O SR. FLÁVIO ARNS (Bloco/PT - PR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, como depositárias da dimensão afetiva, as mulheres simbolizam as trincheiras que resistem bravamente à tentativa da imposição da supremacia da mais força e do mais mando sobre o mais sensível e o mais terno, marcas distintivas do humano.

Muitas vezes estão relegadas ao abandono, à posição subalterna, ao silêncio de participação, quase que consideradas pessoas de segunda classe, esquecidas e penadas.

Mas são as mulheres que geram a vida e dela cuidam com ternura. É trabalho sem valorização e sem preço, sem marca nas estatísticas econômicas, algo que sai do coração como dom gratuito, generoso e grande.

Até nas formalidades do registro de sua vida e dedicação, a grandeza do gesto esquecido da sua força é validado como sinal interessante, porém fraco como todo sentido do feminino.

Do mais profundo do ser feminino, sobe um grito de pedido de atenção, de despertar e de reconhecimento, de superação dos equívocos históricos.

Este espírito de resistência é possível graças à presença interior da força pessoal, da convicção da dignidade igual, do desejo de participação na construção da vida gerada e do mundo.

O dom feminino do afeto e da força interior que liberta e transforma faz a marca dos tempos de agora. Vai semeando um jeito novo de retomar o projeto da criação, que na sua origem e na sua essência é um projeto gratuito de amor.

Parabéns a todas as mulheres não só pelo seu dia, mas pelo dom transformador e gerador da vida.

Muito obrigado.