Discurso durante a 48ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Contradita o discurso do Senador Heráclito fortes.

Autor
Ideli Salvatti (PT - Partido dos Trabalhadores/SC)
Nome completo: Ideli Salvatti
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EXPLICAÇÃO PESSOAL. :
  • Contradita o discurso do Senador Heráclito fortes.
Publicação
Publicação no DSF de 04/05/2004 - Página 11918
Assunto
Outros > EXPLICAÇÃO PESSOAL.
Indexação
  • CONTESTAÇÃO, DISCURSO, HERACLITO FORTES, SENADOR, CRITICA, ORADOR.
  • ESCLARECIMENTOS, CONDUTA, ORADOR, LEITURA, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, THE NEW YORK TIMES, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), VALOR ECONOMICO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DIVULGAÇÃO, DECISÃO, ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMERCIO (OMC), CONDENAÇÃO, GOVERNO ESTRANGEIRO, REDUÇÃO, SUBSIDIOS, ALGODÃO, BENEFICIO, EXPORTAÇÃO, BRASIL.

A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC. Para uma explicação pessoal. Sem revisão da oradora.) - Senador Ney Suassuna, quero dizer que não é a primeira, a segunda e nem a terceira vez que vemos no plenário determinado tipo de situação como a que terminamos de vivenciar.

Neste final de semana, eu, que não sou adepta de futebol, obriguei-me a acompanhar pela primeira vez um time de Santa Catarina, o Figueirense - apesar de eu não ser figueirense -, da minha querida Florianópolis, que estava liderando o campeonato nacional.

Quando se assiste a futebol, percebe-se o que é marcação homem a homem, o que é zagueirão e outras coisas. Talvez em outros esportes, não seja tão explícito o que significa fazer marcação cerrada, inclusive com falta de gentilezas, porque, num jogo de futebol, isso é muito pesado e sintomático.

Mas aqui não é campo de futebol e, volto a dizer, não é a primeira nem a segunda nem a terceira vez que vemos situações em que o que dizemos é desvirtuado. Muitas vezes dizemos algo e depois afirmam que dissemos exatamente o contrário. Muitas vezes, coisas que não dissemos são reiteradas e aquilo que não aconteceu acaba considerado como se tivesse acontecido, porque repetido aqui à exaustão.

E, para que não paire dúvida alguma, até porque isso foi citado, não dei declaração alguma. Fiz leitura de jornais. E volto a ler o que estava no The New York Times:

(...)põe Bush num nó apertado num ano eleitoral, em que os republicanos contavam com o apoio dos fazendeiros. Eles são dependentes de US$19 bi que recebem ao ano. Os subsídios ao algodão, por exemplo, fizeram dos EUA o maior exportador do mundo.

Li o que estava no Valor Econômico, exatamente como estava escrito no jornal:

Assim, no dia 2 de junho, o Governo Bush estará sob pressão de retaliação, e, no dia 18, volta às manchetes, com a condenação no caso do algodão. Tudo isso há alguns meses da eleição presidencial e para o Congresso.

A partir das leituras dos jornais, Senador Ney Suassuna, não se podem ter conclusões a respeito da minha opinião, do que disse ou do que deixei de dizer, porque reportei ao jornal. Dei à Taquigrafia a cópia dos jornais. Está sublinhado tudo que li. Então, como não é a primeira vez, tudo bem, está escalado, designado, já percebemos isso aqui inúmeras vezes, até em situações deselegantes, mas como estamos de bom humor, de bem com a vida, confiantes neste País, no povo brasileiro, com a expectativa de que as coisas, com toda a dificuldade que temos para desenvolvê-las, vão caminhando. Tive oportunidade de me referir a vários aspectos. Estou tranqüila. Assisti ao futebol neste final de semana, Senador Ney Suassuna, e, apesar da dificuldade do colete ortopédico, estou preparada para qualquer parada e para qualquer jogo. Agradeço.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/05/2004 - Página 11918