Discurso durante a 133ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Queda da popularidade do governo Lula.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Queda da popularidade do governo Lula.
Publicação
Publicação no DSF de 02/10/2003 - Página 29841
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • LEITURA, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, O ESTADO DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), RESULTADO, PESQUISA, OPINIÃO PUBLICA, REDUÇÃO, POPULARIDADE, PRESIDENTE DA REPUBLICA.

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) -

            Cai mais a popularidade de lula

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o percentual de brasileiros que não confiam no Presidente Lula aumentou para 26% em setembro, contra 19% em junho, segundo revela a pesquisa divulgada pelo IBOPE/CNI.

Leio, a propósito, matéria de análise dessa pesquisa, que, por oportuna, requeiro seja transcrita nos Anais do Senado.

É a seguinte a matéria do jornal O Estado de S.Paulo:

Desaprovação ao governo quase dobra em 6 meses

Pesquisa Ibope/CNI mostra que total de entrevistados insatisfeitos é de 24%, mas índice de aprovação permanece alto, em 69%

Silvio Bressan e Cida Fontes

A desaprovação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva quase dobrou em apenas seis meses. De acordo com a terceira pesquisa da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) com o Ibope, neste ano, a desaprovação ao governo, que era de 13% em março, época do primeiro levantamento, subiu para 24% em setembro. Em junho, na segunda pesquisa, a desaprovação já havia subido para 18%.

Num ritmo menor, a aprovação também caiu. Era de 75% em março, passou para 70% em junho e agora oscilou para 69%. Como a aprovação manteve os mesmos índices, o aumento na desaprovação foi provocado pela diminuição entre os que não souberam ou não quiseram responder. O Ibope ouviu 2 mil pessoas em todo o País entre 18 e 22 de setembro.

Assim como a desaprovação, a desconfiança em relação ao governo também aumentou. Entre os que dizem confiar no presidente, o índice baixou de 76% em junho para 70% em setembro. Ainda segundo a pesquisa, o brasileiro está mais preocupado com a inflação, o desemprego e a renda.

Entre os que acham que a inflação vai subir, o índice cresceu de 36% para 40%. Do mesmo modo, a aposta no aumento do desemprego subiu de 42% para 49%, enquanto a fé no aumento da renda caiu de 32% para 27%.

A população também está mais crítica com relação à atuação do governo em algumas áreas. No combate ao desemprego e nas ações de segurança pública, a maioria (52% e 53% respectivamente) desaprova o desempenho do governo.

Por outro lado, o combate à fome e à pobreza tem rendido bons dividendos.

Entre os pesquisados, 69% aprovam as ações oficiais nesse campo. O mesmo ocorre com o combate à inflação, que tem a aprovação de 51%, e com os programas sociais, aprovados por 60% dos entrevistados.

Sobre os maiores desafios do governo Lula, a maioria continuou elegendo o emprego e o crescimento como prioridades. Para 52%, essas são as duas áreas mais importantes na agenda oficial. Em seguida vem a melhoria de salários, com 25%, e o controle da inflação, com 13% das opiniões. Já a melhoria das condições sociais foi citada por 8% dos pesquisados.

Tarefas - Em outra questão específica, sobre as ações mais importantes do governo para os próximos dois anos, 34% apontaram a redução dos impostos. Para o presidente da CNI, deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE), o índice comprova o interesse da população pela reforma tributária. "Isso demonstra que o assunto já teve um grande impacto na opinião pública."

Ainda como tarefas importantes para os próximos dois anos, foram citadas a redução da inflação (33%), a redução da taxa de juros (29%), mais incentivos para a abertura de negócios (27%), a redução dos gastos do governo (21%), a construção de casas populares (21%), o auxílio às empresas em dificuldades (13%) e mais investimentos em infra-estrutura (9%).

A pesquisa constatou também que a reforma trabalhista divide a opinião pública. Para 51% dos trabalhadores com carteira assinada, deve haver mudanças na legislação trabalhista, enquanto 47% são contra. Entre os trabalhadores sem carteira e os desempregados, a aprovação é a mesma. Muda apenas a reprovação, defendida por 42% dos sem-carteira e por 44% dos desempregados. “

Era o que tinha a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 02/10/2003 - Página 29841