Discurso durante a 75ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

IMPORTANCIA DA CAMPANHA DE IMUNIZAÇÃO DE IDOSOS CONTRA A GRIPE PATROCINADA PELO MINISTERIO DA SAUDE.

Autor
Carlos Patrocínio (PFL - Partido da Frente Liberal/TO)
Nome completo: Carlos do Patrocinio Silveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SAUDE.:
  • IMPORTANCIA DA CAMPANHA DE IMUNIZAÇÃO DE IDOSOS CONTRA A GRIPE PATROCINADA PELO MINISTERIO DA SAUDE.
Publicação
Publicação no DSF de 21/06/2001 - Página 13668
Assunto
Outros > SAUDE.
Indexação
  • REGISTRO, AUMENTO, NUMERO, IDOSO, POPULAÇÃO, BRASIL, NECESSIDADE, PLANEJAMENTO, POLITICA, SAUDE PUBLICA, PREVENÇÃO, DOENÇA, VACINAÇÃO, ELOGIO, INICIATIVA, MINISTERIO DA SAUDE (MS), PARCERIA, ESTADOS, MUNICIPIOS, CONGRATULAÇÕES, GOVERNO ESTADUAL, ESTADO DO TOCANTINS (TO).

O SR. CARLOS PATROCÍNIO (PFL - TO) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, os censos nacionais e contagens populacionais mais recentes vêm revelando a tendência persistente no sentido do aumento da fração correspondente aos maiores de sessenta anos em nossa população. De um país com população majoritariamente jovem até 1970, o aumento da expectativa média de vida e a queda na fertilidade média da mulher brasileira -- resultados da urbanização, mas também de melhorias na saúde pública e no acesso à informação --, fizeram com que o Brasil passasse a ter um perfil mais equilibrado de distribuição etária de seu povo.

Isso implica, entre outras conseqüências, a necessidade de uma mudança no planejamento das ações governamentais de cunho médico-social. A prevenção e o tratamento de doenças típicas da chamada “terceira idade” passam a ter outra importância, enquanto diminuem, relativamente, as demandas de atendimento à população infantil.

Com a chegada do inverno, por exemplo, essa crescente população de idosos, sobretudo nas camadas mais carentes da população, face a suas condições de alimentação, vestimenta e habitação precárias, está particularmente sujeita a infecções pelo vírus da gripe -- o influenza.

Não devemos, Srªs e Srs. Senadores, desprezar o poder de morbidez e mortalidade dessas viroses: em organismos já debilitados, quer pela idade, quer pela sub ou desnutrição, elas podem muito facilmente conduzir à morte. Se considerarmos, ainda, o custo em hospitalizações e medicamentos que o tratamento dos infeccionados impõe à rede pública de atendimento médico, entenderemos que sua prevenção é nada menos que uma obrigação do Estado.

Por percebermos isso como uma necessidade social, temos o dever de elogiar a iniciativa do Ministério da Saúde, levada a efeito nos anos recentes, em parceria com os Governos Estaduais e Municipais, de vacinação dos idosos em todo o País durante esses meses de outono. É ação daquele tipo que resulta em maior alcance de benefício social: o da medicina preventiva.

No Estado do Tocantins, a ação do Governo Estadual e dos Municípios levou a campanha a resultados excelentes. É preciso lembrar que, ao contrário de muitas outras Unidades da Federação, nosso Estado tem um elevado percentual da população residindo em zonas rurais, o que dificulta em muito as ações como essas campanhas de vacinação em massa. As equipes de vacinação percorreram vastas áreas rurais em Municípios como Gurupi, num raio de 50 quilômetros em torno da sede municipal, no feriado do Dia do Trabalhador.

Em Palmas e em Araguaína, as metas originais de vacinação já haviam sido atingidas e superadas dois dias antes do término da campanha.

Sr. Presidente: quero deixar registradas aqui minhas congratulações a todos os envolvidos na campanha de imunização de idosos contra a gripe, desde o Ministro da Saúde, José Serra, até os profissionais que saíram de pistola de vacinação em punho aí pelos cantões do País. Deixo também uma menção especial à coordenadora de imunização da Secretaria Estadual de Saúde do Tocantins, Srª Marlene Alves Lopes, que conduziu com grande competência a operação em nosso Estado.

Atender às demandas de saúde dessa faixa da população, antes esquecida e desprezada, é uma demonstração de sensibilidade por parte de nossas autoridades de saúde.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/06/2001 - Página 13668