Pronunciamento de Heloísa Helena em 20/11/2001
Discurso durante a 158ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Transcurso do Dia Nacional da Consciência Negra.
- Autor
- Heloísa Helena (PT - Partido dos Trabalhadores/AL)
- Nome completo: Heloísa Helena Lima de Moraes Carvalho
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
HOMENAGEM.:
- Transcurso do Dia Nacional da Consciência Negra.
- Publicação
- Publicação no DSF de 21/11/2001 - Página 28952
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM.
- Indexação
-
- HOMENAGEM, DIA NACIONAL, CONSCIENTIZAÇÃO, RAÇA, NEGRO, SAUDAÇÃO, POPULAÇÃO, ESTADO DE ALAGOAS (AL), BRASIL, LUTA, LIBERDADE, JUSTIÇA SOCIAL.
SENADO FEDERAL SF -
SECRETARIA-GERAL DA MESA SUBSECRETARIA DE TAQUIGRAFIA |
A SRª HELOÍSA HELENA (Bloco/PT - AL. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Com certeza, Sr. Presidente.
Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a motivação que nos trouxe de volta ao plenário, eu e o Senador Eduardo Suplicy, foi justamente o desejo de fazer uma homenagem ao Dia da Consciência Negra, embora reconheçamos que o nosso querido companheiro Senador Geraldo Cândido já a fez, inclusive por ter representado o Senado, na Conferência Internacional de Combate ao Racismo e a todas as formas de intolerância.
Nós, alagoanos - falo em meu nome, em nome do Senador Renan Calheiros e do nosso querido Deputado Regis Cavalcante, que está aqui -, não podemos deixar de compartilhar, nesse dia, a nossa emoção, até porque a República dos Palmares fica exatamente em nosso Estado, na cidade de União dos Palmares. Nós nos orgulhamos de trazer em nossas veias o sangue das guerreiras e dos guerreiros que fizeram a República dos Palmares.
A nossa homenagem ao povo de Alagoas, aos negros e negras de Alagoas, que têm uma trajetória de luta para construir o sonho de libertação, o sonho de uma sociedade justa, igualitária e fraterna. Sabemos que não se faz uma sociedade justa, igualitária, fraterna e solidária com discriminação de gênero, de opções sexuais ou muito especialmente de raça, porque todos os mapas de um trabalho, todos os indicadores sociais no País mostram claramente isso. E o Brasil, que é sem dúvida alguma a maior nação negra fora da África, a nação que não pode contar a sua história de desenvolvimento sem contar a história dos negros que vieram para cá muitas vezes arrastados, separados de seus entes queridos, separados da sua pátria, com a alma e o coração encharcados de saudade. Os negros, que vieram aqui não voluntariamente, mas de forma amarga e cruel, possibilitaram que em nossas veias esteja o sangue das negras e negros guerreiros da República dos Palmares.
A nossa saudação muito especial ao Estado de Alagoas, à cidade de União dos Palmares, a qual possibilita que hoje, o Dia Nacional da Consciência Negra, possamos todos também homenagear a história de luta e de liberdade construída pelos negros e negras do nosso País.
Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.
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