Discurso durante a 45ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Regozijo pela premiação recebida pelo jornal A Crítica, de Manaus, em concurso realizado em Vancouver, Canadá.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Regozijo pela premiação recebida pelo jornal A Crítica, de Manaus, em concurso realizado em Vancouver, Canadá.
Publicação
Publicação no DSF de 29/04/2003 - Página 8944
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • CONGRATULAÇÕES, JORNAL, A CRITICA, ESTADO DO AMAZONAS (AM), RECEBIMENTO, PREMIO, CONCURSO, REALIZAÇÃO, PAIS ESTRANGEIRO, CANADA.

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, dirijo-me à Casa hoje como amazonense orgulhoso do seu Estado, da sua gente, da sua cultura. É que a Rede Calderaro de Comunicações, à frente o jornal A Crítica, de Manaus, acaba de conquistar quatro prêmios de excelência em marketing, em concurso realizado em Vancouver, Canadá: na categoria Serviço à Comunidade; no item Promoções e Eventos para a População; no capítulo Promoção em Rádio, pela belíssima campanha Ame o Próximo e, finalmente, no quesito Pesquisa em Jornal e Livros Informativos, pela competente publicação Commercial Information.

Vancouver, aliás, Sr. Presidente, sedia esse que é uma espécie de Oscar jornalístico e, neste ano, A Crítica era o único jornal brasileiro a competir, representando sua vitória, portanto, laurel para todo o Brasil, ela que já significava muito para o Amazonas e para toda a região amazônica.

Prêmios merecidos, Srªs e Srs. Senadores, e que têm sua explicação original no talento e na determinação do meu saudoso amigo Umberto Calderaro Filho, que, desde bem jovem, foi colocando seus sonhos no confronto com a realidade e, ao fim e ao cabo, construiu poderoso sistema de comunicações, que se confunde com a História do Amazonas nos últimos 54 anos. Ao lado de minha professora, D. Rita de Cássia Araújo Calderaro, mulher corajosa e resistente, Calderaro enfrentou todas as lutas, lutou todas as batalhas, sonhou todos os sonhos, construiu todas as realidades e aí está a Rede Calderaro de Comunicações a orgulhar seus conterrâneos e seus patrícios de todo este generoso país.

D. Rita continua a bela caminhada, agora apoiada na obstinação de sua filha, Tereza Cristina Calderaro Corrêa - parecida com o pai no modo aguerrido e no amor pelo trabalho -, em seu irmão, professor João Bosco Araújo - figura cordial, humana e hábil, estimado e respeitado por todos à sua volta -, em seu neto Dissica Calderaro Tomaz, que se especializou em marketing e honra o avô na bravura cotidiana de cumprir, correta e eficazmente com o dever.

Dissica, aliás, já é muito auxiliado por seus irmãos Tatiana e Umberto, aquela com todos os traços familiares de personalidade forte e perseverante e este, perspicaz, afetuoso e comunicativo, iniciando jornada que lhe haverá de reservar todas as vitórias pessoais e profissionais.

Fiquei feliz, Sr. Presidente, em cota extra, porque um dos troféus se devem à campanha Ame o Próximo, lançada em novembro de 2001 e repetida em 2002. O gesto contagiou Manaus. As adesões foram expressivas, sob a forma de alimentos, brinquedos, material de higiene e até móveis e eletrodomésticos.

A vitória primeira, por sinal, foi mesmo a idéia do Ame o Próximo em si mesma: ajudar os excluídos a vencer o desafio diário contra a fome, conclamar os de melhor posição socioeconômica a repartir, a doar, a, efetivamente, amar o próximo. O passo seguinte - e consagrador - foi a International Newspaper Marketing Association, a INMA, que conta com representação de 65 países, haver reconhecido o trabalho de 54 anos sofridos e vitoriosos de A Crítica. Acrescento, Sras. e Srs. Senadores, que, a cada ano, concorrem ao prêmio da INMA cerca de 2000 jornais, distribuídos em 17 categorias, o que dá a média aproximada de 117 jornais disputando cada uma das 17 categorias. Mais ainda: A Crítica, que venceu na categoria Serviços à Comunidade, concorrendo com mais de mil publicações, teve como oponente, na fase final do concurso, o periódico Daily Camera, do Colorado, Estados Unidos. A média é de 117 jornais por categoria, mas A Crítica venceu precisamente onde se puxaria essa média muito para cima, enfrentando mais de mil concorrentes.

O Ame o Próximo penetrou tão fundo na sensibilidade amazonense que até mesmo os detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim com ele colaboraram, jejuando por dois dias, a fim de doar o que não comeram a pessoas que precisavam desesperadamente de se alimentar. Como coisa boa puxa mais coisa boa, a Creche Aldeia SOS Brasil, freqüentada por crianças que, à razão, de 80%, são filhos de presidiários, foi um dos primeiros beneficiários do Ame o Próximo.

A Crítica deu exemplo ao setor empresarial como um todo. E esse exemplo haverá de se multiplicar. Afinal, se os detentos puderam participar, se pessoas humildes dos bairros mais pobres de Manaus também encontraram algum meio de expressar sua solidariedade real, é evidente que o mundo empresarial poderá fazer muito, se se dispuser a isso.

A Crítica saiu da teoria e mergulhou na prática, no gesto de amar traduzido pela ação concreta de ajudar a quem precisa de amor, solidariedade, atenção e respeito.

Saio do Ame o Próximo e chego ao livro Commercial Information, que servirá para ampliar as perspectivas do Amazonas como destino turístico e como destino seguro para investimentos empresariais. Se o Ame o Próximo recolheu, em 2002, quase 700 toneladas de alimentos, o Commercial Information ajudará na luta pelo emprego e pelo desenvolvimento, buscando consolidar o sonho de todos os amazonenses de verem banida a miséria de suas vidas e de suas almas.

É a segunda vez que A Crítica chega à fase final de Vancouver. Boa tradição essa que se vai firmando: trabalho correto na base, reconhecimento internacional no topo da pirâmide.

Sou, Sr. Presidente, há quase 15 anos, articulista de A Crítica. Umberto Calderaro Filho, o patriarca da Rede Calderaro de Comunicações, disse-me com o carinho paternal que me dedicava: “essa coluna será a tua trincheira mais íntima, útil, sobretudo, nos momentos de baixa da tua vida pública”. E aí incorporei minha opinião semanal ao conjunto dinâmico de um jornal que se moderniza com os descendentes de Calderaro, até para manter coerência com esse guerreiro que conseguia - dizia ele - ter tinta, em vez de sangue, nas veias. Proponho a correção: tinta nas veias, sim, e muita tinta, desenhando sonhos, desilusões, lutas, algumas perdas, sorrisos, muita dor. Mas tinha muito sangue também. O “italiano” passional e generoso transformava seu sangue em tinta, para fazer o seu grande jornal e realizar a grande paixão de servir ao Amazonas e ao Brasil.

D. Rita, Bosco, Dissiquinha, Tatiane, queridos amigos, e Beto, alma gêmea da minha, a todos vocês eu só desejo mais êxitos, mais felicidade, mais motivação para completar a obra do “mestre Calderaro”, cidadão universal do Amazonas, figura da cidade de Manaus, amigo dos seus amigos, escravo do seu amor pela nossa terra, arauto do humanismo e da solidariedade.

Faço este registro, Sr. Presidente, na certeza de que o Amazonas está sabendo erigir e consolidar belíssima civilização, a partir da sua natureza deslumbrante, do seu potencial econômico especialíssimo, das riquezas já realizadas e, sobretudo, do caráter indomável e criativo do seu povo. É isso que explica, a meu aviso, a vitória de A Crítica em Vancouver.

            Era o que tinha a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/04/2003 - Página 8944