EMBRAPA ENFRENTA O DESCASO

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o que está acontecendo com a EMBRAPA chega a ser inacreditável. De repente, a vitoriosa empresa, responsável por boa parte do êxito da agropecuária brasileira, ficou à deriva, a ver navios.

Até o ano passado tudo transcorria bem e, de repente, tudo desabou pela insensibilidade do atual Governo, ao relegar a EMBRAPA a plano secundário, inclusive com o contingenciamento de seus recursos orçamentários.

Não parece justo o tratamento, melhor diria, o descaso do Governo para com a EMBRAPA. Seus técnicos e servidores não se conformam com a insensibilidade governamental que preside o diálogo com suas lideranças no momento em que pleiteiam a restauração dos benefícios a que faziam jus e a um reajuste salarial. Também eu não concordo com tamanha desatenção.

Estive em Manaus, nesse final de semana, e, em contato com o pessoal da EMBRAPA, pude sentir de perto o esforço que seus técnicos realizam para mostrar suas atividades em favor do mais importante segmento da economia nacional.

Por isso, por conhecer de perto o problema que a empresa enfrenta neste momento, lanço um apelo à sensibilidade do Governo, não apenas para o resgate dos direitos dos servidores, mas também, e com urgência, que seja tratada com empenho a questão das verbas para pesquisas agropecuárias, ameaçadas de paralisação.

Seria uma pena, mais do que isso, um grande prejuízo para o Brasil, caso persista a insensibilidade do Presidente Lula, a quem, desta tribuna, convidamos a voltar o olhar para um setor fundamental ao desenvolvimento da agricultura e da pecuária do País.

Afinal, Presidente Lula, a agricultura e a pecuária têm sido os grandes baluartes das exportações brasileiras.

Era o que tinha a dizer.