Discurso durante a 52ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Proposta de requerimento de voto de censura em repúdio à reportagem do jornal The New York Times. (como Líder)

Autor
Ideli Salvatti (PT - Partido dos Trabalhadores/SC)
Nome completo: Ideli Salvatti
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO.:
  • Proposta de requerimento de voto de censura em repúdio à reportagem do jornal The New York Times. (como Líder)
Aparteantes
Arthur Virgílio, Cristovam Buarque, Roberto Saturnino, Tião Viana.
Publicação
Publicação no DSF de 11/05/2004 - Página 13344
Assunto
Outros > PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO.
Indexação
  • PROPOSTA, REQUERIMENTO, SENADO, VOTO, CENSURA, REPUDIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, THE NEW YORK TIMES, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), OFENSA, CONDUTA, PRESIDENTE DA REPUBLICA.

A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC. Como Líder. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, em primeiro lugar, peço ao Senador Arthur Virgílio que pondere sobre o seguinte fato: tiro acima da cintura é fatal. Abaixo da cintura pode aleijar, mas acima da cintura tem grande risco de matar. Então, façamos algumas ponderações na nossa briga.

Nesse debate, foi de fundamental importância não só o pronunciamento do Senador Arthur Virgílio, mas a palavra de vários Parlamentares, até mesmo de outros Partidos de Oposição desta Casa, como o Senador Edison Lobão, do PFL. Já conversei com o Senador Arthur Virgílio sobre a proposta que ora farei e sei que tenho o seu apoio, assim como penso que não teremos nenhuma dificuldade para obter a unanimidade. No episódio da reportagem do jornal The New York Times, não bastam tão-somente as manifestações da tribuna desta Casa; não bastam tão-somente as manifestações individuais; não bastam tão-somente as manifestações partidárias. Faz-se necessário um pronunciamento do Poder Legislativo brasileiro. Se não pudermos, rapidamente, obter um pronunciamento do Congresso Nacional, que possamos pelo menos construir um pronunciamento oficial público e unânime do Senado da República e da Câmara dos Deputados.

O jornalista do The New York Times não fez mera afronta a uma pessoa; não foi uma afronta à figura pessoal, mesmo que pública, do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva. Não. Foi uma afronta ao comandante, ao dignitário, à pessoa que preside este País, que está com a responsabilidade de exercer, ao longo dos quatro anos que a população brasileira lhe outorgou, o cargo de Presidente da República. Portanto, não é a pessoa do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva que foi afrontada nessa reportagem que não tem nenhum lastro, nenhum vínculo com a verdade, com o comportamento de Sua Excelência. Essa reportagem ofende o nosso País e a quem está no comando deste País e que, neste momento, tem uma tarefa internacional das mais relevantes. Refere-se a quem está comandando as nossas negociações num momento extremamente difícil, de embates violentos, de interesses econômicos absolutamente contraditórios, de grandes blocos econômicos. Estamos buscando construir espaços junto à União Européia, aos Estados Unidos e a países importantes que vêm desempenhando cada vez mais funções na comunidade econômica internacional, como é o caso da China, da Índia, da Rússia, da África do Sul. Há ainda embates na Organização Mundial do Comércio, em que, recentemente, tivemos uma vitória significativa. Não podemos permitir que o representante do nosso País, nesses embates internacionais, seja achincalhado, aviltado, diminuído na sua importância, porque é o Brasil que acaba tendo esse tipo de aviltamento e de diminuição.

Apresentamos, assim, a proposta do requerimento que vou submeter a todos os Líderes. Já tive oportunidade de conversar por telefone com o Presidente José Sarney, que entende que, com o apoiamento de todos os Líderes, poderemos aprovar, sim, esse requerimento de voto de censura à reportagem publicada no The New York Times.

Escuto, com muito prazer, o Senador Arthur Virgílio, com quem tive oportunidade, antes de adentrar o plenário, de fazer uma prévia do que iríamos fazer aqui. Em seguida, concederei um aparte ao Senador Tião Viana.

O Sr. Arthur Virgílio (PSDB - AM) - Senadora Ideli Salvatti, reafirmo, em nome do PSDB, que, de nossa parte, há plena concordância quanto a redigir-se o documento. Sugiro não a sua formatação definitiva, mas que partamos de um parâmetro bastante racional, elaborando um documento acima de partidos.

A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC) - Uma prévia, uma preliminar.

O Sr. Arthur Virgílio (PSDB - AM) - Um documento que, na sua forma final, seja acima de partidos e não laudatório. Um documento seco, objetivo, brasileiro, ou seja, uma peça que a todos nos una em razão do símbolo atingido. Essa atitude não acarretaria qualquer dificuldade para que as assinaturas tucanas se apusessem à nota. Entendo que isso deva ser feito com toda a urgência. Estamos às ordens para colaborar com o que for necessário. Esse é um momento muito bom para nos afirmarmos; ou seja, a Oposição não precisa de qualquer muleta de fora para fazer seu trabalho, para verberar os erros e os equívocos do Governo. A Oposição precisa apenas da sua própria legitimidade, que se afirma, cada vez mais, ao mostrar que, nas horas brasileiras, está com o Brasil. Portanto, Senadora Ideli Salvatti, conte com a minha solidariedade e transmita-a ao Presidente Lula. Diga a Sua Excelência que temos todas as razões para continuar um enorme embate dentro do País. Temos todas as razões para entender que certas conquistas brasileiras - a democracia, a autoridade da Presidência da República e a necessidade de determinarmos, de maneira competente, as nossas negociações e os nossos passos no exterior - são importantíssimas. Temos todas as razões para, neste momento, estarmos unidos, entendendo que não foi feliz o articulista. E o que de melhor poderia ocorrer seria o Sr. Larry Rother fazer uma retratação. Isso engrandeceria o jornal e faria com que ele próprio crescesse aos olhos dos brasileiros como um homem capaz de reconhecer os próprios equívocos. Uma coisa é a oposição que fazemos; outra é a grosseria. A Oposição jamais pisará no terreno da grosseria. Ela será dura. Os governos podem até considerar que, quando se é duro, se está sendo grosseiro. Eu digo que não. Em nenhum momento me passou pela cabeça ter sido grosseiro com o Presidente Lula aqui, e dedico estima pessoal a Sua Excelência. Quero ser, o tempo inteiro, duro, fiscalizador, capaz da denúncia e da cobrança. No entanto, o que eu li foi grosseria e algo que não consulta a realidade e que visa a atingir pessoalmente um homem que, governando o Brasil como está, tem de ser preservado, não só pelo protesto de V. Exª, mas também pelo protesto daqueles que, como eu, se perfilam no bloco contrário ao espaço que o Governo toma internamente. Na época em que o Brasil precisou apresentar sua posição a respeito da Guerra do Iraque, fomos, unanimemente, a favor da paz. Poder-se-ia dizer que aquela foi a hora mais consagradora do Embaixador Celso Amorim, que aqui veio e encontrou brasileiros preocupados com a situação mundial, analisando o quadro e prevendo que enormes dificuldades surgiriam para os próprios Estados Unidos, que poderiam vencer a guerra, no âmbito formal, com facilidade. Entretanto, informalmente, na guerrilha e na duração de sua resistência, todos prevíamos que seria um momento muito duro para eles. E acabou por virar um Vietnã no deserto, um Vietnã de areia. Portanto, leve para o Presidente Lula esta certeza: a de que poderá contar com a Oposição tanto na hora da grandeza e do gesto de unidade com relação ao exterior, como poderá contar com nossa ajuda quando apontarmos equívocos e erros, a fiscalizar e exercer, enfim, o seu dever. Os governos só se aperfeiçoam, melhoram e obtêm êxito quando as oposições são ativas, persistentes, pertinazes e patrióticas. Portanto, estamos às ordens de V. Exª para fazermos em conjunto um documento que haverá de representar o consenso deste Senado. Muito obrigado.

A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC) - Agradeço ao Senador Arthur Virgílio o aparte e passo a palavra ao Senado Tião Viana. Em seguida, concederei a palavra ao Senador Cristovam Buarque.

O Sr. Tião Viana (Bloco/PT - AC) - Senadora Ideli Salvatti, não só como Líder e dirigente do Partido dos Trabalhadores, mas como cidadã e mulher brasileira, V. Exª traz um testemunho de mais de trinta anos de convivência e profunda amizade com o Presidente da República. Sua história de militância se confunde com a do Presidente Lula. No final dos anos 80, juntamente com o Governador Jorge Viana, V. Exª foi indicada por Sua Excelência para sair do Brasil e fazer curso de planejamento estratégico, pensando no amanhã deste País. V. Exª conhece como ninguém a biografia do Presidente Lula, sua visão das relações humanas, de respeito pelas instituições e de amor pelo nosso País. Então, é um testemunho lúcido e necessário e que, sem dúvida alguma, repõe a verdade neste momento. Fico pensando, Senador Arthur Virgílio, na última eleição americana, quando setores isolados da imprensa quiseram noticiar uma ocorrência policial de um episódio envolvendo o Presidente George W. Bush anos antes por uma suposta embriaguez. Os democratas não ousaram e não aceitaram utilizar aquele episódio, durante a campanha, contra o Presidente George W. Bush. Temos de pensar um País assim - as relações políticas dessa maneira, com essa envergadura, com essa grandeza. O nosso País não é merecedor desse tipo de ataque de um jornal tão respeitado no mundo como é o The New York Times. Acredito que estaríamos coroados nesse episódio de defesa da honra da Presidência da República, mais até do que da pessoa do Presidente Lula, que se coloca sempre menor diante do tamanho daquela, que é perene, é um símbolo da democracia brasileira, se tivéssemos a assinatura dos 81 Senadores nesse requerimento que V. Exª apresenta. E mais, se pudesse, na minha modesta condição de testemunho da atividade da imprensa brasileira, pedir que o jornalismo brasileiro também se manifestasse formalmente contra a linha editorial do jornal The New York Times, neste momento, seria de grande relevância, porque a imprensa brasileira tem procurado conduzir, cada dia, com autocrítica, com vontade e determinação, um jornalismo mais elevado e mais respeitoso do ponto de vista da ação de fazer juízo de valor contra qualquer pessoa. Seria o momento oportuno de unirmos o País na defesa da honra da função pública, que é tão merecedora de respeito e tem sido tão sacrificada por juízos de valor muito individualizados, em alguns momentos, infelizmente. Parabéns pelo pronunciamento!

A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC) - Agradeço ao Senador Tião Viana e, com a complacência do Sr. Presidente, concedo um aparte ao Senador Cristovam Buarque.

O Sr. Cristovam Buarque (Bloco/PT - DF) - Senadora Ideli Salvatti, é com muito prazer que ratifico as suas palavras, lembrando que esse diálogo que acabo de escutar entre o Senador Arthur Virgílio e V. Exª é uma das boas coisas que ouvi nestes meses em que estou aqui no Senado. E isto não aconteceria se não fossem duas coisas: a consolidação, obviamente, da democracia brasileira e, ao mesmo tempo, ter, na Presidência da República, uma figura com a respeitabilidade do Presidente Lula. Não fosse ele, esse diálogo, essa integração, essa unidade não seriam possíveis! Mas gostaria de reafirmar a minha preocupação de que nós, brasileiros, estejamos dando a um jornal, mesmo que seja o mais importante do mundo, a um jornalista, mesmo que seja correspondente desse jornal tão importante, uma grande dimensão, porque, se colocarmos o Presidente Lula disputando com ele, estaremos diminuindo nosso Presidente. É preciso protestar, é preciso lutar e desfazer isso, mas sem rebaixar a figura do Presidente como alguém que está polemizando com um jornalista, mesmo do mais importante jornal do mais poderoso país do mundo. Estamos, uma tarde inteira, discutindo um artigo de um jornal, um País de 175 milhões de habitantes. E deveríamos estar um pouco preparados para coisas desse tipo. No momento em que o Presidente Lula se transformou em um líder nacional, na medida em que o Lula mantém relação com o Presidente Fidel Castro - que queremos que mantenha -, com o Presidente Cháves - como queremos que mantenha -, indo à Líbia com essa independência com que ele foi, antes de o Presidente Bush ir, falando em nome dos excluídos do mundo, certamente campanhas como essa viriam. Como ocorreram contra João Goulart, no momento em que ele tinha uma política diferente daquele alinhamento permanente ao qual estão acostumados os americanos desde a Doutrina Monroe. Temos que consolidar a figura do Presidente Lula cada vez mais. Para isso, temos que cuidar da sua imagem aqui dentro, especialmente aqui dentro, e no exterior, mas sem diminuí-la, pensando defendê-la. Ele não pode ser colocado no enfrentamento com uma pessoa que não representa nada, a não ser aquilo que escreve, e, como vimos, de forma irresponsável. A proposta de V. Exª penso ser correta, mas vamos tomar cuidado para não colocar o Parlamento na altura de um jornal, porque somos muito mais do que esses jornais e suas matérias.

A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC) - Agradeço, Senador Cristovam Buarque. Antes de continuar... Desculpe, há o Senador Roberto Saturnino. Não consigo enxergar daqui seu microfone levantado.

O Sr. Roberto Saturnino (Bloco/PT - RJ) - Eu estava lá, era impossível de ver. A minha localização fica fora do ângulo. Senadora Ideli Salvatti, também quero somar a minha voz ao que se tem dito aqui e lembrar que não é a primeira notícia negativa que o jornal The New York Times dá a respeito do Brasil e do Governo Lula. Lembro que, aproximadamente há um mês, troquei alguns apartes com o Senador Arthur Virgílio, que também fez alguns comentários. O jornal The New York Times é um jornal muito bem feito, muito competente, porém interessado, claramente interessado, defende o interesse do grande capital americano e incorpora as razões de Estado da nação americana. É absolutamente claro. Apenas o mundo o respeita porque respeita o império e respeita o profissionalismo, o nível elevado de profissionalismo de um jornal que é extremamente rigoroso nas suas publicações. Então, essa é a razão pela qual - e disse ao Senador Arthur Virgílio e repito a V. Exª - não acredito em um escorregão, em uma barriga, em uma leviandade. No meu julgamento - e é possível que esteja errado, porque todos erramos o juízo -, isso tem um propósito, qual seja, atingir, ao longo do tempo, pela insistência e pela regularidade das apresentações, a imagem de um Presidente que vem sendo referido como uma das figuras mais importantes do mundo de hoje, e que está tendo êxito no desenvolvimento da sua política externa. Essa é a minha opinião, razão pela qual penso que a nossa reação tem que ser uma reação vigorosa, e quero cumprimentar V. Exª pela iniciativa de propor que o Senado tenha uma manifestação de repúdio, porque foi realmente de um infantilismo gigantesco o The New York Times publicar uma notícia dessas. Lembro-me de ter visto, há poucos dias, as comemorações dos Chefes de Estado, em Dublin, capital da Irlanda, quando do ingresso dos novos países na Comunidade Européia, a alegria dos Chefes de Estado, cada um com sua caneca de vinho ou de chope ou sei lá o quê, mas brindando e bebendo. Ninguém, nem o The New York Times, nem nenhum jornal do mundo fez qualquer alusão a uma atitude menos séria, ou menos digna, ou menos honrada, daquele conjunto de Chefes de Estado. Então, como é que sai essa história, de repente? Essas histórias sempre têm uma explicação, um propósito, é um veio subterrâneo que acaba aparecendo lá adiante. Assim, é importante que nós, brasileiros, tenhamos consciência disso para podermos tomar as atitudes necessárias desde o início. Cumprimento V. Exª pela proposta de obter do Senado uma manifestação política.

A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC) - Agradeço-lhe, Senador Roberto Saturnino.

Quero concluir dizendo, de forma muito clara, que o pronunciamento deste Plenário no dia de amanhã, em que teremos sessão deliberativa, será, de comum acordo com as Lideranças, para a construção de um texto que expresse nosso sentimento de repulsa pela afronta cometida contra o nosso País.

Volto a dizer, Senador Cristovam Buarque, que tal fato não ocorreu em qualquer momento. A matéria veio no momento em que há embates importantes e fundamentais por espaço econômico e político no cenário internacional. O que está em jogo leva-nos ao pressuposto - como bem disse o Senador Roberto Saturnino - de que não foi à toa, de graça, não foi algo aleatório, como por exemplo, talvez o jornalista tenha bebido demais e feito uma reportagem sem qualquer tipo de embasamento, sem qualquer lastro na verdade e na realidade em que vive o nosso País e o Presidente da República. A reportagem não foi, como costumamos brincar, “de grátis”, mas lançada em um momento muito especial, de disputa, de confronto de interesses.

Portanto, enquanto representante do Brasil, do povo brasileiro, o Plenário do Senado não pode deixar essa questão passar em brancas nuvens, como se fosse apenas uma tarde de debates ou de pronunciamentos individuais.

Por isso, entendemos que podemos construir um consenso, um pronunciamento do Senado da República, com o aval de todos os Líderes, de todos os Senadores, de quem quiser subscrevê-lo, porque o nosso País foi afrontado, o que significa diminuir o poder de negociação e de representação do nosso Líder máximo neste momento, o Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, nas negociações, nos enfrentamentos internacionais.

Portanto, não poderíamos titubear, não poderíamos ter qualquer outra postura que não essa, que, tenho certeza absoluta, construiremos com a unanimidade de todos os partidos.

Deixo registrado, como já disse o Senador Tião Viana, que privei algumas vezes da convivência familiar com o Presidente Lula, que, inclusive, nos brindou ao passar férias conosco na linda e maravilhosa ilha de Santa Catarina, onde tive oportunidade de estar com Sua Excelência em momentos descontraídos de lazer. Nem nesses momentos, Senador Roberto Saturnino, tenho qualquer registro a fazer de uma situação que pudesse embasar ou municiar uma reportagem tão torpe, tão desvirtuada, tão inverídica. Não poderíamos, em hipótese alguma - e estou dando um testemunho pessoal -, tecer qualquer dúvida a respeito do que essa reportagem efetivamente quis fazer com o Brasil, não apenas com a figura do Presidente Lula.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

Desculpem-me todos os Parlamentares e, de forma muito especial, o Senador Leonel Pavan, próximo orador inscrito.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/05/2004 - Página 13344