.
Eu concordo que a diplomacia parlamentar é uma parte muito importante de nossa colaboração. Eu lembro, três anos atrás, quando vim aqui ao Brasil, criamos nosso grupo. Eu me encontrei com Deputados e Senadores. Eu vi, dois anos atrás, como o Senador Amin apresentou o meu país aqui, a mim mesmo, na reunião conjunta do Parlamento do Brasil. Pela primeira vez, o Presidente do Parlamento anunciou a República do Cazaquistão, o Embaixador do Cazaquistão. Eu fiquei muito orgulhoso. Muito obrigado por sua atenção e pela oportunidade de trabalhar aqui.
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O Brasil é o nosso parceiro-chave na América do Sul. Estamos muito felizes de cooperar com os senhores, porque temos muitas terras e estamos implementando fábricas, criando fábricas.
É muito importante ter o trabalho dos Deputados, dos Senadores, por parte do Parlamento do Brasil, que temos agora. Acho que o intercâmbio entre as delegações do Brasil e do Cazaquistão, por meio de visitas, tanto no Cazaquistão como no Brasil, são muito importantes para o nosso relacionamento. A nossa visita foi bem-sucedida, a visita de nossa delegação do Parlamento do Brasil a Astana, com os seus colegas, e a nossa visita também aqui ao Brasil. Também queremos dar as boas-vindas aos senhores, à sua delegação, este ano, em Astana.
Esta reunião é muito importante hoje. Obrigado por sua atenção e, como dizemos, se tiverem alguma pergunta, farei o melhor para responder. Muito obrigado por seu apoio.
O SR. PRESIDENTE (Esperidião Amin. PP - SC) - Eu quero registrar, com muita satisfação, as palavras do nosso Embaixador Bolat Nussupov e complementar o que S. Exa. falou, dizendo que, há três anos, a Embaixadora do Brasil no Cazaquistão era uma catarinense também, a Embaixadora Márcia Donner, que foi ao nosso encontro com o traje típico do Cazaquistão.
O SR. CLAUDIO CAJADO (PP - BA) - Aquele casaco...
O SR. PRESIDENTE (Esperidião Amin. PP - SC) - Não cazaque, mas um casaco, uma roupa muito bonita. A nossa Embaixadora do Brasil no Cazaquistão participou do encontro na embaixada, trajando o traje típico do Cazaquistão, em uma demonstração do apreço dos catarinenses, mas, acima de tudo, dos brasileiros. A embaixadora, agora, está na Coreia do Sul, mas era, então, a Embaixadora Márcia Donner Abreu, no Cazaquistão. O Embaixador se recorda disso.
O SR. BOLAT NUSSUPOV (Tradução simultânea.) - Eu me lembro muito bem da primeira reunião com autoridades aqui. A Embaixadora Márcia Donner, de Santa Catarina, foi também a primeira pessoa que me apresentou aqui.
O SR. PRESIDENTE (Esperidião Amin. PP - SC) - No Itamaraty, exatamente, na área cultural, que o Itamaraty desenvolve muito bem. Então, queria fazer este registro dessa participação, digamos, pioneira, do começo da consolidação. O começo... Não início, mas o começo da consolidação das relações do Brasil com o Cazaquistão.
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Eu não tenho uma pergunta para fazer. Eu acho que nós deveríamos, o próprio Embaixador, em contato com o nosso Itamaraty, arrolar, listar três prioridades, ou, pelo menos, algumas prioridades de atuação do Congresso, como disse o Deputado Claudio Cajado, como é que nós podemos ajudar a que haja esse incremento de relações. A própria Bahia tem um conjunto de atividades nos vários campos. A Bahia tem quase sete vezes a extensão territorial de Santa Catarina. É um continente, é um grande país, mas o Brasil é um continente.
Então, essas alternativas eu deixo como sugestão, como o Congresso pode contribuir, e, se tivermos uma nova oportunidade de encontro dos grupos parlamentares, já seguiríamos esta agenda das prioridades em que podemos ajudar. Não é uma pergunta, é um pedido, porque, na boa diplomacia parlamentar, o bom é ter agenda para a próxima reunião. Não é uma reunião definitiva, é mais uma reunião, porque o aperfeiçoamento das relações que nós queremos se dá não pela eficiência ou pelo bom resultado de uma reunião, mas, sim, pelo processo. O caminho se faz ao caminhar. É no caminho que se descobrem afinidades como esta que o Deputado Cajado falou, da comparação da sua mãe e da mãe do Sr. Ministro, ela que viveu...
Eu imagino... Eu tenho uma dúvida: na época em que o Cazaquistão teve essa participação na Segunda Guerra Mundial, qual era a população do Cazaquistão, na década de 40? Qual era a população do Cazaquistão? Menor do que a de hoje. Muito menor. E 1,2 milhão de pessoas se engajaram nas forças armadas. Então, você imagina o que isso representou, sem falar na linha de produção, nas fábricas, enfim, no esforço de guerra que acontece nas cidades. Você imagina o que isso significou de dedicação integral de um hoje país, na época uma república integrante de um império, como foi a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. E eram nossos aliados. Isso é o que conta, como disse o... Nós estávamos do mesmo lado. É muito bom quando a gente tem essa identidade.
Então, em relação à agenda, eu acho que o nosso Embaixador pode, com a experiência que já tem no Brasil, nos ajudar, até para fortalecer, que é o segundo sentido desta reunião, as nossas relações internacionais.
Não sei se o senhor deseja...
O SR. KAIRAT UMAROV (Tradução simultânea.) - Quero fazer alguns comentários.
O senhor falou coisas muito certas, e eu apoio o que o senhor disse. Precisamos de uma agenda. Por isso estou aqui, para organizar essa agenda. E conversaremos muito com os senhores, porque nosso relacionamento não se dará em apenas um ou dois anos, mas em muito mais. E nos certificaremos de que essa agenda será a mais geral e a mais abrangente possível. Temos hoje um papel importante em questões internacionais, regionais e locais, e vamos combinar nossas forças nessas áreas.
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O senhor perguntou sobre a população do Cazaquistão durante a Segunda Guerra Mundial. Eu diria que havia muitas empresas, fábricas, que se mudaram para o Cazaquistão. O Cazaquistão não apenas venceu a guerra, mas cada bala usada durante a guerra foi produzida no Cazaquistão. As pessoas estavam trabalhando dia e noite para trazer a vitória. Eu diria que fizemos o que podíamos. Sabemos, conhecemos a paz e conhecemos a guerra, sabemos o que são armas nucleares e como são letais.
Para nós é importante ter bons amigos. Nós cazaques gostamos de amizades, achamos que uma relação pessoal é melhor do que tratados, acordos, o que quer que seja assinado. Acreditamos que, se você tiver um amigo, você pode fazer muitas coisas.
Tenho certeza de que o Embaixador voltará aos senhores, depois das consultas políticas, e falaremos sobre o que gostaríamos que acontecesse.
Hoje temos muitas reformas no país, muitos pacotes de iniciativas democráticas que já foram concluídas. O Presidente está trabalhando ainda mais. Nossa prioridade são os direitos de mulheres e crianças. Gostaríamos de ver as pessoas com deficiências, gostaríamos de vê-las mais ativas na sociedade, e tudo se faz no Parlamento para se certificar de que isso aconteça. Todos os partidos políticos agora têm uma exigência legal de ter 30% de seus membros mulheres, jovens ou pessoas com deficiências. No Senado, temos cinco cadeiras reservadas para a Assembleia Popular do Cazaquistão, que tem mais de 120 grupos étnicos. Esses cinco assentos são dados a eles e eles escolhem quem os representará no Senado, para nos certificarmos de que nenhuma lei seja aprovada em prejuízo dessas minorias étnicas. Muitas coisas foram feitas, temos muitas ideias interessantes com as quais trabalhar. Por exemplo, o Presidente decidiu que teríamos um fundo de bem-estar, que inclui todas as vendas no setor de gás e petróleo. O dinheiro viria para esse fundo para as futuras gerações. E o Presidente decidiu que metade desse dinheiro seja distribuído aos jovens e às crianças. Será assim até que cheguem à idade de 18 anos e possam usar esse dinheiro para estudar ou fazer qualquer coisa que possa melhorar sua educação ou comprar um apartamento, o que quer que queiram. Esse tipo de coisa está acontecendo no Cazaquistão. Tenho certeza de que a troca de delegações, o intercâmbio das delegações ajudaria os dois lados. Podemos partilhar o que temos com os senhores e queremos ouvir também dos senhores para construir uma vida melhor para os nossos países.
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Quero conversar mais com o senhor, Senador. Ainda estamos trabalhando em alguns tratados, alguns sobre espaço. O Cazaquistão tem satélites. Estamos interessados que essas atividades espaciais sejam pacíficas e queremos trabalhar com os senhores nessas questões. Temos alguém aqui que é um astronauta, um Senador. Temos muitas questões nas quais trabalhar. É uma grande agenda que já temos.
E em relação aos negócios, o comércio, a economia é a força motriz para a cooperação política. Nós nos concentramos muito no desenvolvimento das relações econômicas e comerciais. Esse é o foco da nossa cooperação. Quanto melhor o ambiente de investimento, melhor nos sentiremos fazendo negócios com o seu país.
Espero que da próxima vez nós nos vejamos no Cazaquistão, onde os senhores serão bem-vindos. Muito obrigado.
O SR. CLAUDIO CAJADO (PP - BA. Fora do microfone.) - Amin, só para concluir.
O SR. PRESIDENTE (Esperidião Amin. PP - SC) - Pois não, Deputado.
O SR. CLAUDIO CAJADO (PP - BA) - Bom, eu sou Presidente do grupo da União Interparlamentar aqui no Brasil. É uma união, é uma associação que reúne todos os Deputados e Deputadas, Senadores e Senadoras de todos os países que têm assento nas Nações Unidas. A cada dois anos, nós escolhemos um Presidente. Câmara durante dois anos e Senado durante dois anos.
E nós vamos fortalecer com os representantes da IPU - UIP no Cazaquistão - essa relação nos encontros que temos, principalmente nas nossas assembleias. Em outubro, teremos uma assembleia em Genebra e pedirei uma bilateral para que nós possamos, em cada uma dessas assembleias, estar tratando.
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Eu queria dizer ao nosso Ministro Umarov que os gestos falam mais do que as palavras. E eu lembro aqui o jantar que o nosso Embaixador Bolat fez, com vários Parlamentares, e o cuidado da embaixatriz - sua esposa - com o jantar, com a sobremesa, o cuidado nos detalhes para nos receber tocou meu coração. Isso foi um gesto, como o Ministro falou: de amizade, de carinho. E amizade e carinho para nós brasileiros, em especial para mim, que sou baiano... aliás, devo dizer-lhe, Ministro, que baiano não nasce...
O SR. PRESIDENTE (Esperidião Amin. PP - SC. Fora do microfone.) - Estreia.
O SR. CLAUDIO CAJADO (PP - BA) - ... estreia. (Risos.) É extremamente importante.
Fora que nos presenteou, a mim e ao Senador Amin, com um casaco tradicional, folclórico, do povo cazaque, que eu guardo com todo o carinho na minha fazenda, no interior do Estado da Bahia, à qual eu vou semanalmente.
O SR. PRESIDENTE (Esperidião Amin. PP - SC. Fora do microfone.) - Que eu vou conhecer em breve... (Risos.)
O SR. CLAUDIO CAJADO (PP - BA) - Portanto, foi um prazer enorme. Muito obrigado pela sua presença. Deixo o meu abraço, querido Embaixador, a toda a sua família, e conte conosco, mais uma vez, estaremos sempre ao seu lado.
O SR. BOLAT NUSSUPOV (Fora do microfone.) - Obrigado.
O SR. CLAUDIO CAJADO (PP - BA) - Ah, para terminar, em outubro, na COP 29, estaremos em Baku, no Azerbaijão, e iremos fazer uma visita lá no Cazaquistão. Já estou preparando uma visita, de alguns integrantes - não sei se o Senador Amin estará na COP, lá no Azerbaijão -, e nós já estamos acertando essa missão oficial...
O SR. PRESIDENTE (Esperidião Amin. PP - SC) - Só se a UIP me convidar. (Risos.)
O SR. CLAUDIO CAJADO (PP - BA. Fora do microfone.) - Está convidado.
O SR. PRESIDENTE (Esperidião Amin. PP - SC) - Eu creio que a reunião cumpriu seus objetivos, especialmente com as contribuições muito objetivas do Embaixador Nussupov, com as próprias diretrizes enunciadas pelo nosso Ministro das Relações Exteriores e pela objetividade, delicadeza e carinho expressos pelo nosso querido Deputado Claudio Cajado, que já teve o privilégio de estar no Cazaquistão, e eu espero em breve poder acrescentar esse privilégio à minha modesta biografia.
Antes de encerrar esta reunião, portanto, neste clima muito propício - um bom clima para essa jornada que nós queremos cumprir -, proponho a dispensa da leitura e aprovação da ata, que será composta pelas notas taquigráficas e pela lista de presença.
As Sras. e os Srs. Senadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Está absolutamente cumprida a finalidade...
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Esperidião Amin. PP - SC) - Salaam aleikum.
Nós falamos tanto em paz, então a paz esteja conosco.
Cumprida a finalidade, plenamente, da nossa reunião, declaro encerrada esta reunião.
(Iniciada às 08 horas e 32 minutos, a reunião é encerrada às 09 horas e 33 minutos.)