Discurso durante a 27ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Críticas aos discursos do Presidente Lula sobre desenvolvimento e emprego.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO. POLITICA DE EMPREGO.:
  • Críticas aos discursos do Presidente Lula sobre desenvolvimento e emprego.
Publicação
Publicação no DSF de 29/03/2005 - Página 6560
Assunto
Outros > PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO. POLITICA DE EMPREGO.
Indexação
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, PERIODICO, ISTOE, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DISCURSO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, SITUAÇÃO, DESEMPREGADO, MELHORIA, TRANSFERENCIA, SUBEMPREGO.
  • CRITICA, IMPROPRIEDADE, DISCURSO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, DESENVOLVIMENTO, EMPREGO, REGISTRO, AUSENCIA, EXECUÇÃO, PROMESSA, CAMPANHA ELEITORAL.

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, já passou da hora de o Presidente da República entender que só deveria falar de improviso se dispusesse de uma espécie de hábeas-língua. Essa sugestão não vem à toa. E mais do que nunca é necessária para que Lula não siga dizendo tanta impropriedade, do tipo dessa que a revista IstoÉ publica na edição da semana em andamento.

Aí vai, entre aspas:

Tinha muita gente que estava desempregada e que agora faz um biquinho. É assim que nosso querido Brasil vai se desenvolver.

Lula, Presidente da República, falando sobre a oscilação do emprego.

Se esse é o modelo petista de desenvolvimento, é bom sair de baixo, que nada mais se salva, diante de tamanho desacerto, para não dizer asneira. Pode ser que o País sonhado pela cultura de Lula seja essa nação do biquinho. Seguramente, não é o País acalentado pelo povo brasileiro.

Pior ainda, essa súbita manifestação de Lula lembra o que se costuma dizer para definir a falta nível: são coisas de gente de terra de muro baixo. Não é sério dizer isso quando o País é o Brasil. Afinal, se o Governo petista falhou e segue falhando na promessa de criar os tais de 10 milhões de empregos, não é assim que se foge da raia...

Essa infeliz frase do Presidente Lula não é a única a aparecer na revista. Na mesma página, uma outra mal-traçada frase, em que ele diz: Eu sou sanfona mesmo. (Lula, Presidente da República, falando sobre a oscilação de seu peso).

Se fosse possível fazer perguntas ao Presidente, seria o caso de indagar-lhe se o modelo petista de desenvolvimento é esse dos biquinhos.

Se assim for, a hora é de um basta. Que venha o Presidente e diga que o jeito é ir aceitando os biquinhos. O cheiro disso é a informalidade, que não conduz a nada.

A continuar esse diapasão indigesto, biquinho será o mínimo que os brasileiros vão acabar fazendo na melhor hora, daqui a um ano e sete meses. Diante da urna eletrônica, que não faz biquinho, faz um bico maior. Milhões deles. Todos para Lula e o PT.

Era o que eu tinha a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/03/2005 - Página 6560