O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB-SE. Pronuncia o seguinte discurso.) Srªs e Srs. Senadores, no próximo domingo, assumirá a diocese de Propriá, no Estado de Sergipe, o Bispo Dom Mário Rino Sivieri. A sua sagração episcopal ocorreu, na cidade de Lagarto, a 25 do mês de maio do ano em curso, em meio a uma das maiores festas religiosas que tive a oportunidade de assistir em toda a minha vida.

A solenidade da ordenação teve como sagrante principal o Bispo de Estância Dom Hildebrando Mendes Costa. Mais de 25 mil pessoas, carregando na sua face uma alegria esfuziante e no coração a fé religiosa, se fizeram presentes à ordenação episcopal do Monsenhor Mário.

O entusiasmo com que se deu a sua sagração como o mais novo Bispo da igreja Católica constitui uma demonstração inequívoca de que o pároco de Lagarto - onde desenvolveu o seu ministério sacerdotal por quase 30 - se trata de uma pessoa querida, e o seu povo ali esteve presente para dizer-lhe também o quanto lhe era grato por tudo quanto realizou por aquela terra generosa e boa, seja como padre, seja como educador, seja como benfeitor da juventude através da implantação de um serviço comunitário para preservá-la do uso das drogas, inserindo-a, como ser criado por Deus, com as suas virtudes e potencialidades no meio social.

Sr. Presidente, foi realmente um acontecimento histórico a sagração do Bispo Dom Mário Rino Sivieri. À sua ordenação, compareceram bispos e religiosos de todas as partes, do Estado de Sergipe e de outros Estados, assim como autoridades e lideranças de todos os partidos, transformando aquele evento num cenário composto, acima de tudo, pela fé, grandiosidade e respeito.

Uma figura humana como é a de Monsenhor Mário merecia aquela homenagem, que simbolizou a consagração pública e o reconhecimento da Igreja Católica aos seus méritos como padre sempre voltado para o fortalecimento da fé religiosa do povo, a quem ele serviu por tantos anos. E, ainda, porque se desdobrou, além de suas forças, pelo engrandecimento, pelo progresso social da terra lagartense e de todos os municípios circunvizinhos, aos quais Monsenhor Mário nunca deixou de dar-lhes, no seu mister de pregador e cidadão identificado com os seus problemas, o concurso de sua ajuda e assistência religiosa.

Faço questão, Sr. Presidente, de juntar ao meu discurso os documentos em anexo, para os quais peço a sua inserção no Diário do Senado, os quais trazem um resumo do acontecimento religioso que marcou a sagração do Bispo Dom Mário Rino Sivieri, bem como traçam um perfil do seu trabalho, desde a sua ordenação, em julho de 1966, pelo Papa Paulo VI, até a sua despedida emocionante da terra que jamais o esquecerá.

Desejamos ao novo Bispo que consiga realizar em Propriá todos os seus objetivos, e que aquele povo honrado, religioso e trabalhador o receba com as luzes da fé, da solidariedade e da confiança, assim como o fez com o Bispo Dom José Palmeira Lessa, cujos serviços em Propriá e em toda a diocese deixaram a marca de sua sensibilidade para as causas mais justas em defesa das populações excluídas.

Muito obrigado, Sr. Presidente. Era o que tinha a dizer.