Discurso durante a 137ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Realização, no último dia 8, em São Paulo, pela revista IstoÉ Dinheiro, de homenagem às 100 empresas detentoras dos maiores lucros no Brasil.

Autor
Romeu Tuma (PFL - Partido da Frente Liberal/SP)
Nome completo: Romeu Tuma
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. ECONOMIA NACIONAL.:
  • Realização, no último dia 8, em São Paulo, pela revista IstoÉ Dinheiro, de homenagem às 100 empresas detentoras dos maiores lucros no Brasil.
Publicação
Publicação no DSF de 19/10/2001 - Página 25607
Assunto
Outros > HOMENAGEM. ECONOMIA NACIONAL.
Indexação
  • REGISTRO, INICIATIVA, PERIODICO, ISTOE, DINHEIRO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), HOMENAGEM, EMPRESA, SUPERIORIDADE, LUCRO, BRASIL, SOLENIDADE, PRESENÇA, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, FERNANDO DE LA RUA, PRESIDENTE DE REPUBLICA ESTRANGEIRA, PAIS ESTRANGEIRO, ARGENTINA.
  • COMENTARIO, DECLARAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ELOGIO, CRESCIMENTO ECONOMICO, BRASIL, BENEFICIO, PROCESSO, PRIVATIZAÇÃO, IMPORTANCIA, VALORIZAÇÃO, LUCRO, EMPRESA.

  SENADO FEDERAL SF -

SECRETARIA-GERAL DA MESA

SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA 


            O SR. ROMEU TUMA (PFL - SP) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, no último dia 8, a revista IstoÉ Dinheiro homenageou as 100 empresas detentoras dos maiores lucros no Brasil. A solenidade aconteceu no Hotel Transamérica, em São Paulo, onde o Dr. Domingo Alzugaray, diretor da revista recebeu cerca de 1.000 convidados, entre representantes da indústria, comércio, sistema financeiro e autoridades, entre as quais os presidentes da Argentina, Fernando de la Rúa, e do Brasil, Fernando Henrique Cardoso.

            O objetivo da revista IstoÉ Dinheiro com essa homenagem foi levantar a bandeira de que “o lucro não é pecado”. É, antes de tudo, demonstração cristalina da eficiência de nosso parque produtivo, uma prova inequívoca de que se está integrado de forma competitiva na globalização. Os lucros apurados nesse levantamento - que tem por base números da Comissão de Valores Imobiliários (CVM) - comprovam a maturidade da livre iniciativa neste País.

            O presidente Fernando Henrique Cardoso saudou o encontro como sendo “de quem acredita no Brasil, e o fato de estas empresas todas, e todas elas brasileiras, terem tido lucro mostra que esse não é um castigo mas um prêmio ao trabalho”. Disse o presidente que “estas cem empresas são responsáveis por metade do produto brasileiro. Isto mostra a força do Brasil, que deve aproveitá-la para integrar ao resto do mundo e que essa integração possa trazer convergência entre os países sejam ou não latino-americanos.”

            Segundo o presidente, “embora tenhamos a convicção das dificuldades, temos também a disposição de avançar, o que traz a certeza de que o amanhã será melhor e o será porque em nossos países existe paz, que também pode ser traduzida por desenvolvimento, progresso social, concórdia, tolerância e reciprocidade.”

            Aspectos positivos da abertura de mercado, desenvolvendo sadia competição em setores tão díspares como bancos, telefonia, para ficar nos casos mais relevantes, também ficaram demonstrados. Nosso sistema financeiro não perdeu espaço diante da concorrência estrangeira, como temia-se no início. Apesar da entrada de vários concorrentes, temos instituições bancárias robustas, ainda líderes do ranking nacional, batendo recorde sobre recorde nos seus desempenhos.

            Outro fato positivo é a privatização em algumas áreas. O exemplo mais visível é o da ex-estatal Companhia Vale do Rio Doce, agora em mãos privadas, que converteu-se na empresa mais lucrativa do Brasil. Da mesma forma, o setor de telefonia apresenta um crescimento que não era possível à época da reserva de mercado

            Ao mostrar empresas que dão lucro, o evento tentou apagar o velho ranço de pecado que pairava sobre esse resultados. Sem apresentar ou divulgar seus lucros, jamais irão atrair interessados em apostar nelas. Em mercados como o americano, famílias, associações de idosos e mesmo freiras e padres criam fundos de ações para investir na iniciativa privada através da Bolsa de Valores.

            A mudança de atitude que a revista Dinheiro acredita estar iniciando a partir da homenagem às 100 maiores e mais lucrativas, é que as empresas devem reverenciar o lucro como meta, como fonte geradora de mais produção, mais emprego, mais riquezas para o Brasil e como a chave que nos abrirá mercados em todo o mundo.

            Muito obrigado.


            Modelo17/17/247:27



Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/10/2001 - Página 25607