O SR. LUIZ OTÁVIO (PMDB - PA. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho à tribuna, nesta manhã de sexta-feira, primeiro para saudar o grupo paulista Pematec Triegel, que investirá R$25 milhões no beneficiamento do curauá, uma planta amazônica que produz uma fibra utilizada para fazer cordas, principalmente para que o homem da Amazônia, da selva, possa transportar os seus produtos.

Essa planta, hoje, depois de ser pesquisada e analisada por laboratórios e empresas de pesquisa internacionais, já vem sendo industrializada no interior do Pará, no Lago Grande, próximo de Santarém, no baixo Amazonas. Esse produto faz com que a ecologia e o meio ambiente sejam preservados, mas deixa também uma parte dos seus recursos para a sobrevivência e a melhoria da qualidade de vida da população ribeirinha, da população do interior da Amazônia, para que esta possa sobreviver, criar seus filhos e educá-los.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, atualmente, esse projeto já é executado por essa empresa, que foi originária de uma pesquisa da Universidade Federal do Pará, apoiada, na época, pelo então Governador do Estado do Pará, Almir Gabriel. Hoje, dando seqüência ao trabalho do Governador Almir Gabriel, o Governador Simão Janete apóia e investe nessa empresa.

Para a surpresa de todos os brasileiros que nos ouvem nesta manhã, essa empresa já fabrica os bancos dos automóveis da Mercedes-Benz do Brasil. A Chrysler, uma empresa americana, que também tem investimentos nessa área, já é atendida, como a Mercedes, em segundo estágio, no que concerne aos painéis dos automóveis e nas laterais dos carros. Essa fibra, além de forte e resistente, dá condições de segurança para o veículo e para os passageiros.

Essa pesquisa, com certeza, irá adiante. Com esses investimentos que estão sendo feitos agora - e essa pesquisa já está em fase adiantada de estudos -, verificamos que poderemos, inclusive, fabricar a carroceria dos carros com essa fibra. Não teremos mais que fazer reciclagem de ferro e de chapas de aço. Esses mesmos produtos não vão mais ferir ou matar os passageiros, porque a fibra, com certeza, dará mais segurança aos passageiros, aos usuários.

Sr. Presidente, eu já havia me manifestado a respeito desse assunto ainda no ano passado, quando vi o acordo assinado pelo Governador Almir Gabriel com essa empresa, em Santarém. Fiz um pronunciamento desta tribuna já acreditando nesse investimento, que, hoje, é realidade.

Com o financiamento desses empreendimentos por parte da Embrapa, da Emater, do Banco da Amazônia e, se Deus quiser, da nossa própria agência de desenvolvimento que será instalada, substituindo a Sudam, ou da própria Sudam, como algumas categorias de trabalhadores e de empresários desejam, tenho certeza de que, aí, sim, a Amazônia poderá servir, como tem servido ao longo de todos esses anos, como celeiro do mundo, como o pulmão do mundo. Também terá a capacidade de criar equipamentos e produtos industrializados, que beneficiarão toda a sociedade, todo o meu Estado do Pará, todo o Brasil e até o mundo, sem se esquecer de atender também a população que lá reside, labuta e vive com muita dificuldade.

Portanto, Sr. Presidente, registro a minha alegria por ter lido ontem, no Caderno “Painel” do jornal O Liberal, do meu Estado, que essa empresa propõe a implantação de uma indústria para o beneficiamento do curauá, a ser localizada no Município de Santarém, no oeste paraense, onde investirá esses recursos, que poderão e deverão gerar 600 empregos diretos, envolvendo cerca de 400 famílias de pequenos produtores da zona rural da região do Lago Grande, em Santarém.

O Curauá é uma fibra que vai fazer com que o Brasil avance, principalmente no campo tecnológico, em favor do meio ambiente.

Nesta oportunidade, faço um apelo à Senadora Marina Silva, atual Ministra do Meio Ambiente, para que S. Exª participe e incentive esse projeto, pois S. Exª tem sido uma árdua defensora da nossa querida Amazônia.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, consigno, aqui, o meu incentivo no sentido de atrair tais investimentos para o Estado do Pará por meio da Secretaria Especial de Produção. Que possa realmente o Senado Federal também dar boas notícias ao Brasil e à Amazônia e não somente notícias tristes, como é o caso do envio deste elemento, deste facínora chamado Fernandinho Beira-Mar, que hoje ocupa a mídia nacional, para um presídio no Estado de Alagoas. Sinceramente, tenho a certeza de que todas as propostas - principalmente a do Senador Alberto Silva, feita nesta manhã - possam ser realmente uma grande saída para o problema.

Hoje, no “Bom-Dia Brasil”, o jornalista Alexandre Garcia fez elogios ao Senador Magno Malta ao dizer que S. Exª é um especialista no assunto e que tinha grandes idéias e conhecimento com relação à segurança nacional. Portanto, o Senador Magno Malta deveria ser ouvido, e será ouvido, inclusive porque S. Exª ocupará a tribuna proximamente.

Agradeço a atenção de V. Exª, Sr. Presidente.