O SR. JONAS PINHEIRO (PFL - MT. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, inscrevi-me para comunicar aos meus Pares que a partir de hoje, dia 25 de maio, a pecuária brasileira entra em nova fase. O motivo é que os 174 membros da Organização Internacional de Epizootias – OIE -, reunidos em Paris, devem reconhecer os seis Estados brasileiros que compõem o chamado Circuito Pecuário Centro-Oeste como zona livre de febre aftosa, embora ainda com exigência de vacinação.  

O Circuito Pecuário Centro-Oeste é formado pelos Estados de São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Paraná, parte de Minas Gerais e pelo Distrito Federal e concentra um rebanho bovino de 83 milhões animais. Estes, juntamente com os 16 milhões de cabeças do rebanho gaúcho e catarinense, que já obtiveram o certificado, faz com que 62% do rebanho brasileiro de 160 milhões de cabeças, já seja reconhecido como livre de febre aftosa.  

Essa decisão da OIE, que é uma entidade da Organização das Nações Unidas, responsável pela defesa da saúde animal, foi acompanhada por uma missão brasileira, integrada por autoridades brasileiras, parlamentares, produtores e empresários do setor, sob a liderança do competente e dinâmico Ministro da Agricultura e do Abastecimento, Pratini de Moraes.  

Sem dúvida, essa decisão vem em momento muito oportuno e deve ser comemorada por todos, pois possibilitará que o Brasil possa, a partir de agora, conquistar com mais facilidade novos clientes importadores de carne bovina e ter o acesso mais facilitado para a carne nacional a mercados internacionais mais exigentes, como os Estados Unidos, Canadá e Japão e Comunidade Européia.  

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Brasil faturou, em 1999, 805 milhões de dólares com a exportação de carne in natura e industrializada. Para este ano, e já facilitado por essa decisão da OIE, o Brasil poderá ter uma receita da ordem de um bilhão de dólares e, até 2005, quando todo o país já for considerado como área livre de aftosa em todo o seu território, ela poderá dobrar e atingir anualmente a cerca de dois bilhões de dólares.  

Sr. Presidente, é esta comunicação que faço, que, apesar de rápida, é muito importante para a economia brasileira, sobretudo para a agropecuária brasileira, mas também para a nossa sociedade.  

Obrigado. 

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