Discurso no Senado Federal

HOMENAGEM PELO TRANSCURSO, AMANHÃ, DOS 45 ANOS DA MORTE DO EX-PRESIDENTE GETULIO VARGAS.

Autor
Pedro Simon (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
Nome completo: Pedro Jorge Simon
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • HOMENAGEM PELO TRANSCURSO, AMANHÃ, DOS 45 ANOS DA MORTE DO EX-PRESIDENTE GETULIO VARGAS.
Aparteantes
Agnelo Alves, Bernardo Cabral, Gilberto Mestrinho, Ramez Tebet.
Publicação
Publicação no DSF de 24/08/1999 - Página 21940
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE MORTE, GETULIO VARGAS, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ANALISE, HISTORIA, BRASIL.
  • COMENTARIO, MANIFESTAÇÃO COLETIVA, ATUALIDADE, GRAVIDADE, SITUAÇÃO, MOTORISTA, CAMINHÃO, AGRICULTOR, APOIO, MARCHA, OPOSIÇÃO, GOVERNO.
  • OPOSIÇÃO, ORADOR, SUGESTÃO, IMPEACHMENT, RENUNCIA, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, DEFESA, PRESERVAÇÃO, ESTADO DEMOCRATICO.
  • CRITICA, ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL.

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não sei como começar. Não sei se terei chance, amanhã, de ocupar a tribuna. Então, vou iniciar pelo assunto que tenho a obrigação de falar. Amanhã serão 45 anos da morte do Dr. Getúlio Vargas. Até hoje, tenho diante da minha retina - jovem, criança praticamente - quando lá em Porto Alegre o povo todo ia para as ruas chorar, lamentar e protestar a morte de Getúlio Vargas. Até hoje tenho diante de mim a carona que consegui e fui a São Borja. E assisti aos discursos fantásticos de Tancredo Neves e Osvaldo Aranha, chorando a morte do Presidente Vargas. É muito difícil encontrar na História do Brasil um nome que tenha o significado que teve a figura de Getúlio Vargas. É claro: alguns vêem apenas a fase dos erros e equívocos de Getúlio Vargas.  

Jamais defendi o Estado Novo - 1937; jamais defendi as violências que ali se cometeram. Aquelas contra Prestes, por exemplo - a entrega de sua mulher aos nazistas - não têm explicação. Mas aquele foi um contexto cruel do mundo, onde parecia que a democracia tinha terminado. Era o comunismo na Rússia; era o nazismo na Alemanha; o fascismo, na Itália; e mesmo aqui no Brasil era o integralismo. Integralismo e comunismo se digladiando, dando-se muito pouco valor à democracia.  

Mas a história do Dr. Getúlio Vargas, se nós olharmos para este País...  

Dizia o nosso Presidente Fernando Henrique, despedindo-se desta Casa para assumir a Presidência da República, que considerava terminada a Era Vargas. No fundo, eu olhava com simpatia aquela afirmativa, porque achava queû


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/08/1999 - Página 21940