Discurso durante a 143ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas à postura da Prefeita Marta Suplicy durante a campanha eleitoral.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES.:
  • Críticas à postura da Prefeita Marta Suplicy durante a campanha eleitoral.
Publicação
Publicação no DSF de 20/10/2004 - Página 32425
Assunto
Outros > ELEIÇÕES.
Indexação
  • SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, O ESTADO DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DECLARAÇÃO, MARTA SUPLICY, PREFEITO, CAPITAL DE ESTADO, DIFICULDADE, ADVERSARIO, ELEIÇÃO MUNICIPAL, PREFEITURA, MUNICIPIO, SÃO PAULO (SP), OBTENÇÃO, RECURSOS, GOVERNO FEDERAL.
  • COMENTARIO, RESPOSTA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, DIVULGAÇÃO, JORNAL, O ESTADO DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), CRITICA, DECLARAÇÃO, CANDIDATO, REELEIÇÃO, PREFEITURA, CAPITAL DE ESTADO.

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a hora da derrota, apesar de chorosa para quem só pensa em poder, não autoriza, falas do tipo dessa que está nos jornais, proclamada pela Prefeita licenciada de São Paulo, Marta Suplicy.

Como quem já começa a sentir o travo de um malogro, ditado pelo povo, a candidata do PT acaba de se tornar autora de uma triste cantilena que o jornal O Estado de S. Paulo resume da seguinte forma, no título da notícia:

“Marta prevê dificuldade para Serra obter recursos do governo Lula”

            Estou trazendo essa barbaridade sem tamanho para os Anais do Senado da República a fim de que amanhã o historiador possa dispor de elementos para qualificar o que é ser PT.

            Garante a candidata petista que, eleito, José Serra vai ter dificuldades para obter recursos federais. Além da previsão, o que transforma a Prefeita parecida com a Madame Min das histórias de Walt Disney, Dona Marta faz também uma advertência, confirmando o que os brasileiros já desconfiavam e que, na visão da prefeita significa algo como “Vai se ferrar o Prefeito que não rezar pela cartilha de Lula, em seus restantes dois anos de Governo”.

 Como pretensa dona do pedaço, a Prefeita vai mais longe e faz ameaças: "E em 2006 haverá uma disputa. Eu não sei como será o embate. Luta política é luta política", comentou, em entrevista à Rádio CBN.

            Traduzindo bem, podemos entender que para o PT luta política é o que importa. Administrar é algo irrelevante na cartilha petista.

Na edição gráfica de O Estado de hoje, dia 20 de outubro, diz outra notícia que o Governo não concorda com essa diatribe da Prefeita. Garante o Palácio do Planalto que não haverá discriminação contra qualquer prefeito e reprova duramente mais essa pisada de bola da petista.

Tudo bem. As explicações podem ser aceitas, mas não invalidam o significado do destempero petista, na vizinhança da provável derrota.

            Reproduzo trecho da notícia de hoje:

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva reprovou a retomada da

estratégia do medo por parte da prefeita Marta Suplicy (PT),

candidata à reeleição. Lula avalia que Marta fez um bom

governo, mas não conseguiu mostrar suas realizações aos

eleitores. Acha, porém, que a prefeita não ganha nada ao

tentar pôr o governo federal na disputa, vinculando a

eventual derrota do PT a uma crise na cidade. A penúria

ocorreria por falta de ajuda do Planalto ao PSDB de José

            Serra.

           É o seguinte o noticiário do Estadão a que me referi, baseado em entrevista da candidata petista à Rádio CBN

           São Paulo - A prefeita licenciada de São Paulo e candidata pelo PT à reeleição, Marta Suplicy, previu hoje que José Serra (PSDB) poderá ter dificuldades para obter recursos federais, caso seja eleito prefeito da capital paulista. Isto porque, disse ela, o tucano não tem projetos que tenham sintonia com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. "O presidente Lula envia os recursos quando os projetos (das prefeituras) têm sintonia com o projeto do governo. Para o Serra, vai depender dos projetos que ele apresentar", afirmou. "Eu não vi ele (Serra) apresentar nada que esteja em sintonia com o governo Lula".

           Marta citou a disputa de 2006 como outro possível empecilho para que Serra obtenha recursos na União. Ela lembrou que o tucano foi o grande adversário de Lula em 2002. "E em 2006, haverá uma disputa. Eu não sei como será o embate. Luta política é luta política", comentou, em entrevista à Rádio CBN.

           Marta voltou a criticar o governo do Estado, administrado pelo também tucano Geraldo Alckmin. Ela comentou que o governo paulista não tem nenhum projeto para acabar com as escolas de lata. Mas, segundo a petista, os adversários preferem criticá-la, ao invés de olhar para os problemas de mesma ordem que têm. "Os tucanos não olham para o próprio umbigo; ou eu diria: para as próprias penas. Não é?", afirmou.

           Depois de conceder entrevista a rádio, Marta também participou de programa na rádio Globo. Neste momento, a petista se reúne com esportistas em almoço no Clube Pinheiros. Participam do encontro atletas como Ana Moser, Ademir da Guia, eleito vereador pelo PCdoB, entre outros. O ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz, também comparece ao encontro. Após o evento no Clube Pinheiros, Marta fará corpo-a-corpo em Ermelino Matarazzo, na zona leste da cidade.

           Ana Paula Scinocca


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/10/2004 - Página 32425