Discurso durante a 16ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre a posição do especialista Nuno Câmara a respeito da necessidade da queda dos juros no País.

Autor
Reginaldo Duarte (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/CE)
Nome completo: José Reginaldo Duarte
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.:
  • Considerações sobre a posição do especialista Nuno Câmara a respeito da necessidade da queda dos juros no País.
Publicação
Publicação no DSF de 24/07/2003 - Página 19630
Assunto
Outros > POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.
Indexação
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, CORREIO BRAZILIENSE, DISTRITO FEDERAL (DF), PUBLICAÇÃO, ENTREVISTA, NUNO CAMARA, JORNALISTA, ANALISE, SITUAÇÃO, ECONOMIA NACIONAL, DEFESA, REDUÇÃO, TAXAS, JUROS, RISCOS, AUMENTO, INFLAÇÃO.
  • REGISTRO, REUNIÃO, COMITE, POLITICA MONETARIA, EXPECTATIVA, REDUÇÃO, TAXAS, JUROS, GOVERNO FEDERAL.

            HÁ ESPAÇO PARA REDUZIR OS JUROS

O SR. REGINALDO DUARTE (PSDB - CE. Sem apanhamento taquigráfico) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Comitê de Política Monetária deve definir, hoje, a nova taxa básica de juros, que, hoje, é apontada como excessivamente elevada e em torno de que já não há um único setor responsável do País que não defenda uma redução de bom tamanho, embora, dentro do estilo Lula, se espere uma queda muito conservadora, algo em torno de dois pontos percentuais.

A propósito, o Correio Braziliense traz uma oportuna entrevista com o especialista Nuno Câmara, que trabalha no escritório de Nova York de um importante banco alemão de investimentos. Para ele, o Brasil mantém taxas de juros de país em crise. E sustentou - como venho fazendo neste Plenário - que as projeções de inflação para os próximos 12 meses permitem a convivência tranqüila de taxas de juros entre 18% e 19%.

            Trago ao conhecimento do Senado a opinião de Nuno Câmara principalmente porque, como ele mostra com clareza, o Brasil precisa valer-se do momento internacional, propício à atração de expressivos fluxos de capitais, diante da posição da economia dos Estados Unidos, ainda em processo de recuperação.

O economista diz mais, na entrevista ao Correio Braziliense, que já não pode haver dúvida da existência de espaço para um corte maior que os habituais na taxa básica de juros no Brasil. Baseia-se ele na manutenção da queda da inflação e da inexistência de quaisquer sinais de reversão nos próximos meses.

Pelas análises de Nuno Câmara, a inflação no Brasil, este ano, poderá situar-se em 8,9%, bem próxima da meta ajustada de 8,5% fixada pelo Banco Central.

Ele pergunta:

            - Quer melhor sinal do que esse para baixar os juros?

E eu acrescento:

            - Por que não ousar, aproveitando o momento propício? A recessão aí está e ela não espera; ataca cada vez mais.

Que o Governo Lula responda.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/07/2003 - Página 19630