Discurso durante a 177ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentários à divulgação da pesquisa feita pelo Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria, que mostra o crescimento da aprovação do governo Lula e do crescimento da popularidade do Presidente da República. Análise da projeção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, que mostra a perspectiva do crescimento da economia brasileira. Transcrição da reportagem da revista Época intitulada "A Vez da Indústria". (como Líder)

Autor
Ideli Salvatti (PT - Partido dos Trabalhadores/SC)
Nome completo: Ideli Salvatti
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA. POLITICA INDUSTRIAL.:
  • Comentários à divulgação da pesquisa feita pelo Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria, que mostra o crescimento da aprovação do governo Lula e do crescimento da popularidade do Presidente da República. Análise da projeção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, que mostra a perspectiva do crescimento da economia brasileira. Transcrição da reportagem da revista Época intitulada "A Vez da Indústria". (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 09/12/2004 - Página 41487
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO. POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA. POLITICA INDUSTRIAL.
Indexação
  • APRESENTAÇÃO, RESULTADO, PESQUISA, REALIZAÇÃO, CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDUSTRIA (CNI), APROVAÇÃO, OPINIÃO PUBLICA, GOVERNO, AUMENTO, POPULARIDADE, PRESIDENTE DA REPUBLICA, PROGRAMA, ASSISTENCIA SOCIAL.
  • APRESENTAÇÃO, DADOS, INSTITUTO DE PESQUISA ECONOMICA APLICADA (IPEA), PREVISÃO, CRESCIMENTO ECONOMICO, AUMENTO, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB).
  • SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, PERIODICO, EPOCA, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), RETOMADA, CRESCIMENTO, INDUSTRIA, BENEFICIO, EMPREGO, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO, BRASIL.

A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC. Como Líder. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho à tribuna tecer alguns comentários a respeito de duas questões do noticiário de hoje, relacionadas, inclusive, ao pronunciamento que me antecedeu.

Uma delas é a divulgação da pesquisa Ibope realizada pela Confederação Nacional da Indústria. É importante registrar que essa pesquisa não é de nenhum órgão de Governo ou de nenhum partido político, mas da Confederação Nacional da Indústria. Portanto, não cabe qualquer insinuação a respeito de que a orientação da pesquisa, o que divulga a pesquisa tenha tido interferência ou ingerência de alguém do Governo ou do próprio Presidente da República.

No resultado do Ibope/CNI, além dos números extremamente positivos de crescimento da aprovação do Governo, que subiu de 55%, em setembro, para 62%, agora em novembro, e a popularidade do Presidente de 58% para 63%, ou seja, o crescimento tanto da aprovação do Governo quanto da popularidade do Presidente - inclusive os números coincidem, 62% na aprovação do Governo e 63% na popularidade do Presidente da República -, um item me chamou a atenção, porque é algo que vem sendo reiteradas vezes debatido - ainda tenho o compromisso de fazer um pronunciamento mais longo e demorado para dar continuidade àquele pronunciamento curto do Dia Nacional do Samba, a respeito das ações na área social -, Senador Capiberibe, qual seja, o índice mais elevado, o maior percentual de reconhecimento dos entrevistados pela pesquisa Ibope/CNI é exatamente a área social, as ações de combate à fome e à pobreza. Quarenta e dois por cento dos entrevistados reconhecem essa como a área mais eficiente do Governo, que subiu, em setembro, de 36% para 42%.

Como segundo colocado, temos a questão do emprego, mas bastante atrás. O emprego é o assunto que temos reiteradas vezes debatido, como o aumento do número de empregos com carteira assinada, por meio do Caged, que já alcança quase dois milhões.

Então, o reconhecimento das ações na área social é de 42% e o das políticas de combate ao desemprego, 16%. Em seguida, vêm as ações na área de educação e saúde, com 15%.

Eu não poderia deixar de registrar a maneira como a população está aprovando as ações do Governo, comprovada pelos números crescentes de popularidade tanto do Presidente quanto da própria aprovação do Governo, e também de realçar o reconhecimento da área social.

Também não poderia deixar de trazer notícia sobre as estimativas de alteração no percentual do crescimento da economia brasileira feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea. Hoje, todos os jornais publicam que o Ipea reviu, pela terceira vez este ano, a sua projeção de crescimento do nosso PIB, da riqueza brasileira. Inicialmente, a previsão era de 3,4%, em março; em setembro, passou para 4,6%; agora, a projeção para este ano é de 5,2% de crescimento do PIB. E a projeção do Ipea para o próximo ano é algo em torno 4%, mas com realce para a perspectiva de que, no ano que vem, diferentemente deste ano, o que efetivamente elevará o nosso PIB não será a pauta de exportação ou o comércio exterior, mas a demanda interna da população brasileira, que será a mola mestra, a propulsora do crescimento.

Desses dados apresentados pelo Ipea, eu gostaria de ressaltar que o Grupo de Mercado de Trabalho do Ipea - e isto consta nos dados divulgados hoje - estima que a taxa de desemprego em dezembro ficará em torno de 9,5%, abaixo, portanto, dos dois dígitos, meta que todos aguardamos com muita expectativa. A massa salarial já tem um crescimento médio de 6% em relação a 2003.

O diretor do Ipea, Paulo Levy, falando a respeitos dos riscos para 2005, informou que estão entre baixo e médio, todos associados a questões externas, como petróleo, déficit e juros americanos. Ele declarou que temos uma situação bem menos vulnerável, tanto com o ajuste fiscal quanto com o externo. É um ajuste brutal. A relação dívida/exportação caiu muito, e, com a melhora nos fundamentos da economia, ele afirma que o risco país poderá cair para a casa dos 200 pontos. Não me lembro desse índice ter atingido patamar tão baixo.

O Ipea prevê um avanço de quase 20% nas exportações este ano; investimentos da ordem 12,3%; e a taxa de investimento sobre o PIB, um indicador extremamente importante, de 19,9%, podendo ser arredondada para 20%, percentual que não se obtinha desde 1995. A projeção para 2005 é de 21,3%, a maior taxa de investimento sobre o PIB dos últimos 14 anos. Não poderia deixar de ressaltar esses dados.

Peço à Mesa que autorize a transcrição na íntegra de um artigo publicado na revista Época, intitulado “A vez da Indústria”, matéria que traz dados extremamente importantes a respeito da retomada da indústria como a grande alavanca do desenvolvimento econômico e geração de emprego.

Meu tempo já está esgotado, mais gostaria de apresentar aqui pelo menos trechos da reportagem da revista Época. Um deles: “Fábricas atingem o maior ritmo de produção desde 1977, batem o lucro dos bancos e voltam a puxar a economia”. Em outro trecho “Máquina da resultados”, mostra a lucratividade de algumas empresas comparada com a de alguns bancos. A lucratividade de Gerdau atingiu 45%; a Souza Cruz, 43%; a Usiminas, 40%; a Usiminas, 40%; a Caemi, 39%; a Weg, lá da minha Santa Catarina, 34%. O Banespa atingiu um percentual de 28,7%; Itaú, 26,7%; Bradesco, 18,5%; Unibanco, 15,1% e Sudameris, 8,3%.

Sr. Presidente, peço que seja publicada na íntegra a reportagem da revista Época, que mostra a retomada do crescimento da indústria em nosso País, crescimento que não se observava desde 1977.

Sr. Presidente, eram essas as questões que queria trazer ao plenário do Senado da República nesta tarde.

Muito obrigada. 

*********************************************************************************

DOCUMENTO A QUE SE REFERE A SRª SENADORA IDELI SALVATTI EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e § 2º do Regimento Interno)

*********************************************************************************

Matéria referida:

“Revista Época”.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/12/2004 - Página 41487