Discurso durante a 66ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Relato da viagem de S.Exa. à Rússia, em missão comercial, chefiada pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sr. Luiz Fernando Furlan.

Autor
Garibaldi Alves Filho (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RN)
Nome completo: Garibaldi Alves Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
COMERCIO EXTERIOR.:
  • Relato da viagem de S.Exa. à Rússia, em missão comercial, chefiada pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sr. Luiz Fernando Furlan.
Publicação
Publicação no DSF de 30/05/2003 - Página 13589
Assunto
Outros > COMERCIO EXTERIOR.
Indexação
  • COMENTARIO, VIAGEM, ORADOR, JOÃO BATISTA MOTTA, SENADOR, DEPUTADO FEDERAL, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO DA INDUSTRIA E DO COMERCIO EXTERIOR (MDIC), EMPRESARIO, MISSÃO COMERCIAL, PAIS ESTRANGEIRO, RUSSIA, ELOGIO, CRESCIMENTO ECONOMICO, REORGANIZAÇÃO, ORDEM POLITICA E SOCIAL.
  • ANUNCIO, AMPLIAÇÃO, EXPORTAÇÃO, BRASIL, PAIS ESTRANGEIRO, RUSSIA, POSSIBILIDADE, ACORDO, FAVORECIMENTO, COMERCIO EXTERIOR.

O SR. GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB - RN. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu pretendia, se tivesse mais tempo, fazer um relato da viagem que empreendemos, eu e o Senador João Batista Motta, à Rússia, numa missão comercial que foi chefiada pelo Ministro Luiz Fernando Furlan. Mas, dentro dessa limitação de tempo - agradeço a compreensão de V. Exª -, quero dizer do meu entusiasmo por conta de tudo que vi na Rússia, não apenas com relação à nossa missão, mas também com o que está acontecendo com aquele país. Um país que começa a se reerguer, crescer, chegando a alcançar um PIB de 4% ao ano, um país que tem as suas estruturas políticas, a sua sociedade civil ainda em reorganização, mas um país que já começa a despontar novamente no cenário mundial, tanto que está participando do chamado Grupo G-8, que é o grupo dos grandes países do mundo.

Mas, no que toca à nossa missão, o que se viu foi que o Brasil pretende triplicar suas exportações, a balança comercial, não apenas as exportações do nosso lado, mas as exportações do lado da Rússia, pretendemos triplicá-las, chegando ao valor de US$5 bilhões. Para isso, é preciso, primeiro, rever conflitos ainda existentes nessa pauta de exportações. O estabelecimento de cotas para a importação, por exemplo, de frangos com relação à produção de Santa Catarina. É preciso, além dessa revisão, ampliar a pauta de forma que os produtos como carne, frango, sejam a eles agregados outros produtos de maior valor para que o país possa ser mais bem-sucedido nesse comércio internacional.

Acredito que foi dado um passo importante durante alguns dias de presença dessa missão, que foi não apenas governamental, claro, mas uma missão comercial, com a presença de 34 empresários, sendo que esses tiveram pela frente um número superior a 100 empresários russos, que se efetivou por meio de uma rodada de negociações.

Sr. Presidente, voltei dessa viagem com uma clara noção de que a política de exportação do Brasil está no rumo certo, não apenas contemplando as chamadas negociações em blocos comerciais, como a Alca, o Mercosul, de que falava há pouco o Senador Eduardo Suplicy, mas uma política que possa enxergar nichos, oportunidades. Países como a Rússia, chamados países grandes e, na linguagem da diplomacia comercial, países chamados “baleias”, uma linguagem interessante, como a China, a Rússia, a África do Sul e como tantos outros países que possam ser alcançados por essa política de exportações. A reforma tributária tem que vir ao encontro disso, como está no texto, desonerando as exportações. E o que é certo é que eu e o Senador João Batista da Motta e os Deputados Carlito Merss, de Santa Catarina, e Lupércio Ramos, do Amazonas, voltamos com a clara noção de que dessa vez vamos, com relação às exportações, porque já se anunciou tantas vezes que a exportação precisava ser dinamizada. O próprio Presidente Fernando Henrique chegou a dizer, de uma forma patética, exportar ou morrer. Penso, Sr. Presidente, que não vamos morrer, vamos exportar. Foi que eu vi.

Eu gostaria de ter a oportunidade de falar mais sobre isso, mas o tempo não permite, e agradeço a V. Exª e aos Senadores que estão aqui me ouvindo.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 30/05/2003 - Página 13589