O SR. PRESIDENTE (Ramez Tebet) - Srªs e Srs. Senadores, a Mesa não poderia encerrar os trabalhos desta segunda-feira sem se associar às palavras de tantos quantos, neste plenário, prestaram uma justa e merecida homenagem aos professores de nosso País.

Cumpro não só esse indeclinável dever, mas o faço com alegria e satisfação, porque venho do Ministério Público, venho do exercício da advocacia, mas venho também do magistério. Venho do magistério por necessidade, porque, no meu Estado, o então Estado do Mato Grosso, à falta de professores, a sociedade se socorria de profissionais liberais e de outros que pudessem exercer tão nobilitante quão dignificante missão, que é aquela de transmitir conhecimentos, de formar e de preparar os cidadãos para o amanhã.

Sucedo, com estas minhas últimas palavras, como Presidente do Senado da República, às palavras sábias proferidas pelo Senador Mauro Miranda e também ao aparte do Senador Iris Rezende, ambos do Centro-Oeste, portanto, conhecedores das dificuldades imensas por que atravessa o magistério do nosso País. Esta missão é árdua, é difícil, mas é uma nobilitante missão. Daí por que, Senador Mauro Miranda, eu me ative bem à melhor frase do seu discurso, se me permite pensar uma, a de que o professor representa a esperança, o futuro. É o homem que trabalha não para hoje, mas para amanhã. E pergunto: quem não se lembra da sua primeira professora ou do seu primeiro professor? Quem não se lembra da primeira escola?

O importante, o que devemos ressaltar neste momento é o impasse em que vivem as universidades federais do País, o que também foi salientado em outros pronunciamentos nesta Casa, especialmente nos de V. Exªs, Senadores Mauro Miranda e Iris Rezende, que aqui se encontram, no apelo que fizeram, e que também já fiz e volto a fazer aqui da cadeira da Presidência do Senado da República, a fim de que o Governo Federal, por intermédio do Ministro Paulo Renato Souza, encontre, o mais rápido possível, uma solução para que haja o retorno às aulas. Em última análise, os professores estão sem receber. Mas, pior do que isso, é que os alunos estão sem aula, o que causa um grande prejuízo para os universitários e um grande prejuízo até mesmo para aqueles que sonham em ingressar em uma universidade, pois os vestibulares estão suspensos.

Seria de bom alvitre, permitam-me os Srs. Senadores, que o entendimento fosse encontrado no dia de hoje, o dia consagrado ao mestre. Aí sim, haveria o coroamento do esforço de todos quantos lutam para a solução desse impasse que, repito, é muito grave.

Cumprimento os professores do Brasil inteiro. E, novamente, faço um apelo muito forte ao Governo Federal, por meio do Ministro Paulo Renato, para que encontre uma solução imediata para a normalidade que todos nós desejamos para a universidade pública e, por que não dizer, para o ensino público e para a educação de todo o nosso País.