Discurso no Senado Federal

JUSTIFICANDO PROJETO DE LEI DO SENADO 208/95, DE SUA AUTORIA, QUE DENOMINA O AEROPORTO INTERNACIONAL DO GALEÃO COMO AEROPORTO INTERNACIONAL TOM JOBIM. ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO DE GRÃOS NA REGIÃO CENTRO-OESTE, ATRAVES DO PORTO DE SEPETIBA.

Autor
Júlio Campos (PFL - Partido da Frente Liberal/MT)
Nome completo: Júlio José de Campos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. POLITICA DE TRANSPORTES.:
  • JUSTIFICANDO PROJETO DE LEI DO SENADO 208/95, DE SUA AUTORIA, QUE DENOMINA O AEROPORTO INTERNACIONAL DO GALEÃO COMO AEROPORTO INTERNACIONAL TOM JOBIM. ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO DE GRÃOS NA REGIÃO CENTRO-OESTE, ATRAVES DO PORTO DE SEPETIBA.
Aparteantes
Antonio Carlos Valadares, Carlos Bezerra, Mauro Miranda, Odacir Soares.
Publicação
Publicação no DCN2 de 29/06/1995 - Página 11202
Assunto
Outros > HOMENAGEM. POLITICA DE TRANSPORTES.
Indexação
  • JUSTIFICAÇÃO, PROJETO DE LEI, AUTORIA, ORADOR, ALTERAÇÃO, NOME, AEROPORTO INTERNACIONAL, CAPITAL DE ESTADO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), HOMENAGEM, TOM JOBIM, COMPOSITOR, BRASIL.
  • COMENTARIO, REALIZAÇÃO, REUNIÃO, MARCELO ALENCAR, GOVERNADOR, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), PARTICIPAÇÃO, SENADOR, ORADOR, OBJETIVO, DISCUSSÃO, PROGRAMA, IMPLEMENTAÇÃO, MODERNIZAÇÃO, PORTO, MUNICIPIO, SEPETIBA, DESTINAÇÃO, FUTURO, EXECUÇÃO, FUNÇÃO, EXPORTAÇÃO, GRÃO, PRODUÇÃO AGRICOLA, PAIS, ESPECIFICAÇÃO, REGIÃO CENTRO OESTE.

O SR. JÚLIO CAMPOS (PFL-MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, em dezembro passado, precisamente no dia 8 de dezembro, falecia nos Estados Unidos o grande cantor, artista e brasileiro Tom Jobim, Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim. Brasileiro, carioca da Tijuca, que nasceu em 1927 e faleceu em 1994.

O seu sepultamento no Rio de Janeiro inscreveu na crônica da cidade que tanto amou um dos momentos mais inesquecíveis daquela terra carioca. De lá para cá, várias tentativas de homenagens foram feitas para que o Brasil perpetuasse a figura de Tom Jobim.

Inicialmente, vereadores do Rio de Janeiro pensaram em mudar o nome da Avenida Vieira Souto, no bairro de Ipanema, aquela avenida tão famosa, cantada em prosa e verso por Tom Jobim pelo mundo todo, em Avenida Tom Jobim. O Prefeito César Maia, brilhante e competente prefeito do Rio de Janeiro, aceitou a tese, empolgou-a, chegou a fazer uma placa substituindo o nome Vieira Souto por Tom Jobim.

Aí ocorreu um problema de ordem judicial. A família do antigo homenageado, Vieira Souto, entrou na Justiça, com o apoio de alguns moradores desse importante logradouro do Rio de Janeiro, e impediu a mudança. Alegavam eles que outras homenagens poderiam ser feitas a Tom Jobim, mas não a mudança do nome de uma avenida já tradicionalmente conhecida como Vieira Souto. A Justiça deferiu o pleito, e a avenida deixou de ser Tom Jobim e voltou a ser Vieira Souto, nome anterior e atual.

Outras idéias surgiram. Alguém lembrou: por que não denominar a Lagoa Rodrigo de Freitas por Lagoa Tom Jobim, já que ela talvez expresse a beleza do Rio de Janeiro e também foi cantada em prosa e verso por esse poeta? Novamente disseram que poderia ser nula a decisão.

E aí li em jornal do Rio: por que não homenagear Tom Jobim dando o seu nome ao Aeroporto Internacional do Galeão, do Rio de Janeiro, conhecido no Brasil todo? Galeão é um bairro, é denominação, fruto até do passado, que existe em várias cidades litorâneas, algumas à beira-mar. Na própria Bahia, terra que tanto amo e que sempre freqüento por ocasião das minhas férias, na região da Ilha do Tinharé, no Morro de S. Paulo, existem também algumas localidades chamadas Galeão.

Este Parlamentar de Mato Grosso já viajou por vários países do mundo, e onde chega, em salões, em teatros, em festivais, quando há referência ao Brasil, a música tocada é a feita por Tom Jobim. Os hinos que Tom Jobim escreveu e cantou pelo mundo todo hoje significam o Brasil. E nós, que somos brasileiros, ficamos felizes ao ver, em plena China - recentemente, visitei esse país, em missão oficial -, numa cidade do interior chinês, ao dizermos ao dono do restaurante que era uma comitiva de brasileiros, ele fazer questão de ir ao seu rádio, ao serviço de som do seu restaurante e colocar um disco de Tom Jobim. Para aquele chinês, a maior homenagem que ele poderia apresentar a uma autoridade brasileira que ia ao seu restaurante era tocar uma música feita por Tom Jobim.

O Sr. Odacir Soares - Permite-me V. Exª um aparte?

O SR. JÚLIO CAMPOS - Com muita honra.

O Sr. Odacir Soares - Esta semana, no Rio de Janeiro, li, na seção "Cartas dos Leitores" do Jornal do Brasil, uma sugestão muito interessante. O leitor sugeria, em face da polêmica criada pelo fato de ter o Prefeito dado o nome do poeta Tom Jobim à Avenida Vieira Souto, que a Avenida Vinícius de Moraes passasse a ser Avenida Tom e Vinícius. Era uma maneira de não apenas resolver a questão da homenagem do Rio de Janeiro ao grande poeta e compositor Tom Jobim, mas também uma forma de manter, fisicamente, nas ruas do Rio de Janeiro, os dois poetas e compositores, que tiveram as suas carreiras artísticas transcorrendo simultaneamente, e que os dois estivessem também juntos numa mesma rua, numa mesma avenida, prestando o Rio de Janeiro uma mesma homenagem aos seus dois grandes poetas. Então, a sugestão do leitor era que a Avenida Vinícius de Moraes se chamasse Avenida Tom e Vinícius. Era esse o aparte.

O SR. JÚLIO CAMPOS - Muito obrigado pelo seu aparte, que incorporo com muita honra ao meu pronunciamento. Acho realmente interessantíssima essa idéia.

Mas este Parlamentar mato-grossense entendeu que Tom Jobim não deve ser homenageado apenas pelos brasileiros do Rio de Janeiro, e sim pelos brasileiros de qualquer recanto deste País.

Tivemos, então, posso dizer, até a petulância de apresentar - apresentamos e já está sendo analisado por esta Casa do Congresso Nacional - o seguinte projeto de lei:

      "Denomina o Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, como Aeroporto Internacional Tom Jobim.

      Art. 1º - O Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, passa a ser denominado Aeroporto Internacional Tom Jobim.

      Esta lei entrará em vigor após a sua aprovação.

      JUSTIFICATIVA

      Principal portão da entrada do Brasil para a próspera atividade do turismo, o Aeroporto do Galeão passa a receber, a partir da presente iniciativa, a designação de Aeroporto Internacional Tom Jobim. Tal providência associa o aeroporto da principal cidade turística do Brasil ao nome do nosso compositor mais conhecido no mundo afora.

      Músico, maestro, compositor, Tom Jobim é o mais internacional dos cidadãos cariocas. Por intermédio de sua obra admirável celebrou o Brasil, celebrou o Rio de Janeiro em algumas obras-primas do cancioneiro popular nacional. E a sua música, viajando pelo mundo todo, levou consigo as indeléveis imagens da cidade, passando a fazer parte do imaginário de milhares de pessoas que, todo ano, chegam dos quatros cantos do mundo em busca das belezas naturais do Rio.

      Nada mais adequado, portanto, que o nome do mais internacional dos compositores brasileiros seja conferido à porta de entrada da cidade com a qual manteve ligações especiais.

      Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim nasceu no Rio de Janeiro, no Bairro da Tijuca, em 1927, e faleceu no final de 1994, nos Estados Unidos.

      Seu sepultamento, no Rio de Janeiro, inscreveu na crônica da cidade que tanto amou um dos seus mais intensos e inesquecíveis momentos. Autor de mais de quatrocentas canções, Tom Jobim foi reconhecido internacionalmente pela beleza e pela riqueza melódica de suas músicas, tendo seus discos editados em outros países e inúmeras canções gravadas por intérpretes estrangeiros.

      Sua intimidade com os bichos e as plantas nacionais possibilitou a transposição da ampla variedade de manifestações da natureza do Brasil para suas canções, e daí para o mundo, que aprendeu a ver nosso País para além da visão da mulata e do café.

      Tom Jobim julgava que, tendo sido um país colonizado e depois submetido culturalmente, o Brasil precisava inventar o seu próprio destino. Por isso, o maestro tinha como imperativo produzir algo que culturalmente se identificasse com a alma do País, com o fato de ser brasileiro.

      Nesse sentido, parece-me indiscutível a pertinência de se conceder ao Aeroporto do Rio de Janeiro, cidade que constituiu fonte de permanente inspiração para a sua obra, o nome de Tom Jobim.

      Julgando, pois, o presente projeto de lei oportuno, meritório, esperamos seu acolhimento pelos ilustres Pares do Senado Federal e do Congresso Nacional."

O Sr. Antonio Carlos Valadares - Permite-me V. Exª um aparte?

O SR. JÚLIO CAMPOS - Ouço V. Exª com muito prazer.

O Sr. Antonio Carlos Valadares - Quero felicitar V. Exª por essa magnífica idéia de prestar homenagem a um brasileiro como Tom Jobim, que entre tantos conterrâneos nossos, pelo mundo afora, projetou a imagem do nosso País como uma Nação criativa, capaz de superar-se, pelo subdesenvolvimento aqui reinante, graças à competência de brasileiros como ele. De modo que me congratulo com a idéia da denominação do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro com o nome desse grande brasileiro, porque Pelé projetou o Edison Arantes do Nascimento no futebol e, agora, o nosso Jobim, que faz uma falta enorme ao nosso meio artístico e cultural pela grande produção musical que deixou; a sua herança é inesquecível. Músicas como "Garota de Ipanema" são tocadas na Europa, nos Estados Unidos e até na Ásia. Recentemente, antes de morrer, ele fez um show no Japão, onde centenas e centenas de pessoas aplaudiram o nosso maestro e compositor. Talvez somente Rui Barbosa, o Águia de Haya, que assombrou o mundo com o seu discurso, com a sua cultura, tenha se ombreado internacionalmente com o nosso Tom Jobim. Por isso, ele merece as nossas homenagens e V. Exª, as minhas congratulações e o meu apoio intransigente ao seu projeto.

O SR. JÚLIO CAMPOS - Muito obrigado a V. Exª, nobre Senador Valadares. Acho que todo o Congresso aprovará essa idéia de homenagear o grande brasileiro Tom Jobim, porque outros países já homenagearam os seus heróis através de aeroportos internacionais. Por exemplo: o Aeroporto de Paris, na França, chama-se Aeroporto Internacional Charles de Gaulle, que foi o grande Presidente francês. O Aeroporto de Havana, Capital de Cuba, chama-se Aeroporto José Marti, que foi o grande herói da Revolução Cubana. E outros ídolos dos outros países sempre receberam esse tipo de homenagem.

Portanto, acho que cabe muito bem o Brasil mudar o nome do Aeroporto Internacional do Galeão para Aeroporto Internacional Tom Jobim.

Sr. Presidente, aproveito a oportunidade, já que estou falando do Rio de Janeiro, para saudar todos os cariocas e todos os torcedores do Fluminense Futebol Clube por ter ele saído campeão carioca de 1995. Time do meu coração e do coração de muitos Parlamentares aqui presentes - tenho certeza - já se fazia necessário ser campeão. Aliás, o Fluminense foi muito desprezado. Até momentos antes do jogo, da decisão final com o vigoroso, famoso, ricaço time do Flamengo, ninguém acreditava no nosso Fluminense. E, para felicidade de todos nós e da grande torcida tricolor deste País afora, no final da partida, tivemos uma vitória sofrida, mas consolidada através do último gol do grande campeão Renato Gaúcho, com o placar de 3 a 2 sobre o Flamengo. Garanto a V. Exªs que, se fosse campeão o Flamengo, já teríamos vários outros discursos de congratulações. Mas quero, nesta oportunidade, congratular-me com os dirigentes do Fluminense Futebol Clube, com a sua torcida imensa, da qual faço parte.

O Sr. Carlos Bezerra - Senador Júlio Campos, peço a V. Exª um aparte.

O SR. JÚLIO CAMPOS - Concedo o aparte ao nobre Senador Carlos Bezerra.

O Sr. Carlos Bezerra - Senador Júlio Campos, tem mais um tricolor de coração aqui.

O SR. JÚLIO CAMPOS - Muito obrigado, Senador Carlos Bezerra.

O Sr. Carlos Bezerra - Parabenizo V. Exª, que, além de tricolor, é também corinthiano como eu. Então, com dupla alegria: o Corinthians é campeão nacional e o Fluminense campeão carioca. Parabéns a V. Exª.

O SR. JÚLIO CAMPOS - Este ano está demais. Meu coração tem que ter um pouco de calma, porque é muita vitória em termos de campeonato carioca e brasileiro; com o Fluminense, no Rio de Janeiro; e com o Corinthians, no Brasil, e com o além do nosso Operário, em Mato Grosso. V. Exª também tem um convite para virar tricolor no Mato Grosso e ter grandes vitórias em nosso Estado.

Mas, nesta oportunidade em que estamos falando do Rio de Janeiro, de Tom Jobim, da vitória do Fluminense e do campeonato carioca, queremos registrar a presença, hoje, em Brasília, de S. Exª o Governador do Rio de Janeiro, Dr. Marcello Alencar, que, acompanhado de uma equipe de assessores e de Secretários de Estado, veio trazer a nós, Congressistas, na sua viagem de trabalho, um novo pensamento do novo Rio, do seu plano de governo, de fazermos do Rio de Janeiro uma grande cidade e um grande Estado deste País. O Rio de Janeiro é de todos nós. O Rio de Janeiro não pode ficar vivendo aquela crise que está tendo hoje na área da segurança, como um caos em termos de desenvolvimento urbano. O Congresso brasileiro precisa olhar com carinho os problemas do Rio de Janeiro, já que o Rio faz parte de um pedaço do coração de todo brasileiro.

O Governador Marcello Alencar esteve, na manhã de hoje, numa reunião de trabalho com todos os Deputados e Senadores do Rio de Janeiro, independentemente de cor, política partidária, com a nossa presença também, como um dos Senadores entusiastas do Rio de Janeiro, do Senador Geraldo Melo, do Senador Pedro Piva e de vários companheiros de outros Estados. Estivemos no auditório do Anexo IV da Câmara dos Deputados, levando ao Governador fluminense o nosso apoio, a nossa solidariedade aos grandes programas que farão do Rio de Janeiro um grande Estado, pólo de desenvolvimento nacional.

Uma das grandes metas do Governador do Rio de Janeiro, que também é nossa, é transformar o Porto de Sepetiba, nesse Estado, num dos grandes portos de exportação de grãos do Centro-Oeste.

O Estado de Mato Grosso já é o terceiro maior produtor de grãos do País, chegando este ano a produzir uma safra recorde de mais de 7 milhões de toneladas de grãos, entre os quais mais de 4 milhões de toneladas de soja, que é um produto de exportação. E hoje a soja mato-grossense tem como seu destino natural o Porto de Paranaguá e o Porto de Santos, que, constantemente, está congestionado ou em greve. Agora, numa nova descoberta, entendemos que o Porto de Sepetiba, no Rio de Janeiro, poderá ser o grande porto de escoamento de grãos do Centro-Oeste brasileiro.

No próximo mês de agosto, estaremos organizando uma reunião, lá no Rio, com os Governadores de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, de Goiás, do Distrito Federal e também de Rondônia e Tocantins, a fim de levarmos às autoridades do Centro-Oeste o potencial do Porto de Sepetiba e as possibilidades de esse porto se tornar o grande porto de exportação dos nossos produtos. Com isso teremos um corredor novo de exportação em condições de ajudar, junto com o Porto de Tubarão, no Espírito Santo, o escoamento dos nossos produtos.

O Sr. Mauro Miranda - Permite V. Exª um aparte?

O SR. JÚLIO CAMPOS - Com muito prazer, ouço V. Exª, nobre Senador Mauro Miranda.

O Sr. Mauro Miranda - Vejo nessa parte do seu discurso uma das coisas mais importantes que tem para o Centro-Oeste: a viabilização desse Porto de Sepetiba, que é uma luta muito grande do Governador do Rio de Janeiro. Nós, do Centro-Oeste, especialmente de Goiás, temos interesse total no Porto de Sepetiba; ele diminuirá o transporte de grãos do Centro-Oeste até à beira-mar em 300Km. É vital para nós a implantação desse Porto de Sepetiba, mas com todo o ardor. E ele será melhor, sob certos aspectos, em termos de distância, do que o próprio Porto de Tubarão. Queremos estar juntos com V. Exª nessa caminhada e dando força ao Governador do Rio de Janeiro para que consiga implementar e modernizar o Porto de Sepetiba.

O SR. JÚLIO CAMPOS - Acho que V. Exª, Senador Mauro Miranda, fez um aparte de real importância. Precisamos nos aliar ao Centro-Oeste e precisamos viabilizar novas saídas para a nossa grande produção agrícola. Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, precisam ter opções, e uma delas estamos estudando realmente. Vamos depender dessa união, através do Porto de Sepetiba, que já tem boa possibilidade e, com pequeno recurso a mais, será um grande porto de opção para os nossos produtos, porque, além da economia em termos de quilometragem e de transporte, teremos a facilidade por ser um porto que tem um calado profundo, com possibilidade de receber navios de grande porte, como também a possibilidade de não enfrentarmos as estradas congestionadas e os congestionamentos dos Portos de Santos e Paranaguá, que atendem hoje os nossos Estados.

Sr. Presidente, concluindo meu pronunciamento, hoje foi uma tarde em que o Senador Júlio Campos, de Mato Grosso, falou como Senador brasileiro, esquecendo os problemas da sua região, mas defendendo os interesses do Brasil, homenageando o grande brasileiro Tom Jobim e também prestando homenagem ao Fluminense Futebol Clube, ao Corinthians de São Paulo e ao Porto de Sepetiba.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DCN2 de 29/06/1995 - Página 11202