O SR. GERALDO MESQUITA JÚNIOR (Bloco/PSB - AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, nunca imaginei que tivesse de vir à tribuna de minha Casa para solicitar, mais uma vez, uma audiência com o Ministro de Estado, Dr. Álvaro Augusto Ribeiro da Costa, Advogado-Geral da União. E explico por que o faço daqui.

Esta semana recomendei à minha Assessoria que solicitasse formalmente a audiência com o S. Exª, o Sr. Ministro e Advogado-Geral da União, por duas vezes o contato foi feito e a resposta de servidores de seu gabinete foi a de que o Parlamentar precisaria solicitar audiência por fax e dar as razões pelas quais pretendia se avistar com o Sr. Advogado-Geral da União.

Não tenho questão alguma de vaidade, isso não me ocorre. Mas, sinceramente, penso que seja um absurdo desmedido um representante de um Poder, afinal não é o Geraldo Mesquita que pediu uma audiência, mas um Senador da República, um membro de um Poder pedindo audiência a um Ministro de Estado. Um Senador quando solicita uma audiência a um Ministro de Estado certamente não é para ir lá contar a história da carochinha; ele certamente tem razões relevantes para assim fazê-lo.

Então, Sr. Presidente, como não disponho do número do telefone celular do Dr. Álvaro e como a “blindagem” no seu gabinete me impede de concretizar meu intento, uso, infelizmente, a tribuna do Senado, porque é a minha tribuna, para solicitar pela terceira vez, informalmente, ao Dr. Álvaro Augusto Ribeiro da Costa, Advogado-Geral da União, com quem já estive, em uma audiência. Talvez S. Exª até desconheça esse procedimento que está sendo adotado em seu gabinete. Sei que se trata de uma pessoa distintíssima, educada, fina. Tenho certeza absoluta de que isso não pode ser do conhecimento do Dr. Álvaro.

Portanto, faço um apelo, uma solicitação, pois a audiência é importante a fim de que possa expor ao Sr. Advogado da União assuntos de interesse público e relevantes. E faço votos de que o gabinete de S. Exª, desta feita, entre em contato com meu gabinete no sentido de, finalmente, marcar uma audiência.

Veja, Sr. Presidente, a que ponto chegamos! Isso me constrange. Trata-se de um assunto pequeno, que nem deveria ser tratado nesta Casa. Mas, lastimavelmente, é o recurso de que disponho e o estou utilizando a fim de fazer formalmente a solicitação. Se o Dr. Álvaro Augusto Pereira da Costa me ouve, ou alguém de seu gabinete, gostaria de ter um retorno, com a brevidade possível e necessária, e poder, finalmente, comparecer à presença daquela autoridade para tratar de assunto que reputo, e repito, da maior importância e de interesse público.

Muito obrigado, Sr. Presidente.