Discurso durante a 147ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Possibilidade de apresentação, no plenário do Senado, de material audiovisual como complemento do pronunciamento a ser proferido pelo Senador Almeida Lima, envolvendo denúncias à administração do prefeito de Aracajú, Marcelo Déda.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
REGIMENTO INTERNO.:
  • Possibilidade de apresentação, no plenário do Senado, de material audiovisual como complemento do pronunciamento a ser proferido pelo Senador Almeida Lima, envolvendo denúncias à administração do prefeito de Aracajú, Marcelo Déda.
Publicação
Publicação no DSF de 23/10/2003 - Página 33145
Assunto
Outros > REGIMENTO INTERNO.
Indexação
  • DEFESA, IGUALDADE, DIREITOS, ALMEIDA LIMA, SENADOR, UTILIZAÇÃO, AUDIOVISUAL, COMPLEMENTAÇÃO, DISCURSO, DENUNCIA, DESVIO, RECURSOS, ADMINISTRAÇÃO, MARCELO DEDA, PREFEITO, MUNICIPIO, ARACAJU (SE), ESTADO DE SERGIPE (SE).

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, vou trazer uma saída que, suponho, seja talvez a mais lógica para esse que não é um problema na verdade.

Eu estava ausente da reunião, e o Senador José Agripino falava, com toda a legitimidade, por nós, pelo Partido dele, pelo PSDB e, portanto, pelo Bloco da Minoria, na ausência do Senador Efraim Morais. S. Exª me deu conta da decisão do Presidente José Sarney.

Por outro lado, a par de termos aberto precedentes para a Senadora Íris de Araújo, para o Senador Marcelo Crivella e para muitos outros que já apresentaram o audiovisual, quero chamar a atenção dos Líderes Tião Viana e Aloizio Mercadante para um fato. Pessoalmente, tenho o Prefeito Marcelo Déda na melhor conta; ele é um dos adversários que aprendi a respeitar no combate franco, leal. A impressão que me passa é de que, se porventura um expediente fosse capaz de brecar a exposição do audiovisual, ficaria na cabeça das pessoas lá fora a idéia de que alguma bomba atômica estaria sendo escondida, o que não seria bom para a imagem pública do Prefeito Marcelo Déda - um dos melhores Deputados que já vi em atuação no plenário da Câmara dos Deputados e um homem público que, espero, se saia bem de quaisquer acusações que façam contra ele.

Se se castra a expressão do Senador Almeida Lima, pode-se passar a impressão de que alguma bomba atômica está sendo jogada para debaixo do tapete.

Portanto, o apelo à lógica é que se cumpra o que virou uma praxe e que se discuta, daqui para frente, em casos novos, o uso de recurso audiovisual.

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM) - Eu jamais seria capaz de fazê-lo. Mais ainda: eu assinaria o convite ao Prefeito Marcelo Déda para vir aqui. Entendo que não devemos deixar dúvidas quaisquer. Mas basicamente o que eu disse - não discordo da vinda dele, sou a favor até - é que, se se rompesse com a praxe de permitir o audiovisual, terminaria ficando mal de qualquer maneira para o Prefeito Déda. E pode ser que não ficasse mal - e é o que eu gostaria - se fosse exposto normalmente o audiovisual e se se ouvisse a palavra do Senador Almeida Lima, que tem o direito, responsavelmente, de fazer a acusação que quiser. Se S. Exª fizer alguma acusação, evidentemente caberá a resposta a quem de direito. Mas o fato é que não seria a melhor coisa interromper uma praxe, dando a impressão de que não se tem confiança talvez no Prefeito Marcelo Déda. E quero aqui reafirmar a minha confiança nele e imaginar que ele resista à exposição do audiovisual. Imagino que esse foi o nome que ele plantou aqui entre nós.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/10/2003 - Página 33145