Discurso no Senado Federal

DEBATE SOBRE A NECESSIDADE DE RESPEITO RECIPROCO ENTRE A IMPRENSA E O CONGRESSO NACIONAL. CONSIDERAÇÕES SOBRE O INCIDENTE ENTRE O SENADOR ANTONIO CARLOS MAGALHÃES, PRESIDENTE DO SENADO, E O JORNALISTA PAULO CABRAL DE ARAUJO, PRESIDENTE DO CORREIO BRAZILIENSE, NO QUE DIZ RESPEITO A CPI DO JUDICIARIO.

Autor
Pedro Simon (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
Nome completo: Pedro Jorge Simon
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
IMPRENSA. LEGISLATIVO.:
  • DEBATE SOBRE A NECESSIDADE DE RESPEITO RECIPROCO ENTRE A IMPRENSA E O CONGRESSO NACIONAL. CONSIDERAÇÕES SOBRE O INCIDENTE ENTRE O SENADOR ANTONIO CARLOS MAGALHÃES, PRESIDENTE DO SENADO, E O JORNALISTA PAULO CABRAL DE ARAUJO, PRESIDENTE DO CORREIO BRAZILIENSE, NO QUE DIZ RESPEITO A CPI DO JUDICIARIO.
Aparteantes
Djalma Bessa, Edison Lobão.
Publicação
Publicação no DSF de 14/04/1999 - Página 8002
Assunto
Outros > IMPRENSA. LEGISLATIVO.
Indexação
  • DEFESA, NECESSIDADE, RESPEITO, RELACIONAMENTO, IMPRENSA, CONGRESSO NACIONAL.
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, ANTONIO CARLOS MAGALHÃES, PRESIDENCIA, SENADO.
  • IMPORTANCIA, RESTABELECIMENTO, ENTENDIMENTO, PRESIDENTE, SENADO, DIRETOR PRESIDENTE, JORNAL, CORREIO BRAZILIENSE, DISTRITO FEDERAL (DF).
  • OPORTUNIDADE, INSTALAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), JUDICIARIO.

O SR. PEDRO SIMON (PMDB-RS. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, volto a esta tribuna para debater dois momentos distintos da relação Congresso Nacional versus Imprensa.  

No mês passado, li aqui uma carta que, dias antes, havia recebido do jornalista Hélio Fernandes, um dos mais polêmicos profissionais da imprensa brasileira. Ele havia colocado, na sua coluna diária, um comentário áspero e duro a meu respeito: "Senador Pedro Simon dá uma no cravo e outra na ferradura. Esteve lá no Palácio Piratini com o Sr. Governador de Estado trocando gentilezas". Era uma bela carta, na qual Hélio Fernandes abria seu coração, falava de sua vida, de seus sonhos e de suas frustrações. E contava também vários episódios de sua movimentada vida como articulista.  

Repito, a história desta carta começou no início de março, quando, magoado com os comentários - a que já referi - a meu respeito, escrevi a ele, refutando, com dados concretos, algumas afirmações. Não lhe pedia que desmentisse o que havia escrito. Manifestei-lhe respeito e carinho, mas também a mágoa pela injustiça que achava que estava recebendo. Não lhe pedi, repito, retificações, apenas alinhava os meus argumentos. Queria que ele conhecesse a verdade por trás das versões e das aparências.  

Surpreso, recebi, dias depois, uma longa e empolgante carta. Nela, como é do seu feitio, Hélio Fernandes falava sem meias palavras. Iniciava num tom formal, mas logo descia para o confessional. Falava de suas paixões políticas. Comovido pelo tom e pela elTû


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/04/1999 - Página 8002