O SR. ERNANDES AMORIM (PPB-RO. Para comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero aproveitar esse momento para registrar uma reunião que houve no Estado de Rondônia, precisamente na cidade de Ariquemes, onde estivemos reunidos com a Presidente do Banco da Amazônia, que fazia uma prestação de contas da atuação do Banco da Amazônia na Região Norte, e, principalmente, no Estado de Rondônia. E naquele momento em que os agricultores, os pequenos empresários exigiam por parte do Banco uma atenção maior, a presidente do Banco fez ver que o Banco da Amazônia não tem recebido o apoio necessário para desenvolver um programa de fomento ao desenvolvimento da Região Amazônica, simplesmente por causa da política econômica que funciona hoje no Brasil. Na realidade, o Banco da Amazônia, um dos bancos que não quebrou, que deu resultado, um dos bancos sérios deste País, não tem sequer capital para, junto ao BNDES, negociar financiamentos para apoiar a produção, o desenvolvimento da Amazônia, principalmente da Região Norte. Vê-se, neste País, a política econômica apoiando financiamentos ou o Proer, para bancos, Estados que estão em estado de falência, e não existe um financiamento para os bancos sérios, que dão lucros, inclusive com aumento de capital. Em nada pesaria ao Sistema Financeiro do País aumentar o capital de giro do Banco da Amazônia, para que tivesse sustentação para manusear os recursos do BNDES, que hoje possui recursos dos trabalhadores e financia principalmente os Estados ricos, as grandes empresas, não olhando para a região Norte, para o produtor rural, para a pequena iniciativa privada, para a pequena indústria ou agroindústria.

Faz-se necessário que se encaminhe ou solicite ao setor econômico do País mudanças nesta estrutura, para atender não só aos nossos empresários sérios, como também aos bancos que dão lucro e administram com seriedade.

Há pouco, o Governo de Rondônia solicitou recursos da ordem de duzentos e cinqüenta milhões, para jogar em cima do Banco do Estado de Rondônia, que deu prejuízos dessa ordem.

Pelo que vejo, daqui a pouco, o Governo do Estado de Rondônia vai conseguir tapar o rombo do Banco Econômico, e o Banco da Amazônia, que atua em toda a região Norte, não vai conseguir o aumento de capital.

Tenho aqui um pequeno discurso, que poderia ser lido se tivesse tempo, mas como disse a V. Exª há pouco, vou encaminhá-lo à Mesa para que seja dado como lido, já que tem explicações maiores para que se resolva, de uma vez por todas, esses pequenos problemas, dando apoio à área econômica, principalmente aos bancos sérios deste País.