Discurso no Senado Federal

APOIO AS REIVINDICAÇÕES DO POVO TIMORENSE.

Autor
Leomar Quintanilha (PPB - Partido Progressista Brasileiro/TO)
Nome completo: Leomar de Melo Quintanilha
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA INTERNACIONAL.:
  • APOIO AS REIVINDICAÇÕES DO POVO TIMORENSE.
Publicação
Publicação no DSF de 23/09/1999 - Página 24971
Assunto
Outros > POLITICA INTERNACIONAL.
Indexação
  • REPUDIO, VIOLENCIA, DESRESPEITO, DIREITOS HUMANOS, PAIS ESTRANGEIRO, TIMOR LESTE, LUTA, INDEPENDENCIA.
  • EXPECTATIVA, ATUAÇÃO, FORÇA ESPECIAL, PAZ, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU).

O SR. LEOMAR QUINTANILHA (PPB - TO. Como Líder. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Serei muito breve, Sr. Presidente, e agradeço a deferência da Mesa.  

Sr. Presidente, Sr as e Srs. Senadores, é muito grande o sofrimento dos timorenses. É penoso o sacrifício que se impõe àquela gente na luta pela autonomia e independência. Ninguém em sã consciência, Sr. Presidente, pode ficar inerte ao clamor, ao sofrimento daquela gente. Como não reagir ao ouvir esse clamor, quando milhares de pessoas, não excluindo crianças, mulheres e idosos, são trucidadas barbaramente, ferindo e manchando de sangue o Tratado dos Direitos Humanos.  

No entanto, que vontade inquebrantável é essa, que desejo enorme é esse que alimenta esse povo indefeso a continuar na luta em busca de um desiderato, em busca de um propósito? Ideal não se abate a tiros, baionetas não interrompem o sonho, e canhões não calam a esperança. É o desejo inquebrantável dessa gente indefesa que mantém homens e mulheres perseguindo esse ideal.  

Foi preciso, Sr. Presidente, esse injusto, penoso, longo e enorme derramamento de sangue de tantas pessoas, para que as nações, capitaneadas pela ONU, adotassem uma providência que pudesse, efetivamente, encontrar uma solução para esse impasse. No Timor Leste, irmãos que falam a nossa língua estão vendo, apavorados, suas famílias serem dizimadas, estraçalhadas, dispersadas. Com o envio das tropas, da força de paz, eles poderão ter um alento, reencontrar a tranqüilidade para continuar na luta por seu desiderato, que é a sua independência e autonomia. Pelo noticiário, vê-se que, só depois de muito relutar e ceder às pressões — inclusive, de natureza econômica — das nações mais fortes que mantêm com a Indonésia suas relações comerciais, é que seu Presidente concordou em que para lá fossem enviadas tropas armadas para preservar a paz.  

Nesse movimento, é bom que o nosso País, sensível com o sofrimento daquela gente, também tenha enviado alguns brasileiros, para buscar restabelecer a paz, a tranqüilidade naquele pequeno território.  

Agora, há notícia de que as milícias armadas no Timor Leste estão se organizando e se unindo para fazer frente às tropas de paz. Querem, a todo custo, enfrentar aqueles que tentam restabelecer a paz no Timor Leste.  

É preciso, Sr. Presidente, que providências enérgicas sejam tomadas, pela ONU e pelas nações que a integram, para que as forças que estão ali para preservar a paz cumpram os seus objetivos, alcancem o seu desiderato e não permitam que essas milícias guerrilheiras, com propósitos inconfessáveis, continuem perpetrando crimes contra a humanidade como os que agora até agora estão acontecendo no Timor Leste.  

Foi preciso que muita gente inocente morresse, Sr. Presidente, mas é necessário que decisões urgentes e firmes sejam adotadas pelos países que integram o conjunto das nações, capitaneada pela ONU.  

Era o que tinha que registrar, Sr. Presidente.  

 

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Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/09/1999 - Página 24971