Discurso durante a 108ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Satisfação com a condução da política econômica brasileira implementada pelo governo do PT. (como Líder)

Autor
Ideli Salvatti (PT - Partido dos Trabalhadores/SC)
Nome completo: Ideli Salvatti
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA SOCIO ECONOMICA.:
  • Satisfação com a condução da política econômica brasileira implementada pelo governo do PT. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 12/08/2004 - Página 25712
Assunto
Outros > POLITICA SOCIO ECONOMICA.
Indexação
  • COMENTARIO, PESQUISA, OPINIÃO PUBLICA, APROVAÇÃO, ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ANALISE, MELHORIA, INDICE, ORDEM ECONOMICA E SOCIAL, RETOMADA, CRESCIMENTO ECONOMICO, AUMENTO, EXPORTAÇÃO, MERCADO INTERNO, AMPLIAÇÃO, REPASSE, PROGRAMA, TRANSFERENCIA, RENDA, REDUÇÃO, CARGA, TRIBUTAÇÃO.
  • LEITURA, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, CORREIO BRAZILIENSE, DISTRITO FEDERAL (DF), DADOS, CRESCIMENTO, INDUSTRIA, COMERCIO, MELHORIA, PRODUÇÃO, VENDA, EMPREGO, RENDA, MERCADO INTERNO.

A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC. Como Líder. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não poderíamos, nesta quarta-feira, deixar de registrar o resultado da pesquisa CNT/Sensus, que revela um crescimento significativo de aprovação ao Governo Lula e ao desempenho pessoal do Presidente.

O crescimento de 8,8 pontos percentuais na aprovação do Governo, dos atos do Governo identificados pela pesquisa, está diretamente ligado aos indicadores econômicos e sociais que, ao logo dos últimos meses, estão se tornando públicos, do conhecimento da população. A população brasileira também tem vivenciado os resultados dessas ações no cotidiano.

Medidas econômicas muito duras, adotadas no ano passado, foram necessárias para possibilitar a retomada do crescimento, que vem se dando desde o final do ano passado e que a cada mês se consolida. Vêm sendo batidos sucessivos recordes nas exportações e os indicadores de crescimento de todos os setores produtivos, há alguns meses, vêm revelando que o crescimento não está vinculado somente às exportações, mas também ao crescimento do mercado interno.

Além das medidas econômicas, medidas sociais foram adotadas pelo Governo Lula, como a ampliação dos repasses, principalmente nos programas de transferência de renda, que agilizam, fortalecem e dinamizam a economia local, propiciando a distribuição da riqueza da forma mais capilar que temos condição de fazer no nosso País.

Também medidas como a redução da carga tributária e diversas ações, como as da última semana, já mostram os seus resultados.

Portanto, o crescimento da aprovação à gestão Lula demonstra a consagração, a confirmação de resultados importantes que as manchetes dos jornais apontam todos os dias, tais como: o saldo da balança já encosta nos US$20 bilhões, no ano; os investimentos das empresas cresceram 30% de janeiro a julho; foram criados mais de 1,2 milhão de empregos com carteira assinada entre janeiro e julho deste ano; um milhão de brasileiros limparam seus nomes na praça. A recuperação do emprego está fazendo que muitos brasileiros quitem suas dívidas, o que abre uma perspectiva de ampliação do consumo e de consolidação do crescimento da economia.

Eu não poderia deixar de mencionar ainda, rapidamente, uma reportagem publicada no Correio Braziliense de ontem, que trata de um estudo elaborado pela Consultoria LCA, que traz dado extremamente relevante:

O comércio e a indústria não escondem a euforia. Depois da forte estagnação que dominou a economia no ano passado e das turbulências no final do primeiro trimestre, quando uma onda de pessimismo parecia tragar o País, vendas e produção estão caminhando a passos largos para bater recordes históricos. Tanta animação ganhou reforço com a divulgação de um estudo elaborado pela Consultoria LCA, mostrando que uma bolada extra de pelo menos R$50 bilhões - quase 3% do Produto Interno Bruto estimado para este ano, de R$1,7 trilhão - será adicionada ao mercado consumidor até o final do ano.

Na ponta do lápis, o economista Francisco Pessoa Faria chegou à boa nova: dos R$50 bilhões, aproximadamente R$38,2 bilhões virão da recomposição do poder de compra dos trabalhadores. Com a inflação próxima de 7%, os salários começam a recuperar o fôlego. Além disso, muitas empresas estão ampliando os turnos de trabalho, pagando adicionais a seus empregados e aquelas que já esgotaram esse mecanismo vêm aumentando o quadro de pessoal para atender a demanda. “São os reflexos da reativação da economia”, afirma o economista.

A conta de Faria é engordada pela devolução do Imposto de Renda e do abatimento de R$100,00 que o governo dará no tributo a partir de setembro. Estima-se que, nesse caso, cerca de R$7 bilhões vão retornar às contas bancárias dos trabalhadores. Há, ainda, os quase R$2 bilhões que o Governo devolveu, no mês passado, por meio do acordo para a correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Mas não é só. A Caixa Econômica e o Banco do Brasil estão pagando o abono e os rendimentos do PIS e do Pasep, cerca de R$2,5 bilhões. A partir deste mês, 38 importantes categorias profissionais - petroleiros, gráficos, bancários, químicos e metalúrgicos, entre outros - darão início às negociações salariais, o que certamente reforçará a massa de rendimento dos trabalhadores. “É preciso não esquecer, nesse cálculo, o reajuste dado aos aposentados e pensionistas do INSS”, diz o economista da LCA.

E, nesse ponto, eu ainda acrescentaria todos os reajustes concedidos aos servidores públicos federais. Este ano, todas as categorias tiveram reajustes acima da inflação.

O quadro é tão promissor, afirma Faria, que, pela primeira vez, desde 2000, o total de rendimentos recebidos pela população terá um crescimento real de 5,1%, alcançando R$443,9 bilhões, pouco mais de 26% do PIB. Em 2000, quando a economia cresceu acima de 4%, a massa de rendimento teve expansão de 6,4%. Entre 2001 e 2003, houve ganho real de 6,7%. “Portanto, os trabalhadores não vão recuperar todas as perdas, mas já será um grande avanço”, assinala o economista. A seu ver, como o índice de desemprego continua alto, não dá para dimensionar qual o ritmo de recuperação dos salários do ano que vem. “Tudo dependerá do andamento da economia”, acrescenta.

Para o economista chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas Gomes, com a bolada extra de R$50 bilhões entrando na economia neste segundo semestre, é possível cravar que o crescimento real das vendas do comércio neste ano será superior a 7%.

(...)

Na avaliação do chefe do Departamento Econômico da Confederação Nacional da Indústria (CNC), Flávio Castelo Branco, os R$50 bilhões a mais que vão entrar na economia indicam que a reativação do mercado interno tenderá a se reforçar, não deixando apenas por conta das exportações a garantia do bom momento vivido pelo País.

Sr. Presidente, agradeço a V. Exª. Eu não poderia deixar de fazer este registro, porque o contentamento da população expresso no resultado da pesquisa de avaliação do Governo Lula se dá exatamente por todas essas medidas que, a cada dia, vêm sendo anunciadas e implementadas pelo seu Governo, com profundo reflexo e mudança no cotidiano das pessoas.

Muito obrigada.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/08/2004 - Página 25712