O SR. PAPALÉO PAES (PMDB - AP. Pela Liderança do PMDB. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, quero fazer o registro aqui de uma solenidade que vai acontecer amanhã no Estado do Amapá, extremamente importante para nós, principalmente considerando que o adiamento deste momento está acontecendo de ano a ano, que é justamente a questão do asfaltamento da BR-156.

Antes, quero fazer uma referência - os Senadores Osmar Dias e Gerson Camata também já fizeram - sobre as estradas brasileiras. Realmente, elas estão uma calamidade generalizada, a não ser as estradas privatizadas ou as pertencentes a Estados que têm recursos para mantê-las. Podemos encontrar qualidade nessas estradas, mas as demais realmente estão uma calamidade.

Sr. Presidente, para V. Exª ter uma idéia, em 1980, fiz uma viagem de São Luís a Belém, em um fusca, durante 7 horas e 40 minutos. A estrada estava ótima, bem conservada. Tive oportunidade de conhecer a Belém-Brasília na década de 80. Nós não tínhamos um reparo sequer. Hoje, essas estradas estão quase intransitáveis. Eu digo que fiz a viagem em 7 horas e 40 minutos para registrar o seguinte. Um noticiário do Estado do Pará informou que um determinado clube de futebol foi jogar em São Luís do Maranhão e levou 19 horas de viagem. Quase perdeu a hora do jogo por causa da estrada, que está praticamente intrafegável.

Então, por isto, eu levo para o nosso Estado do Amapá a importância deste Evento a partir de amanhã, que é exatamente a pavimentação da BR-156. São 620 quilômetros que ligam a capital Macapá ao Município do Oiapoque. A terraplenagem e o asfaltamento começarão do Oiapoque em direção a Macapá, porque já temos um trecho de Macapá até Tartarugalzinho que alcança cerca de 300 quilômetros. A satisfação é muito grande porque a estrada liga Macapá aos Municípios de Porto Grande - há um desvio a Ferreira Gomes -, Tartarugalzinho, Calçoene, Oiapoque, além de ser estrada principal para os ramais que vão a dois outros municípios.

Quero também reconhecer o empenho dos ex-Governadores Aníbal Barcellos, Jorge Nova da Costa e Capiberibe, pelo insistente trabalho que realizaram no sentido de fazer com que hoje tenhamos essa parte da estrada asfaltada.

Agora, capitaneando esse esforço da Bancada Federal temos o Presidente Sarney, nosso grande Líder político do Estado do Amapá, que fez com que esse evento pudesse ter início amanhã. Também não quero ser injusto com o Ministro Alfredo Nascimento, que mostrou ser um homem conhecedor da região, sensível às dificuldades por que passamos. Lá, durante uma solenidade política, S. Exª nos prometeu e liberou o que esperávamos para reiniciarmos essa obra.

Quero também fazer um registro de censura, sim, ao ex-Ministro dos Transportes, Anderson Adauto, que fez com que todos nós, Parlamentares, passássemos vergonha em nosso Estado, porque nos fez promessas, e levamos ao Estado a mensagem de progresso que ocorreria com as estradas. Ele falhou completamente ao não nos dar mais satisfação alguma.

Presto a minha homenagem ao Presidente Sarney, como grande Líder político da Bancada do Estado do Amapá, e ao Ministro Alfredo Nascimento, claro, reconhecendo na figura do Presidente da República o grande autorizador dessas liberações.

Muito obrigado, Sr. Presidente.