O SR. EDISON LOBÃO (PFL-MA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o meu Estado do Maranhão já recebe relevantes investimentos da iniciativa privada. Começam, então, a ser colhidos os frutos daquilo que há longos anos vêm enfatizando e repetindo os brasileiros que conhecem o território maranhense: ali temos, no coração do Nordeste e nas fraldas da Amazônia, as melhores condições para os empreendimentos que buscam lucratividade.

Na região de Balsas crescem sadias as fabulosas colheitas de grãos, especialmente a soja, uma produção por hectare que supera a de outras regiões; na região tocantina há a indústria madeireira, que pode ser aprimorada não com a extinção das madeiras nobres, o que vinha ocorrendo, mas com a recomposição das que forem extraídas. Lá se formam, por obra de uma subsidiária da Companhia Vale do Rio Doce, plantações de eucalipto sob critérios de alta tecnologia, preparando a região para se tornar um pólo de fabricação de celulose.

Há, no Maranhão, os campos de pecuária e outros vocacionados para a agricultura, desenvolvidos em meio a grandes rios e a cursos d'água, os únicos perenes em todo o Nordeste.

Em São Luís e em Rosário, estão disponíveis distritos industriais com significativas áreas de terreno aguardando os que ali queiram se implantar.

Naquele Estado, Sr. Presidente, temos energia elétrica abundante; temos, em pleno funcionamento, a Ferrovia Carajás, um modelo para todo o Brasil, que liga a região tocantina - com rios apropriados para hidrovias - ao sistema portuário de São Luís.

Já aqui não me refiro, pela sua obviedade, às belezas naturais do meu Estado - a beleza nostálgica das suas construções, herdadas das influências portuguesa e francesa; a grandiosidade das suas praias; a diversidade da sua fauna, da sua flora e da sua peculiar culinária - fatores fundamentais para a atração de uma indústria turística arrojada.

Como vêem os Srs. Senadores, difícil superar, em todo o País, as vantagens oferecidas pelo Maranhão aos empreendimentos privados.

Ainda agora, uma empresa chinesa está em franca atuação em Rosário, empregando dezenas de mulheres e homens num empreendimento de confecção de roupas. A Alumar, há 11 anos no Maranhão produzindo e exportando alumina e alumínio, está investindo, este ano, US$35 milhões para aumentar a sua produção. A Celmar está também investindo US$1,200 bilhão para a produção de celulose. Na agroindústria, a Ceval investe US$25 milhões para a produção de celulose.

O Nordeste, e não somente o Maranhão, está atraindo investidores, alguns dos quais para lá se deslocam, do Sul do País, atraídos pelos incentivos fiscais, pela mão-de-obra barata e pelos índices de violência bem menores do que os dos grandes centros de outras regiões brasileiras. Em relação ao Maranhão, acresce a proximidade dos seus portos ao Hemisfério Norte. Mais perto, portanto, da Europa e dos Estados Unidos, os grandes centros consumidores do mundo.

Recentemente, a imprensa divulgou reportagem sobre o navio Serge Stahl, um gigante de 420 metros de comprimento, 360 mil toneladas de minério de ferro, que, uma vez por mês, nos últimos dez anos, aporta em São Luís. Quando carregado, seu casco afunda 23 metros abaixo da linha d'água. É o maior graneleiro do mundo. Só o Porto de Ponta da Madeira, em São Luís, e o de Roterdã, na Holanda, são capazes de receber esse gigante do mar. Por isso, o navio norueguês Serge Stahl faz o mesmo percurso desde que foi lançado, em 1986.

Por aí se vê a importância do sistema portuário da capital maranhense.

Esse impulso que se registra no Maranhão, Srªs e Srs. Senadores, está naturalmente vinculado à atuação dinâmica da Governadora Roseana Sarney. S. Exª tem expressado sua constante preocupação em encontrar soluções para o desemprego - problema que aflige todo o País - e desdobra-se para que as oportunidades de trabalho surjam não por geração do serviço público, mas através da iniciativa privada.

E S. Exª trilha o caminho certo, fazendo o que um administrador pode fazer, no limite das suas forças, para amparar as aspirações dos que anseiam por se integrarem à economia ativa do País.

Daí a satisfação, e mesmo a quase euforia, com que a nossa Governadora vê ampliar-se, no Estado sob sua responsabilidade administrativa, as oportunidades de emprego para os maranhenses.

Na atuação auspiciosa do Governo em meu Estado, muito se deve ao espírito de continuidade que, nos últimos tempos, tem caracterizado a administração maranhense.

Quando assumi o Governo, em 1991, sucedi ao então Governador João Alberto, que desempenhou com invulgar brilhantismo o seu mandato, embora apenas de quase um ano, Vice-Governador que fora, substituindo o titular. João Alberto, além de completar algumas obras anteriores, deu início a outras de grande importância para o Estado, e celebrizou-se pela energia que impôs à organização da segurança reclamada pelos cidadãos.

Na minha administração, dei continuidade à obra do meu antecessor e, entre outras das minhas preocupações, também me dediquei à busca de soluções para levar para o Estado investimentos da iniciativa privada, nacional e estrangeira.

Conferenciando com altos empresários internacionais e suas respectivas associações, estive na Alemanha, na Holanda e na França. Enviei emissários ao Japão. Em São Paulo, proferi conferências para empresários japoneses. Recebi em São Luís, após minhas viagens ao exterior, mais de cem empresários asiáticos e europeus, tendo a oportunidade de lhes exibir o Maranhão e as vantagens oferecidas pelo Estados aos seus empreendimentos.

Roseana Sarney, no Governo, deu continuidade a essas tratativas e, com sucesso, começa a receber o retorno dos muitos esforços despendidos.

Graças a essa continuidade administrativa, que conjuga vontades políticas harmônicas, a Governadora Roseana Sarney oferece ao Maranhão um inestimável serviço. A história irá ressaltar para as futuras gerações a importância dessa orientação para o desenvolvimento do nosso Estado.

Desta tribuna, pois, aplaudo a Governadora do Maranhão, saudando-a pelos êxitos que tem conseguido como resultado da sua política agressiva para sediar no Estado investimentos tão importantes para o progresso da nossa terra.

Era o que tinha a dizer.