Discurso no Senado Federal

HOMENAGEM DE PESAR PELO FALECIMENTO DO JORNALISTA HUMBERTO CALDERARO FILHO.

Autor
Gilberto Miranda (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AM)
Nome completo: Gilberto Miranda Batista
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • HOMENAGEM DE PESAR PELO FALECIMENTO DO JORNALISTA HUMBERTO CALDERARO FILHO.
Publicação
Publicação no DCN2 de 21/06/1995 - Página 10524
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, HUMBERTO CALDERARO FILHO, JORNALISTA, ESTADO DO AMAZONAS (AM).

O SR. GILBERTO MIRANDA (PMDB-AM. Para uma comunicação inadiável.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, há pouco tempo, no dia 19 de abril último, assomei à tribuna para unir-me ao júbilo das comunidades manauara, amazonense e amazônica pelos 46 anos do Jornal A Crítica, carro-chefe da Rede Calderaro de Comunicação, integrada por emissoras de rádio AM/FM, gráfica industrial e emissora de televisão.

Hoje, aqui volto para juntar-me à dor dessas comunidades pela morte do responsável por tantas histórias de sucesso, o jornalista Umberto Calderaro Filho.

Cidadão, pai de família e profissional sempre inspirado pela mais pura alegria, dedicação e espírito público, Calderaro nos deixa aos 68 anos de idade.

Sua inteligência fulgurante, soube ele aplicá-la integralmente à bem-sucedida empreitada de modernização da imprensa do Amazonas. De onde quer que esteja agora, Umberto Calderaro Filho pode contemplar, com justo orgulho, seu legado: o de um grupo influente de veículos que soube se afirmar como presença amiga, útil, indispensável no cotidiano dos amazonenses, fazendo jus ao slogan impresso na primeira página de A CRÍTICA - "De mãos dadas com o povo".

Sempre na primeira linha dos combates em nome de seu Estado, desde o final da década de 40, Calderaro foi observador privilegiado e partícipe destacado das diversas etapas do desenvolvimento da Região Norte e do Amazonas. Os veículos por ele comandados noticiaram a saga da industrialização do Estado, com a criação e o crescimento da Zona Franca de Manaus.

Sua personalidade forte e seu espírito independente granjearam-lhe admirações e amizades para muito além dos limites do Amazonas. Foi amigo de políticos e de outros grandes homens de imprensa, como Juscelino Kubitschek, José Sarney, Ulysses Guimarães, Gilberto Mestrinho, Marco Maciel, Helio Fernandes, Manoel Francisco do Nascimento Brito, Paulo Cabral, Ari de Carvalho e Octávio Frias.

Suas palavras em defesa das grandes causas estaduais, regionais e nacionais chegavam fortes e plenas de credibilidade também no Pará, no Amapá, no Acre, em Rondônia e em Roraima.

Calderaro deixa viúva a inseparável e amantíssima D. Rita e a adorada filha Cristina, que o sucede no comando das empresas jornalísticas, garantindo, assim, que as futuras gerações saberão perpetuar-lhe o nome na galeria dos grandes homens deste País.

Para concluir minha homenagem, invoco dois eloqüentes testemunhos: o primeiro deles, extraído de editorial de A CRÍTICA: "O que fica de Umberto Calderaro Filho, mais do que um patrimônio material que ele soube construir pouco a pouco, à força de muito trabalho, honradez e renúncia, é uma lição que o tempo jamais apagará"; o segundo, Sr. Presidente, está consubstanciado nas palavras do bravo jornalista Humberto Gomes, moço valente que aprendeu lições de vida e de jornalismo com o amigo e patrão: "Desde o primeiro momento, percebi o positivismo ousado, o magnetismo construtivo de sua personalidade de vencedor. Um guerreiro na mais completa acepção do termo, que viveu com desassombro, acreditando na força do trabalho, da competência e do talento".

Sr. Presidente, registro que essa comunicação também a faço em nome dos nobres Senadores Bernardo Cabral e Jefferson Péres, que já ocupou a tribuna na tarde de hoje.

Era o tinha a dizer, Sr. Presidente. Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DCN2 de 21/06/1995 - Página 10524