Discurso durante a 176ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Regozijo em assumir o papel de líder do governo Lula.

Autor
Ideli Salvatti (PT - Partido dos Trabalhadores/SC)
Nome completo: Ideli Salvatti
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EXPLICAÇÃO PESSOAL.:
  • Regozijo em assumir o papel de líder do governo Lula.
Publicação
Publicação no DSF de 08/12/2004 - Página 41366
Assunto
Outros > EXPLICAÇÃO PESSOAL.
Indexação
  • ESCLARECIMENTOS, IMPORTANCIA, INTERESSE, ORADOR, EXERCICIO, FUNÇÃO, LIDER, GOVERNO FEDERAL.
  • RECONHECIMENTO, EFICACIA, RESULTADO, GESTÃO, GOVERNO FEDERAL, CRIAÇÃO, EMPREGO, OPORTUNIDADE, RENDA, POSSIBILIDADE, INCLUSÃO, NATUREZA SOCIAL, AMPLIAÇÃO, NUMERO, VAGA, UNIVERSIDADE, BENEFICIO, POPULAÇÃO.

A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC. Para uma explicação pessoal. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, se há alguém aqui que pensa que faço, de forma constrangida, a defesa do Governo que tivemos a capacidade política de eleger depois de toda uma geração ter contribuído de forma significativa para derrotar a ditadura militar, de construir a democracia, de abrir a possibilidade de termos à frente da Presidência da República uma personalidade com a história do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva; se há alguém que acredita que isso me causa algum tipo de constrangimento, esclareço que o faço com convicção e com orgulho.

Muitas vezes - não foi uma, nem duas, nem três vezes apenas -, situações bastante desagradáveis foram criadas neste plenário com relação a minha pessoa. E, de forma muito respeitosa, às vezes até passando muito nervoso, tive que ter entendimento do que estava em jogo nesta Casa para aprovação de matérias importantes para a Nação.

Se algumas coisas me constrangeram neste plenário, com certeza não foram as defesas sistemáticas que tenho feito, com muito orgulho, do Governo que ajudei a eleger, contribuindo da minha forma, com a minha capacidade para dar sustentabilidade cotidianamente.

Se passei por algum constrangimento ou se tive de “engolir algum sapo”, como costumamos dizer no jargão popular, não foi por defender o Governo no qual acredito e pelo qual estou empenhada. Os resultados estão aparecendo e já estão produzindo alterações significavas no cotidiano das pessoas: geração de emprego, oportunidade de renda, possibilidade de inclusão social, abertura de possibilidades, como no caso do ProUni, que amplia o número de vagas nas universidades para a nossa juventude. Poderia listar uma série de projetos, de programas, de ações do Governo que têm beneficiado a população brasileira e que têm modificado a relação com o cotidiano.

Não há problemas com os debates acirrados com a Oposição, quando, muitas vezes, fico constrangida, mas não pela defesa do Governo.

Portanto, faço esta observação e acrescento: os Senadores do PFL que pretendem continuar brindando-me com o debate, está de bom tamanho, e se o PSDB também quiser, não há nenhum problema, faço-o de forma tranqüila.

Mas a expressão “samba do crioulo doido” não é politicamente correta. Nunca a utilizei, nem gostaria de contribuir para isso, até porque o samba é uma manifestação afrodescendente que orgulha o Brasil e a todos nós. Jamais utilizaria a expressão ou contribuiria para criar um “samba do crioulo doido”. Samba de bom tamanho é um dos principais valores da cultura brasileira.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/12/2004 - Página 41366