Discurso durante a 50ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Participação da décima oitava Bienal do Livro de São Paulo.

Autor
Romeu Tuma (PFL - Partido da Frente Liberal/SP)
Nome completo: Romeu Tuma
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA CULTURAL.:
  • Participação da décima oitava Bienal do Livro de São Paulo.
Publicação
Publicação no DSF de 06/05/2004 - Página 12361
Assunto
Outros > POLITICA CULTURAL.
Indexação
  • REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, SENADO, FEIRA BIENAL DO LIVRO, CAPITAL DE ESTADO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP).
  • ELOGIO, SENADO, LANÇAMENTO, EDIÇÃO, COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO, MUNICIPIO, SÃO PAULO (SP), ESTADO DE SÃO PAULO (SP), REGISTRO, IMPORTANCIA, PUBLICAÇÃO, DETALHAMENTO, COLABORAÇÃO, DIVULGAÇÃO, TRABALHO, LEGISLATIVO, HISTORIA, BRASIL, INICIATIVA, IMPRESSÃO, CODIGO BRAILLE.

           O SR. ROMEU TUMA (PFL - SP. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, foi com muita satisfação que tive a oportunidade de participar da 18ª Bienal do Livro de São Paulo. A minha satisfação foi ainda maior porque o Senado Federal lançou a “Edição Comemorativa em Homenagem aos 450 anos de São Paulo”, composta por três obras muito valiosas sobre a História Paulista, e que há muito estavam longe das livrarias.

           Os livros “Na Capitania de São Vicente”, de Washington Luís; “História da Cidade de São Paulo”, de Afonso Taunay; e “História da Capitania de São Vicente”, de Pedro Taques, são obras que muito colaboraram para a compreensão da origem, do desenvolvimento e do progresso de São Paulo e de como o povo paulista, ao longo dos séculos, colaborou, com patriotismo e determinação, para a construção do Brasil.

           A primeira delas, de Washington Luís, foi escrita a partir de extensa pesquisa, no Arquivo Público de São Paulo e no Arquivo da Câmara de Vereadores de São Paulo, em 1902 e 1903. Há pelo menos 50 anos, a obra era encontrada apenas em sebos.

           A segunda obra, de Taunay, reproduz edição feita para o quarto centenário da cidade de São Paulo, ocorrido em 1954. Taunay, homem de cultura invejável, realizou detalhada pesquisa sobre a história paulistana. Como ele próprio afirmou, sua obra visava a detalhar os principais fatos da história da cidade de São Paulo.

           A terceira obra, da lavra de Pedro Taques, talvez seja a jóia mais preciosa. Taques trata dos primeiros anos da então Capitania de São Vicente. Escrito no Século 18, o livro de Taques é uma das melhores crônicas sobre a vida dos primeiros bandeirantes.

           Como o Senador Aloizio Mercadante teve a oportunidade de observar, a republicação das três obras “permite aos historiadores, pesquisadores e a todos os interessados conhecer nossa trajetória como sociedade”.

           Como representante do Estado de São Paulo nesta Casa, foi, pois, com emoção que vi o carinho e o respeito que o Senado Federal, por meio de suas publicações, dedica aos paulistas. Em nome do povo de meu Estado, digo muito obrigado!

           Sr. Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, as coleções de livro do Senado Federal têm sido uma iniciativa das mais meritórias. Nos últimos anos, muitos livros, relevantes para a compreensão da história e da sociedade brasileira, foram trazidos de volta para as prateleiras das livrarias graças à ação do Senado Federal. Como é sabido, muitas obras têm baixo retorno financeiro, e, portanto, as editoras não têm interesse em publicá-los. Se não fosse pela iniciativa desta Casa, esses livros, tão importantes para nós brasileiros, continuariam distantes do grande público.

           A participação do Senado Federal na Bienal do Livro de São Paulo foi, portanto, ocasião das mais significativas. Foi momento em que pudemos divulgar o precioso e árduo trabalho que vem sendo realizado pelo Conselho Editorial do Senado Federal e pela Subsecretaria de Edições Técnicas e que nem sempre recebe as devidas considerações. Coleções diversas têm sido publicadas. Entre elas se destacam a Biblioteca Básica Brasileira, Brasil 500 anos, Memória Brasileira, O Brasil Visto por Estrangeiros, História Constitucional Brasileira e História do Direito Brasileiro; além, é claro, de publicações fundamentais para o Direito Brasileiro, como é o caso da Revista de Informação Legislativa, mais conhecida pela sigla RIL.

           Também é importante lembrar o lançamento de obras que ajudam a divulgar a ação do Parlamento Brasileiro, caso, por exemplo, do livro “Dados Biográficos das Senadoras Brasileiras”, editado neste ano em que celebramos o Ano Nacional da Mulher. No livro estão presentes informações sobre as 29 mulheres que ocuparam ou ocupam uma cadeira no Senado Federal. Ademais, a obra é significativa na medida em que divulga a atuação de mulheres que têm colaborado, de forma decisiva, para a melhoria da sociedade brasileira.

           Além dessas obras, a Secretaria Especial de Editoração e Publicações tem outra iniciativa bastante valorosa. Trata-se da edição de livros impressos em braile. Na Bienal, pude participar da entrega de coleções dessas obras para entidades paulistanas de assistência aos deficientes visuais. Foi com muita emoção que pude verificar a satisfação que tiveram a ADEVA - Associação de Deficientes Visuais e Amigos; a Fundação Dorina Nowill; o Instituto de Cegos Padre Chico; e a Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual (Laramara), ao receberem suas coleções. É o Senado Federal fazendo a sua parte para que muitos brasileiros sejam cidadãos plenos.

           Bem, publicações como essas, destinadas ao público deficiente visual, só foram possíveis em razão do processo de modernização técnica por que passou a Secretaria Especial de Editoração e Publicações, com a aquisição de máquinas digitalizadoras de documentos, impressoras de off set e especiais para edições em braile. Isso é prova de que a Casa tem investido para que possa cumprir, de modo eficiente e correto, as obrigações que lhe são determinadas pela Constituição e dar a devida publicidade do que tem feito.

           Sr. Presidente, Srªs. Senadoras e Srs. Senadores, o grande escritor Monteiro Lobato disse, certa vez, que um país se faz com homens e livros. Nada mais verdadeiro! O Senado Federal, com um catálogo editorial bastante representativo do que é a nossa cultura e a nossa gente, tem agido, em especial, de modo a garantir que parcelas significativas de nossa população tenham acesso a obras que jogam luz sobre a natureza de nosso País e nos ajudam a descobrir quem somos, de onde viemos e para onde vamos.

           Nesta oportunidade, Sr. Presidente, desejo cumprimentar aos funcionários do Senado Federal pela significativa contribuição para o sucesso desta Casa naquele evento, notadamente aos da Secretaria Especial de Editoração e Publicações (Gráfica), na pessoa do seu Diretor-Executivo, Dr. Júlio Pedrosa.

           Era o que tinha a dizer.

           Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 06/05/2004 - Página 12361