Discurso durante a 93ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

CONSIDERAÇÕES SOBRE O COMPARECIMENTO DOS MINISTROS PEDRO MALAN E MARTUS TAVARES E DO PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL, ARMINIO FRAGA, ONTEM, NA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONOMICOS. (COMO LIDER)

Autor
Ney Suassuna (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PB)
Nome completo: Ney Robinson Suassuna
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO.:
  • CONSIDERAÇÕES SOBRE O COMPARECIMENTO DOS MINISTROS PEDRO MALAN E MARTUS TAVARES E DO PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL, ARMINIO FRAGA, ONTEM, NA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONOMICOS. (COMO LIDER)
Publicação
Publicação no DSF de 16/08/2001 - Página 16802
Assunto
Outros > SENADO.
Indexação
  • IMPORTANCIA, COMPARECIMENTO, PEDRO MALAN, MARTUS TAVARES, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA FAZENDA (MF), MINISTERIO DO ORÇAMENTO E GESTÃO (MOG), ARMINIO FRAGA, PRESIDENTE, BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN), COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONOMICOS, SENADO, PARTICIPAÇÃO, DEBATE, SENADOR, ESCLARECIMENTOS, POSSIBILIDADE, COBRANÇA, CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIARIA, APOSENTADO, GARANTIA, CORREÇÃO, SALARIO MINIMO, SITUAÇÃO, FUNCIONARIO PUBLICO, AUSENCIA, REAJUSTE, SALARIO.

O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB. Como Líder, pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, houve, ontem, nesta Casa, um debate extremamente profícuo e muito importante para nós com os Ministros Pedro Malan e Martus Tavares e o Presidente do Banco Central, Armínio Fraga. Foram muitos os questionamentos dos Srs. Senadores e, como ocorre normalmente em uma democracia, alguns não concordaram com as respostas dadas. Mas elas foram dadas.

Sr. Presidente, eu fiz uma pergunta sobre os aposentados, porque, nesse acordo, voltou-se a falar na cobrança de contribuição previdenciária dos aposentados. A resposta não foi das mais agradáveis, mas entendo que, em Economia e Administração, não acontecem milagres e, levando-se em conta um déficit atual tão grande, essa é uma das alternativas plausíveis.

Perguntei também sobre o salário mínimo. Esses são, com toda certeza, os dois pontos mais vulneráveis da nossa estrutura social. Precisamos preservar o poder de compra do salário mínimo. E a resposta dada foi muito interessante, porque está lá na LDO a garantia de que vamos ter essa correção. Espero que aconteça nos índices que a sociedade deseja. Mas entendo que não existe milagre em Economia nem em Administração - não se tira de onde não se põe.

Eu iria questionar também sobre os funcionários públicos que estão sem aumento há sete anos. Uma ou outra categoria pode ter recebido alguma correção, mas a grande maioria continua com seus salários congelados durante todo esse período. Seria justo que houvesse correções mais efetivas e correspondentes aos prejuízos havidos com a inflação e mesmo com o aumento de taxas do próprio Governo.

Foi uma grande tarde de debate neste Congresso e os Ministros Pedro Malan e Martus Tavares se saíram muito bem. No entanto, surpreendi-me hoje ao ver publicado em um jornal uma frase minha muito ácida, de crítica ao debate. Em absoluto. O meu julgamento foi o de que podemos não concordar, podemos até divergir, mas o debate deve se repetir e, só assim, numa democracia, chegaremos a posições mais homogêneas. Totalmente homogêneas nunca serão, porque “cada cabeça, uma sentença”.

Era essa correção que queria fazer.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/08/2001 - Página 16802