Discurso no Senado Federal

HOMENAGEM AO DIA DO MAÇOM.

Autor
Ney Suassuna (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PB)
Nome completo: Ney Robinson Suassuna
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • HOMENAGEM AO DIA DO MAÇOM.
Aparteantes
Esperidião Amin, Romeu Tuma.
Publicação
Publicação no DSF de 21/08/1997 - Página 16894
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA NACIONAL, MAÇONARIA.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB-PB. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Srª Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Srs. Maçons, apenas venho dar um testemunho, porque depois dos discursos dos Senadores Valmir Campelo e José Roberto Arruda nada mais teria a acrescentar. Mas eu queria dizer quanto trabalham os maçons pelo bem-estar deste País. 

Como paraibano, seja em Campina Grande ou em João Pessoa, permanentemente vejo o que parentes meus, que são maçons, fazem e como se mobilizam, como trabalham para o bem-estar da comunidade, seja instalando creches, seja levando - como acontece na Paraíba - ônibus com médicos, com odontólogos pelas pequenas cidades, promovendo fóruns, enfim, buscando melhorar a qualidade de vida do nosso povo.

Por isso, no Dia do Maçom, eu não poderia deixar de me solidarizar com os dois discursos e também com cada um dos senhores que fazem parte dessa grande confraria, que há tanto tempo faz bem à humanidade.

O Sr. Romeu Tuma (PFL-SP) - Senador Ney Suassuna, permite-me V. Exª um aparte?

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB-PB) - Ouço, com prazer, o nobre Senador Romeu Tuma.

O Sr. Romeu Tuma (PFL-SP) - Senador Ney Suassuna, peço desculpas, pois não seria muito correto interromper o discurso de V. Exª. Mas eu gostaria de ter oportunidade, até pela amizade que me liga a V. Exª, de cumprimentar os Srs. Senadores pela iniciativa desta homenagem à Maçonaria. Sou uma pessoa que nasceu no meio de maçons. Meu pai, meus tios foram grandes membros da Maçonaria em São Paulo. Sou sobrinho de todos aqueles que trabalham a serviço da sociedade dentro da Maçonaria, que tem somente um objetivo: praticar o bem a qualquer preço, a qualquer custo; respeitar os seus semelhantes. E a própria história da Maçonaria mistura-se com a História do Brasil e, provavelmente, com a da Humanidade. As grandes conquistas brasileiras sempre tiveram o dedo de alguém da Maçonaria, ou ela, como um conjunto, participando das suas decisões. Tive várias oportunidades de participar de sessões brancas ou do Tribunal Superior Maçom, onde os grandes temas nacionais são discutidos abertamente, e que eles abrem para os leigos, para aqueles que não têm oportunidade de participar do conjunto operacional da própria Maçonaria, os seus projetos, colocando em discussão as suas teses, e que são, talvez, o grande canal de convencimento que hoje a sociedade brasileira pode ter para a melhoria da sua própria cidadania. No processo de globalização, a Maçonaria, que tem membros em todos os países, pode ser o ponto de equilíbrio da sociedade na materialização de objetivos que se voltam mais para o econômico do que para o social. Talvez a Maçonaria seja o ponto de equilíbrio. Quero cumprimentar os maçons que aqui se encontram e todos aqueles que dão parte de sua vida a essa sociedade. Sei disto porque minha mãe reclamava muito, reclamava que a Maçonaria era mais importante para meu pai do que propriamente a esposa ou a família. Mas hoje entendo perfeitamente que o maçom destina uma parcela da sua vida ao benefício da coletividade, o que se reflete na família. E a própria família, quando enfrenta dificuldades por falta do chefe maçom, é socorrida por aqueles que da Maçonaria participaram por uma boa fase de sua vida. As minhas homenagens, portanto, a minha emoção e os meus sentimentos pela data que hoje comemoramos com tanto carinho.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB-PB) - Agradeço o aparte de V. Exª, que, na verdade, vem abrilhantar o meu testemunho, simples e pequeno. Eu até faria uma ponderação: a senhora mãe de V. Exª poderia freqüentar tranqüilamente as sessões, pelo menos as permitidas, porque quando fui por duas vezes homenageado pela Maçonaria, pude constatar a presença de cunhadas e sobrinhos.

O Sr. Romeu Tuma (PFL-SP) - Eu ia a todas as sessões brancas, de homenagem. Gostaria ainda de dizer, se V. Exª me permitir, que estou enviando um telegrama de homenagem à loja maçônica de que meu pai fez parte, da qual foi um dos fundadores, que completa, hoje ou amanhã, 96 anos - a Loja Maçônica Estrela da Síria, em São Paulo. Fui sempre, então, desde menino e jovem, às solenidades, acompanhando meu pai, quando havia sessões brancas da Maçonaria. São solenidades bonitas. Há o ato cívico permanente em suas manifestações, o amor à bandeira, ao hino, enfim, tudo o que diz respeito aos símbolos nacionais é respeitado pela Maçonaria.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB-PB) - Muito obrigado pelo aparte de V. Exª.

O Sr. Esperidião Amin (PPB-SC) - V. Exª me permite um aparte?

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB-PB) - Com muita satisfação.

O Sr. Esperidião Amin (PPB-SC) - Nesta oportunidade, quero apenas me associar ao Senado Federal, no momento em que esta Casa homenageia o Dia do Maçom. E sem pretender acrescentar algo relevante ao que já foi aqui proferido, tanto nos discursos quanto nos apartes, quero apenas dizer que o Senado cumpre com o seu dever ao enaltecer, ao exaltar as virtudes da cidadania consciente, da busca da promoção do bem comum e da permanente porfia em prol das boas causas, que devem caracterizar - e realmente caracterizam - a maçonaria e o maçom. Quero me associar ao registro que V. Exª faz para traduzir, com estas palavras, a expressão do meu júbilo, por ver a nossa Casa premiando, pela lembrança e pela memória, o exercício do bem. Muito obrigado.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB-PB) - Eu que agradeço, Senador Esperidião Amin!

Ao encerrar, eu gostaria de dizer que, neste dia do maçom, associo-me às homenagens e espero, com muita fé, que essa luta de todos os senhores, que formam a maçonaria em prol de uma vida melhor, em prol de uma humanidade mais feliz e de um País cada vez mais poderoso, continue.

Muito obrigado, Srª Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/08/1997 - Página 16894