Discurso no Senado Federal

HOMENAGENS PRESTADAS A MAÇONARIA PELO TRANSCURSO DE SUA DATA COMEMORATIVA.

Autor
Valmir Campelo (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/DF)
Nome completo: Antônio Valmir Campelo Bezerra
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • HOMENAGENS PRESTADAS A MAÇONARIA PELO TRANSCURSO DE SUA DATA COMEMORATIVA.
Publicação
Publicação no DCN2 de 22/08/1995 - Página 14157
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA NACIONAL, MEMBROS, MAÇONARIA, PAIS.

O SR. VALMIR CAMPELO (PTB-DF. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, neste momento, sinto uma indescritível satisfação por estar aqui homenageando os homens livres e de bons costumes, por ser co-partícipe da alegria desses homens que, por uma causa justa e perfeita, tornaram-se obreiros, cuja preocupação maior está no seu dever para com a Pátria e na arte de praticar o bem.

Refiro-me, Srªs e Srs. Senadores, aos adeptos da Maçonaria, que ontem, 20 de agosto, comemoraram o Dia do Maçom.

Podemos afirmar, sem qualquer risco de incorrer em erro, que em todos os empreendimentos bem-sucedidos, onde se colocam a liberdade e a virtude em primeiro lugar, existe uma influência proveniente da Maçonaria. Todos nós somos conhecedores da contribuição que a Maçonaria tem proporcionado à humanidade, tanto na libertação dos povos quanto no combate às desigualdades sociais; tanto na luta contra o autoritarismo quanto na erradicação da miséria.

Não é novidade para ninguém o fato da participação dos maçons na Revolução Francesa, quando o humanitarismo destronou o regime feudal que vigiava naquele país. Também não constitui nenhum segredo a incansável luta dos maçons no Brasil Imperial, em favor da independência e, mais tarde, pela Proclamação da República.

Hoje, como vivemos em plena democracia, a Maçonaria encontra-se afastada da vida política nacional, porém, jamais adormecida. Se algum dia a Pátria vier a ser ameaçada, se os direitos do homem e do cidadão vierem a sofrer qualquer forma de restrição, não tenho dúvida de que os maçons empunharão a espada flamejante, cujo brilho cegará os algozes da humanidade, cujo fio eliminará os regenerados da Pátria.

No campo social, Srªs e Srs. Senadores, são notáveis as obras de origem maçônica. Discretos, os maçons participam dos segmentos sociais, estendendo a mão amiga aos menos favorecidos. Mediante a prestação de serviços e de assistência social de natureza diversificada, a Maçonaria tem revigorado milhares de famílias que, por obra do destino, antes, viram faltar o pão na mesa, os filhos sem escola e seus doentes sem amparo.

Quanto a essa eficiência da Maçonaria, na arte de praticar o bem, não é preciso ir muito longe para buscar exemplos. Aqui mesmo, em Brasília, através da Fundação Gonçalves Lêdo, da Sociedade O Compasso e de outras entidades instituídas pela Maçonaria, milhares de necessitados foram beneficiados com alimento, agasalho, assistência odontológica e ensino profissionalizante.

A Fundação Gonçalves Lêdo, entidade filantrópica e de caráter assistencialista, mantida pela Maçonaria do Distrito Federal, atende aos deficientes físicos mensalmente, mediante empréstimos e doação de aparelhos ortopédicos e cadeiras de rodas; presta assistência odontológica, estimativamente, a dez pessoas por dia, incluindo próteses, obturações e aplicação de flúor; através das campanhas do alimento e do agasalho, distribui anualmente alimentos não perecíveis e vestuários a 700 famílias em média. Na área cultural, essa instituição Maçônica oferece, ainda, no Recanto das Emas, ensino agrotécnico e artesanal aos meninos e meninas carentes daquela região.

Isso, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é a Maçonaria praticada nos dias de hoje.

Coordenada a nível nacional por seu Grão-Mestre Geral, Desembargador Francisco Murilo Pinto, e no Distrito Federal pelo Grão-Mestre João Correia Silva Filho, essa ordem iniciática investe intensamente no homem. Através de estudos e da prática de seus princípios basilares - que são a igualdade, a liberdade e a fraternidade -, lapida seus adeptos e promove o bem-estar da humanidade.

Sem qualquer ostentação ou alardeio, a Maçonaria do Brasil cumpre seus desígnios. Sem nada pedir em troca, presta inestimável contribuição ao Governo, ajudando-o a reduzir as desigualdades sociais e a erradicar a pobreza. Por isso, Sr. Presidente, hoje faço questão de ressaltar a importância dos maçons no desenvolvimento social, político e cultural de todas as nações.

Parabenizando os maçons pelo transcurso de sua data, quero, aqui, demonstrar a minha alegria em fazer parte desta família e incentivar a todos para que continuem a servir a humanidade como Operários do Grande Arquiteto do Universo, semeando o bem, a paz e a prosperidade em todos os cantos do Universo.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DCN2 de 22/08/1995 - Página 14157