Discurso no Senado Federal

SOLIDARIEDADE AO DESEMBARGADOR ANTONIO JOSE MIGUEL FEU ROSA, DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO, NO EPISODIO DE DESINFORMAÇÃO A RESPEITO DA NOMEAÇÃO DE SEU FILHO.

Autor
Gerson Camata (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/ES)
Nome completo: Gerson Camata
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
JUDICIARIO.:
  • SOLIDARIEDADE AO DESEMBARGADOR ANTONIO JOSE MIGUEL FEU ROSA, DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO, NO EPISODIO DE DESINFORMAÇÃO A RESPEITO DA NOMEAÇÃO DE SEU FILHO.
Publicação
Publicação no DCN2 de 25/05/1995 - Página 8658
Assunto
Outros > JUDICIARIO.
Indexação
  • APOIO, DISCURSO, AUTORIA, JOSE IGNACIO FERREIRA, SENADOR, SOLIDARIEDADE, DEFESA, ANTONIO JOSE MIGUEL FEU ROSA, PRESIDENTE, TRIBUNAL DE JUSTIÇA, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), DENUNCIA, IMPRENSA, FAVORECIMENTO, ESCOLHA, PEDRO VALLS FEU ROSA, DESEMBARGADOR.
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, PEDRO VALLS FEU ROSA, JUIZ, FILHO, PRESIDENTE, TRIBUNAL DE JUSTIÇA, ESTADO DO ESPIRITO SANTO (ES), OBTENÇÃO, MAIORIA, VOTO, ESCOLHA, DESEMBARGADOR.

O SR. GERSON CAMATA.(PMDB-ES. Pronuncia o seguinte discurso.) -Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, através da imprensa, tomei conhecimento de discurso do eminente Senador e meu caro colega, José Ignácio Ferreira, no qual, com muita propriedade, analisou o trabalho desenvolvido pelo Desembargador Antônio José Miguel Feu Rosa na presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, ao mesmo tempo em que rechaçou a pecha de nepotista, equivocada e injustamente atribuída àquele magistrado.

Faço minhas as palavras do meu ilustre coestaduano. Ao contrário do que tem noticiado a grande imprensa brasileira - muito mais por desinformação do que por má-fé, o Desembargador Antônio José Miguel Feu Rosa não nomeou Desembargador o seu filho Pedro Vals Feu Rosa e muito menos ofereceu o voto de desempate para que o jovem jurista fosse, por seus méritos e por seu notório saber, guindado àquele sodalício. Todos nós sabemos que quem escolhe desembargador não é o presidente do Tribunal, mas o próprio Tribunal. O Doutor Pedro Vals foi indicado para aquela função por um colegiado de vinte desembargadores, obtendo uma maioria de dezesseis votos. Não houve, por conseguinte, o apregoado voto de desempate atribuído ao Presidente do Tribunal.

Como bem ressaltou o Senador José Ignácio Ferreira, injustiça teria sido praticada pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo se esse tivesse negado a um jovem e talentoso juiz, com trabalho eficiente e sério por todas as varas em que atuou, a sua ascensão ao cargo máximo da magistratura capixaba, apenas porque, por um acidente genético, é filho do Desembargador que eventualmente preside aquela Casa.

É inconcebível, Sr. Presidente, Srs. Senadores e Srªs Senadoras, que este episódio tenha merecido mais destaque na imprensa do que a positiva atuação desenvolvida pelo Desembargador Antônio José Miguel Feu Rosa à frente do Tribunal de Justiça do meu Estado. Em efeito, sob o timão daquela autoridade, o Poder Judiciário do Espírito Santo tem realizado um admirável esforço para adaptar-se à modernidade, rompendo com os velhos grilhões do conservadorismo. Com isso, a Justiça capixaba aproximou-se do cidadão comum, que hoje vê naquele poder não um instrumento para troca de favores espúrios, mas um autêntico refúgio para os perseguidos e oprimidos.

Era o que tinha a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DCN2 de 25/05/1995 - Página 8658