O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - O Senador José Agripino trabalhou com muita lucidez, como é a sua marca. O que o País viu, estarrecido, Sr. Presidente, foi o Governador exibindo Deputados que pediam, claramente, a ele, que estabelecesse, em seu governo, o regime lamentável da mesada, da propina, o mesmo que estamos aqui a condenar no plano federal. Não sei se a proposta da Senadora envolve a renúncia de parlamentares federais ou não. (Pausa.)

Só dos estaduais. Renúncia, portanto, pela metade.

Não tenho dúvida de que a Senadora haverá de não negar seu apoio à Comissão Parlamentar de Inquérito que quer investigar esse assunto do PTB, que, aliás, o próprio PTB está assinando. Portanto, temos a certeza de que vamos obter muito mais do que 41 votos.

Mas volto ao assunto de Rondônia. O fato é que a proposta do Senador Tião Viana é sábia: uma comissão isenta, equilibrada partidariamente, para ver o que de fato acontece lá. Mas não dá para passar uma esponja naquilo que foi exibido em cadeia nacional, envolvendo Deputados claramente propineiros, que pediam dinheiro ao Governador para apoiar seu governo.

Se houver mazelas do Governador, que porventura sejam investigadas a fundo, do mesmo jeito que se quer investigar as denúncias patrocinadas pela revista Veja. Mas não podemos partir da premissa de que, qualquer que seja o caos, ou qualquer que seja a dificuldade em Rondônia, não tenha havido aquela cena horripilante de Deputados cobrando mesada do Governador para vender suas consciências, mesada essa que, certamente, seria paga com o dinheiro público.

Portanto, concordo plenamente com uma parte da idéia, que é a comissão de Senadores, equilibrada, para verificar in loco a questão.

Muito obrigado.