O SR. ROMEU TUMA (PFL-SP. Para uma comunicação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, mais como Corregedor da Casa do que como amigo do Senador José Roberto Arruda, gostaria de saber se alguns dos números telefônicos eram do Senado?

O SR. JOSÉ ROBERTO ARRUDA - Na verdade, fui informado oficialmente, pois solicitei da Polícia Federal...

O SR. ROMEU TUMA - Peço autorização da Mesa para, como Corregedor, me informar e dar continuidade junto à Polícia Federal às investigações que possam interessar à Casa, porque se trata de um crime grave, que fere a Constituição e coloca em risco a privacidade de qualquer um dos membros deste Congresso.

O SR. PRESIDENTE (Antonio Carlos Magalhães) - Já tem V. Exª essa autorização, e a Mesa prestará esclarecimento sobre o fato.

O SR. JOSÉ ROBERTO ARRUDA - Sr. Presidente, permita-me esclarecer um ponto.

O SR. PRESIDENTE (Antonio Carlos Magalhães) - Pois não.

O SR. JOSÉ ROBERTO ARRUDA - No relatório ao qual tive acesso, vi registrado o número do meu telefone celular, mas os técnicos que estão investigando pediram que eu solicitasse licença ao Presidente da Casa para que se fizesse um rastreamento da Central Telefônica do Senado. Parece-me que já foi feito, mas não conheço os resultados, que seriam da maior importância.

O SR. ROMEU TUMA - Precisamos alcançar os responsáveis não só para evitar que isso se repita, mas para punir criminalmente aqueles que praticam esse delito.

O SR. PRESIDENTE (Antonio Carlos Magalhães) - A Mesa tomou as providências, logo que foi informada pelo Senador José Roberto Arruda, junto ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal, mas, ao mesmo tempo em que confia na Polícia Federal, tem o dever de dizer que é intolerável para o País a existência de detetives particulares. Daí por que não posso entender também que a própria Polícia Federal ou o Governo possam tolerá-los.

Acho que é nosso dever, no Senado, fiscalizar, exigir da Polícia Federal uma ação rápida, juntamente com o Ministério da Justiça e as áreas competentes de informação, para que esse tipo de investigação particular desapareça, porque é uma nódoa num país democrático.