Pronunciamento de Romero Jucá em 07/04/1997
Discurso no Senado Federal
PARTICIPAÇÃO DE S.EXA. EM DIVERSAS REUNIÕES COM ENTIDADES REPRESENTATIVAS DOS SERVIDORES PUBLICOS E DE APOSENTADOS, VISANDO A ANALISE DA PROPOSTA DE REFORMA DA PREVIDENCIA, ESPECIFICAMENTE NO QUE TANGE A QUESTÃO DA RETIRADA OU NÃO DA PARIDADE DO SERVIDOR PUBLICO ATIVO E INATIVO.
- Autor
- Romero Jucá (PFL - Partido da Frente Liberal/RR)
- Nome completo: Romero Jucá Filho
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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PREVIDENCIA SOCIAL.:
- PARTICIPAÇÃO DE S.EXA. EM DIVERSAS REUNIÕES COM ENTIDADES REPRESENTATIVAS DOS SERVIDORES PUBLICOS E DE APOSENTADOS, VISANDO A ANALISE DA PROPOSTA DE REFORMA DA PREVIDENCIA, ESPECIFICAMENTE NO QUE TANGE A QUESTÃO DA RETIRADA OU NÃO DA PARIDADE DO SERVIDOR PUBLICO ATIVO E INATIVO.
- Publicação
- Publicação no DSF de 08/04/1997 - Página 7305
- Assunto
- Outros > PREVIDENCIA SOCIAL.
- Indexação
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- COMENTARIO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, REUNIÃO, ENTIDADE, REPRESENTAÇÃO, FUNCIONARIO PUBLICO, ANALISE, PROPOSTA, REFORMULAÇÃO, PREVIDENCIA SOCIAL, POSSIBILIDADE, RETIRADA, PARIDADE, APOSENTADO, SERVIDOR, SERVIÇO ATIVO.
- DEFESA, MANUTENÇÃO, REMUNERAÇÃO, GARANTIA, DIGNIDADE, SUBSISTENCIA, APOSENTADO.
O SR. ROMERO JUCÁ (PFL-RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho hoje a plenário tratar de uma questão que considero extremamente relevante para o País, fruto de contatos, de reuniões que tivemos na semana que passou com entidades representativas dos servidores públicos, de aposentados e da Associação de Professores Aposentados do Magistério do Estado de São Paulo.
Trata-se, Sr. Presidente, da Reforma da Previdência e da questão que se coloca exatamente a respeito da retirada ou não da paridade do servidor público ativo e inativo.
Recebemos diversas comissões e entidades, entre elas o Movimento dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas, por intermédio da sua coordenação nacional e de sua diretoria executiva. Ouvimos diversos relatos e nos preocupamos com o encaminhamento que pode ser dado a essa questão do aposentado no País.
Entendo que o nobre Senador pelo Ceará e ex-Ministro do Planejamento, Beni Veras, tem uma tarefa árdua pela frente: a de relatar a emenda que trata dos ajustes necessários, importantes e imprescindíveis da Previdência Social. Mas entendo também que S. Exª tem, assim como todos nós, uma tarefa clara de buscar um mecanismo que efetivamente não coloque à míngua os aposentados do País.
Lembro-me, quando era menino, da minha avó, viúva de um coronel da Polícia Militar, um médico que dirigiu durante muitos anos o Hospital da Polícia Militar de Pernambuco. Vi, Sr. Presidente, por conta exatamente da falta de reajustes e de uma política anterior à Constituição de 1988, a pensão dessa minha avó se esfumaçar com a inflação, de forma que ela teve de alugar a casa em que morava para ter um rendimento e poder sobreviver.
Não queremos que isso volte; fiquei, por isso mesmo, sensibilizado com a atuação dos diversos segmentos, como o dos aposentados e pensionistas.
Espero que o Senado encontre um mecanismo. O Senador Beni Veras me disse pessoalmente que está sensível quanto a essa questão. Entendo que todos nós, Senadores e Senadoras, não temos o direito de colocar na rua da amargura, em padrões aquém da condição humana, as milhões de almas brasileiras que hoje recebem a sua aposentadoria, a sua pensão.
Portanto, eu gostaria de fazer o registro da luta dessas entidades dos aposentados e dizer que estaremos vigilantes, atuantes, discutindo essa questão no sentido de que efetivamente possamos ter a continuidade de uma política decente para a remuneração do aposentados do País.
Espero sinceramente - e já disse isso ao Senador Beni Veras - que se encontre o mecanismo necessário, para que não tenhamos de votar contra a proposta do Governo e o relatório do Senador e muito menos tenhamos de aprovar uma proposta que prejudique milhões de brasileiros.
Era isso que gostaria de ressaltar nesta tarde.
Muito obrigado.