O SR. LEOMAR QUINTANILHA (PMDB - TO. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, aproveito também para render as minhas homenagens à valorosa representação do Tocantins, ao Senador suplente Sadi Cassol, ao Deputado Osires Damaso e ao Gerente de Comércio da Secretaria de Indústria e Comércio de Palmas, Jackson Meurer, que abrilhantam com suas presenças os trabalhos desta Casa nesta tarde.

Sr. Presidente, eu ia abordar outro tema no horário destinado ao meu Partido, entretanto acedi ao apelo de dezenas de produtores rurais do Tocantins que, no momento da colheita e do escoamento da sua produção, se sentem prejudicados e extremamente preocupados com o precário estado de conservação da rodovia BR-153.

Há anos ocupo a tribuna desta Casa para falar sobre esse assunto, pois, há mais de 10 anos, a malha rodoviária federal brasileira não tem merecido do Governo Federal a atenção que essa importante modal de transportes requer.

Falo, particularmente, da BR-153, que sai do Rio Grande do Sul e atravessa os Estados de Goiás, Tocantins e Pará, dando a oportunidade, na logística de escoamento da produção, de alcançar o Porto do Itaqui, no Maranhão, ponto de partida para os mercados internacionais que abrigarão a soja produzida no interior brasileiro e em escala crescente no Tocantins, para nosso gáudio e alegria, eminente Presidente Eduardo Siqueira Campos.

Essa rodovia foi, por muito tempo, a única via de comunicação do Estado do Tocantins com as Regiões Centro-Oeste e Norte do nosso País. Fica na área leste da Região Norte, fronteiriça com o Estado do Maranhão, e abrange vários Estados e inúmeros Municípios, que vivem basicamente em função da mobilidade de bens e serviços que ocorre na BR-153.

O estado de conservação da rodovia é precário, mas o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pode ser totalmente responsabilizado por essa situação, porque essa é uma das heranças que recebeu. Contudo, decorrido um ano e três meses do mandato de Sua Excelência, e é imperativo que sejam adotadas urgentes providências com vistas à recuperação da malha rodoviária federal brasileira.

No tocante ao Estado do Tocantins, além dos inúmeros prejuízos que tem causado aos seus usuários, essa rodovia tem inviabilizado o tráfego de uma das mais importantes rodovias deste País.

Além disso, Sr. Presidente, no momento em que o País clama por geração de emprego, um investimento maciço na recuperação das rodovias brasileiras contribuiria para mitigar as dificuldades e o sofrimento de milhares de brasileiros que clamam por uma oportunidade de trabalho, para, com seu esforço próprio, sustentar a si e a seus familiares.

Essa rodovia foi construída há mais de 30 ou 40 anos para absorver um tráfego muito diferente do que existe hoje. Ali, trafegavam eventualmente caminhões toco com capacidade de transporte de seis toneladas. A tecnologia evoluiu e os caminhões começaram a se transformar em trucks e carretas. Hoje, há treminhões carregando 70 a 80 toneladas numa rodovia que não foi preparada para suportar nem esse peso nem esse tráfego.

Portanto, apelo ao novo Ministro dos Transportes - que já assume sua Pasta com o enorme desafio de recuperar a malha rodoviária brasileira - para que cuide, com a urgência que o caso requer, da recuperação da rodovia BR-153, para atender, imediatamente, aos reclamos das populações dos Estados de Tocantins, Maranhão, Pará, Goiás e, sobretudo, dos produtores, dos agropecuaristas daquela região.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

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