Discurso durante a 29ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Assinatura de contrato com a empresa Gerplan para a gestão das loterias de Goiás, durante a gestão de Maguito Vilela no governo daquele Estado, conforme matéria publicada pela revista IstoÉ, de 14 de julho de 1999. (como Líder)

Autor
Antero Paes de Barros (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MT)
Nome completo: Antero Paes de Barros Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
JOGO DE AZAR. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Assinatura de contrato com a empresa Gerplan para a gestão das loterias de Goiás, durante a gestão de Maguito Vilela no governo daquele Estado, conforme matéria publicada pela revista IstoÉ, de 14 de julho de 1999. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 02/04/2004 - Página 9013
Assunto
Outros > JOGO DE AZAR. GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • ESCLARECIMENTOS, DECLARAÇÃO, ORADOR, PERIODICO, ISTOE, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), CONFIRMAÇÃO, TRANSFERENCIA, CONTROLE, EMPRESARIO, JOGO DO BICHO, LOTERIA ESTADUAL, ESTADO DE GOIAS (GO), EPOCA, GESTÃO, MAGUITO VILELA, GOVERNO ESTADUAL.
  • RENOVAÇÃO, SOLICITAÇÃO, ASSINATURA, REQUERIMENTO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), INVESTIGAÇÃO, DENUNCIA, CORRUPÇÃO, EX SERVIDOR, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, DEMONSTRAÇÃO, AUSENCIA, APREENSÃO, MAGUITO VILELA, SENADOR, POSSIBILIDADE, CONFIRMAÇÃO, GOVERNO.

O SR. ANTERO PAES DE BARROS (PSDB - MT. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, na verdade, quero agradecer pela nova oportunidade que me é fornecida pelo Senador Maguito Vilela, para fazer uma pequena correção em relação a algo que havia dito anteriormente. Qual é a correção? A matéria publicada pela revista IstoÉ, em 14 de julho de 1999, traz algumas informações:

(...) Desde 1995, são os principais banqueiros do jogo do bicho em Goiânia quem controlam a loteria estadual. Para manter a aparência de perfeita legalidade, a transferência da operação da Loteria do Estado de Goiás (LEG) aos bicheiros foi feita sob a forma de um contrato de concessão pública com a Gerplan, uma empresa de fachada que teve dez sócios diferentes nos últimos três anos. Celebrada na gestão do ex-governador e senador Maguito Vilela (PMDB), padrinho de casamento de um dos grandes bicheiros goianos, Carlinhos Cachoeira, a concessão chegou a ser referendada pelo Tribunal de Contas do Estado.

Qual é a correção? Que o Senador Maguito Vilela não era afilhado, era padrinho.

Segundo, com relação ao fato de que “assinei no passado todas as CPIs e assinarei esta se o Ministério Público e a Polícia Federal não apurarem os fatos...” Ora, no passado, não havia a argumentação de que iam esperar pela ação do Ministério Público e da Polícia Federal.

A Advocacia-Geral da União, por escrito, encaminhou à Justiça a informação de que a Polícia Federal está paralisada e estão paralisadas as investigações sobre o caso Waldomiro Diniz. E o fez por escrito. Quem é que faz isso? O Governo. Se o Governo, por meio de sua Advocacia-Geral, diz que as investigações estão paralisadas, quero renovar o apelo ao Senador Maguito Vilela para que S. Exª assine a CPI, porque o Governo dá um atestado. E a Advocacia-Geral da União provavelmente não está nessa articulação para derrubar o Governo.

Há ainda uma outra questão. Enquanto o Ministério Público não apurar, o Procurador Marcelo Serra Azul é o promotor natural do caso. S. Sª está absolutamente sob suspeição, levantada pelo Governo e pelo Partido que defende o Governo, o PT. Então, se S. Sª é o promotor natural do caso aqui no Distrito Federal e está com a suspeição levantada, é mais do que óbvio que, com o Ministério Público sob suspeita, a Polícia Federal não podendo autuar e com atestado da Advocacia-Geral da União, eu tenha o direito de renovar o apelo para que o Senador Maguito Vilela honre sua biografia e assine esta CPI, para apurar, dentre outras coisas - aí, sim, faço esta pequena correção: não é S. Exª o afilhado, mas o padrinho - , o Sr. Carlinhos Cachoeira.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 02/04/2004 - Página 9013