O SR. NEY SUASSUNA (PMDB-PB. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, para uma área geográfica de 18% do País, o Nordeste tem 1.560.000 km². Mais de 70% dessa área encontra-se no conhecido Polígono das Secas e é constituído por 9 Estados. Nessa região vivem 28,3% da população do País, isto é, 44,3 milhões de pessoas; sendo que 60,6% desse contingente populacional constitui-se de população urbana e 39,4% vivem no campo. A taxa de crescimento demográfico na região é de 1,82% no perímetro urbano e 3,54% na área rural.

O IPEA mostra que, hoje, 17,3 milhões de indigentes sobrevivem abaixo da linha da pobreza, administrando renda zero ou, na melhor das hipóteses, rendimentos insuficientes para aquisição de uma cesta básica.

Em excelente estudo da Secretaria de Indústria e Comércio, Turismo e Tecnologia do Governo do Estado da Paraíba, fizemos a constatação de que essa situação se agrava dia a dia. Todos os dados dos três últimos anos vêm decrescendo. Por essa razão, aproveitamos, este momento, para alertar o Governo Federal de que é preciso adotar a sério uma política que privilegie essas áreas menos desenvolvidas.

Estamos realmente preocupados. Ontem, na Federação dos Prefeitos da Paraíba, houve uma reunião de prefeitos e ficamos perplexos de ver que não houve um depoimento sequer que dissesse que a sua prefeitura está vivendo dias melhores do que anos atrás.

Muitos dos prefeitos estão repetindo mandatos, quer dizer, já são prefeitos pela segunda vez, e todos eles estão cientes de que a situação atual é muitas vezes pior que a anterior. E tudo porque, no Nordeste, não temos nenhum projeto de desenvolvimento levado a sério pelo Governo Federal.

Por essa razão, aproveitamos esta oportunidade para pedir ao Governo Federal que faça uma política que leve essa região a melhores dias. Porque, a piores, cada dia é pior.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.