Discurso no Senado Federal

ARTIGO DO EMPRESARIO NORDESTINO JOÃO CARLOS PAES MENDONÇA, PUBLICADO NO JORNAL DO COMMERCIO, DE 19 DE JUNHO, EM QUE EMPREENDE UMA ANALISE DAS DIFICULDADES A SEREM VENCIDAS PARA SUPERAR O ESTADO DE SUBDESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL DO NORDESTE.

Autor
Joel de Hollanda (PFL - Partido da Frente Liberal/PE)
Nome completo: Joel de Hollanda Cordeiro
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DE DESENVOLVIMENTO.:
  • ARTIGO DO EMPRESARIO NORDESTINO JOÃO CARLOS PAES MENDONÇA, PUBLICADO NO JORNAL DO COMMERCIO, DE 19 DE JUNHO, EM QUE EMPREENDE UMA ANALISE DAS DIFICULDADES A SEREM VENCIDAS PARA SUPERAR O ESTADO DE SUBDESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL DO NORDESTE.
Publicação
Publicação no DSF de 21/08/1996 - Página 14678
Assunto
Outros > POLITICA DE DESENVOLVIMENTO.
Indexação
  • TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, JORNAL DO COMMERCIO, ESTADO DE PERNAMBUCO (PE), AUTORIA, JOÃO CARLOS PAES MENDONÇA, EMPRESARIO, ANALISE, PROBLEMA, DIFICULDADE, OBTENÇÃO, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, DESENVOLVIMENTO SOCIAL, PAIS.

O SR. JOEL DE HOLANDA (PFL--PE) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, como os demais participantes do processo de desenvolvimento nacional, a classe empresarial brasileira tem o dever de se manifestar sobre os problemas que afligem nosso País. Deve não apenas conseguir o máximo de eficiência em sua área específica de produção -- o que já não é pouco --, mas também não perder de vista o contexto global onde se insere sua atuação, que é a sociedade brasileira, tão rica de desafios como de potencialidades.

Infelizmente, esse tipo de atitude não é tão freqüente entre nossos empresários como seria de se desejar. Foi, assim, com grande satisfação que tomei conhecimento do artigo de João Carlos Paes Mendonça, publicado no Jornal do Commercio de 19 de junho. Nele, o empresário nordestino, presidente do Grupo Bompreço e do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, empreende uma lúcida análise das dificuldades com que nos deparamos para superar o eterno estado de subdesenvolvimento econômico e social do Nordeste.

Revela especialmente essa lucidez a análise que realiza sobre as diferentes contribuições a serem prestadas pelo setor público e pelo setor privado na busca comum do desenvolvimento. Diversas experiências vêm comprovando amplamente, nas suas palavras, "que o sucesso é muito mais viável quando existe uma coordenação adequada de políticas públicas e privadas, cabendo às primeiras a função indutora e facilitadora dos investimentos e das ações das empresas." Compete ainda ao Estado o papel de prover a infra-estrutura e os serviços imprescindíveis de saúde e de educação, além de organizar o "ambiente político-institucional onde o setor privado atua."

A grande dificuldade, em seu modo de ver, está em fazer com que os dois setores atuem conjuntamente e em harmonia, maximizando o potencial de crescimento econômico, em lugar de se perderem em conflitos desnecessários. Essa é a importante tarefa a ser desempenhada pelas lideranças políticas, empresariais, dos trabalhadores e da classe intelectual.

Se a consciência dessa responsabilidade é ainda minoritária, ressalta o empresário que há honrosas exceções, como a representada pelo Vice-Presidente da República, Marco Maciel, que -- novamente cito o artigo --, "sem esquecer que é vice-presidente do Brasil e não de Pernambuco ou do Nordeste, também é incansável na tentativa de motivar os poderes da República a assumirem sua parcela de responsabilidade com um projeto para o Nordeste."

Solicito a transcrição nos Anais da Casa desse artigo, que revela agudo discernimento e o louvável espírito público de um infatigável representante da classe empresarial nordestina, contribuindo valiosamente para o necessário debate entre os vários segmentos sociais, a fim de equacionarmos os caminhos para o desenvolvimento econômico e social de nossa Nação.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/08/1996 - Página 14678