A SRª LÚCIA VÂNIA (PSDB - GO. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho a esta tribuna destacar uma matéria publicada na Gazeta Mercantil, edição dessa terça-feira, 13 de abril, que ilustra bem a paralisia em que se encontra o Governo Lula. A reportagem revela que o governo brasileiro já acumula um saldo negativo com o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Isso porque o BIRD e o BID têm concedido bem menos financiamentos ao País do que têm recebido com amortizações, juros e comissões de empréstimos.

A perda líquida entre os financiamentos e os pagamentos passa de 3 bilhões de dólares, nos primeiros 14 meses do governo. É bom frisar que, nesse período, o desembolso de recursos pelo dois bancos internacionais, ainda, foram relativos a projetos contratados na gestão anterior.

Aliás, durante os oito anos do governo tucano, o saldo dos desembolsos com financiamentos de diversos projetos foi positivo para o Brasil em 6,9 bilhões de reais. O volume de recursos contratados foi tão elevado que permitiu não apenas a liquidação dos compromissos de amortizações e juros de empréstimos realizados no governo Itamar Franco, mas reforçou as reservas internacionais do Brasil.

Essa é uma situação preocupante porque, como lembra o professor Belmiro Valverde, da Universidade Federal do Paraná, a economia brasileira depende de recursos a custos mais baixos e prazos mais longos, como os oriundos desses organismos internacionais. São recursos que ampliam de modo significativo o potencial de crescimento econômico sustentável do Brasil, gerando empregos e reduzindo a pobreza.

Srªs e Srs. Senadores, a matéria da Gazeta Mercantil vem comprovar aquilo que temos mostrado na Tribuna desta Casa por várias vezes: a paralisia do atual governo, que agora se estende também à sua incapacidade para formular projetos que podem ser financiados por dois organismos internacionais como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Projetos capazes de resultar na geração de empregos, na redução da pobreza e no crescimento econômico de nosso país.

Muito obrigada.