Discurso no Senado Federal

TRANSCURSO, NO ULTIMO DIA 8, DO TRIGESIMO NONO ANIVERSARIO DA EMPRESA TELECOMUNICAÇÕES DE PERNAMBUCO S.A. - TELPE.

Autor
Joel de Hollanda (PFL - Partido da Frente Liberal/PE)
Nome completo: Joel de Hollanda Cordeiro
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • TRANSCURSO, NO ULTIMO DIA 8, DO TRIGESIMO NONO ANIVERSARIO DA EMPRESA TELECOMUNICAÇÕES DE PERNAMBUCO S.A. - TELPE.
Publicação
Publicação no DSF de 07/08/1997 - Página 15807
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, TELECOMUNICAÇÕES DE PERNAMBUCO S/A (TELPE), CAPITAL DE ESTADO, ESTADO DE PERNAMBUCO (PE).

O SR. JOEL DE HOLANDA (PFL-PE. Pronuncia o seguinte discurso) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, transcorreu, no último dia 8, a passagem do trigésimo nono aniversário da empresa Telecomunicações de Pernambuco Sociedade Anônima (Telpe) que tantos e tão relevantes serviços tem prestado ao nosso estado.

Criada em 8 de julho de 1959, como Companhia Telefônica de Pernambuco Sociedade Anônima, a empresa assumiu de pronto, integralmente, a concessão exclusiva dos serviços de telefonia em Recife, Olinda e interurbanos. Sua primeira meta foi dobrar a rede então instalada, que, em pouco tempo, passou dos dez mil terminais com que contava para 20.600.

A empresa desfrutou de outro grande surto de crescimento no início dos anos 70, quando surgiu a controladora Telebrás, criada em 1972 e implantada em 1973. Com a entrada do governo federal no setor, buscava-se diminuir o abismo existente entre a demanda por telefones, que era muita, e a oferta, que era reduzida. Com a Telebrás, o governo pretendia planejar a telefonia em termos nacionais, de forma a dotar o País de um serviço já então considerado de fundamental importância para o crescimento econômico.

Em 20 de fevereiro de 1973, a Telebrás subscreveu parcela do capital da empresa pernambucana de telefonia, mas a denominação só foi alterada para Telecomunicações de Pernambuco S. A. (Telpe) em 4 de dezembro de 1974, obedecendo decisão tomada pelos acionistas em Assembléia Geral Extraordinária.

Nesses últimos vinte anos, a empresa -- a despeito de todas as dificuldades enfrentadas pelo País -- conseguiu multiplicar por várias vezes os seus terminais e avançou decididamente no campo da tecnologia moderna.

Segundo estimativas do presidente da Telpe, Clodoaldo Torres, a empresa deve ter, em 1997, um crescimento da ordem de 54% na oferta de serviços de telecomunicações ao povo pernambucano. É interessante constatar que esse avanço vai se dar em cima do desempenho do ano passado, quando, igualmente, foi registrado um aumento considerável -- da ordem de 42% -- sobre os números de 1995.

Acredita-se, assim, que somando os aparelhos convencionais aos telefones celulares, o estado de Pernambuco chegará ao final deste ano com um total de 683 mil terminais.

Na programação da Telpe para o corrente ano, já estão alocados recursos que permitirão a contratação de 197 mil terminais para a telefonia convencional e de 124 mil para a telefonia celular.

Pernambuco, que tinha, no final do ano passado, 94 mil telefones móveis, deve -- com os investimentos programados -- chegar a 218 mil no final do corrente ano, o que praticamente suprirá a demanda estimada para o estado. Quanto à telefonia convencional, espera-se que Pernambuco tenha, ao final deste ano, 465 mil pontos.

Mas esses números não dizem tudo sobre o monumental esforço de modernização da Telpe para superar a histórica demanda reprimida por telefones. O salto de qualidade proporcionado pelos investimentos recentes pode ser medido pelo índice de digitalização dos diversos componentes do sistema estadual de telecomunicações. No final de 1996, a Telpe possuía um índice de 61% em equipamentos digitais. No final do corrente ano, a participação dos equipamentos digitais deve chegar a 82%.

No dia 9 do corrente mês, o leilão de privatização da Banda B de telefonia celular da Região Metropolitana de São Paulo deu uma boa noção da importância atual dos sistemas de telecomunicação. O consórcio BCP acabou vendendo a concorrência depois de oferecer um ágio de 341% sobre o valor mínimo fixado para o leilão. O consórcio -- formado pela norte-americana BellSouth, banco Safra, Grupo Oesp e Splice -- pagou US$ 2,6 bilhões pela concessão e vai agora investir US$ 600 milhões para a instalação de 400 mil celulares, operação que vai criar 5 mil empregos.

Esse leilão criou uma grande euforia na equipe econômica do governo, fazendo com que as estimativas quanto aos recursos que serão captados pelas privatizações na área de telecomunicações chegassem a até US$ 90 bilhões.

Felizmente, depois de um longo período de estagnação, o Brasil volta a modernizar sua rede de comunicações. Ninguém pode desconhecer que as telecomunicações serão tão determinantes no crescimento econômico futuro dos países quanto, por exemplo, o nível de escolaridade médio dos trabalhadores.

Ao encerrar esse breve pronunciamento sobre os trinta e nove anos da Telpe, eu gostaria de destacar o empenho de sua valiosa equipe de funcionários que fez com que a empresa galgasse muitos degraus no ranking das concessionárias estaduais de telefonia. Hoje, a Telpe é uma das mais eficientes do País, segundo levantamento feito há pouco. Por fim, quero cumprimentar os dirigentes da Telpe, cuja capacidade gerencial tem muito a ver com as conquistas recentes da empresa. São eles: Clodoaldo Torres, presidente; Carlos Alberto Costa Nunes, diretor de Engenharia; Eugênio do Nascimento Morais; diretor de Serviços de Telecomunicações; Mauro Ribeiro de Godoy, diretor Administrativo; Luiz Manoel de Moura e Silva, diretor Econômico Financeiro; e Geraldo Magela de Araújo, diretor de Recursos Humanos. A todos eles e aos dedicados trabalhadores da Telpe envio os meus mais sinceros parabéns.

Era o que tinha a dizer.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/08/1997 - Página 15807