O SR. BERNARDO CABRAL ( -AM. Para uma explicação pessoal.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não é de hoje que a Amazônia é palavra obrigatória no cenário não só nacional como internacional.

Ainda recentemente, numa pesquisa que foi feita a nível mundial, aparecia, em primeiro lugar, um refrigerante - que aqui não revelo o seu nome para não fazer marketing -, mas gastando alguma soma fabulosa de dólares e, em segundo lugar, a palavra Amazônia. Portanto, é um marketing que não custa nada aos cofres da Nação.

Vez por outra, algum escândalo que se abate, nota-se que a área continua - como dizia eu quando Deputado Federal em 1967 - desértica, buscando integrá-la para não ter de entregá-la. E, neste passo, nós estamos notando que o Governo Federal se descuida, quando não por uma atitude por outra.

Não quero nem me referir ao chamado Programa SIVAM. O que quero cuidar aqui é de um fato auspicioso para a Amazônia Ocidental, integrada pelos Estados do Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia. No último dia 12, terça-feira, a Rede Amazônica de Televisão, cuja sede é no meu Estado, conseguia fazer a inauguração de um novo prédio da chamada TV-Acre que, naquela data, completava 21 anos de existência. Ainda no mesmo dia, já à tarde, a Rede Amazônica inaugurava o prédio da TV-Rondônia que, também, completava 21 anos de existência.

Isso pode parecer apenas o registro de um órgão de comunicações, mas é que, agora, aquela região, conforme anúncio feito pela sua diretoria empresarial, estará ligada ao mundo através da INTERNET.

Vejam V. Exª e os meus eminentes pares o que resulta de uma empresa que consegue colocar a última linha do que existe nos meios de comunicações para uma região distante, quase que impossível de se chegar, senão pela voz dos seus representantes nesta Casa quando reclamam, reivindicam, postulam e protestam contra o descaso que ali está.

Estive presente aos dois episódios: na TV Acre e TV Rondônia, em que os Vice-Governadores - porque os Governadores não se encontravam nos Estados - compareceram e enalteceram a forma pela qual a Rede Amazônica ali comparecia. O Governador do meu Estado, meu colega, advogado Amazonino Mendes, também lá estava. E o congraçamento de toda a população desses dois Estados girava em torno da forma pela qual se tinha agora possibilidade de não considerar mais aquela área no abandono em termo de noticiário.

Atualmente, o Estado do Acre está para Brasília com três horas de diferença no seu fuso horário. E quem quiser assistir ao programa Bom Dia Brasil, às 7h da manhã, tem que, lá, acordar às 4h.

Tiro do episódio, Sr. Presidente, o lado positivo. É que a diretoria da Rede Amazônica tem à frente um advogado, conhecido nacionalmente, o Dr. Phelippe Daou, padrão de ética, de dignidade, de decência e de cuidado no chamado jornalismo atual. A sua rede de televisão não se presta, ao que tantas vezes se diz e se comenta, a balcão de negociação.

De modo que, com a minha responsabilidade como Senador pelo Amazonas, quero registrar o evento e transformá-lo no registro dos Anais da Casa para dar parabéns à Rede Amazônica, à frente o Dr. Phelippe Daou.