Discurso durante a 107ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Crise enfrentada pelo Partido dos Trabalhadores e pelo governo federal.

Autor
Cristovam Buarque (PT - Partido dos Trabalhadores/DF)
Nome completo: Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA PARTIDARIA.:
  • Crise enfrentada pelo Partido dos Trabalhadores e pelo governo federal.
Aparteantes
Alberto Silva, Ney Suassuna, Pedro Simon.
Publicação
Publicação no DSF de 09/07/2005 - Página 22733
Assunto
Outros > POLITICA PARTIDARIA.
Indexação
  • ANALISE, GRAVIDADE, CRISE, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), INSUFICIENCIA, PROVIDENCIA, AFASTAMENTO, DIRETORIA, MINISTRO DE ESTADO, NECESSIDADE, RENOVAÇÃO, POLITICA PARTIDARIA, REFORÇO, ETICA, PRIORIDADE, CUMPRIMENTO, PROMESSA, CAMPANHA ELEITORAL, DESENVOLVIMENTO SOCIAL, VALORIZAÇÃO, DEMOCRACIA.
  • CRITICA, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), RESTRIÇÃO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), NECESSIDADE, BUSCA, INTERESSE NACIONAL, UNIFICAÇÃO, IDEOLOGIA, PRIORIDADE, APLICAÇÃO, ORÇAMENTO.
  • CONCLAMAÇÃO, CIDADÃO, ASSOCIADO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), RENOVAÇÃO, POLITICA PARTIDARIA.
  • CONCLAMAÇÃO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, INICIATIVA, PROPOSIÇÃO, EXTINÇÃO, REELEIÇÃO.

O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco/PT - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente César Borges, Srªs e Srs. Senadores, eu não poderia deixar de continuar na linha dos discursos feitos por V. Exª, pronunciado ainda há pouco, pelo Senador Pedro Simon e pelo Senador Alvaro Dias. Eu não poderia deixar de falar de uma situação que atravessamos, Senador Pedro Simon, que é a crise que vive o Governo do Presidente Lula e a crise que atravessa o meu Partido, o Partido dos Trabalhadores.

Há duas maneiras de ver a crise. Há uma maneira de vê-la como essas sucessivas crises que enfrentamos na vida pessoal e que os governos têm e que devem ser enfrentadas. Como o Senador Valdir Raupp enfrentou como Governador, como o senhor enfrentou, como eu enfrentei, como o Senador Pedro Simon enfrentou a cada dia. São as pequenas crises do dia-a-dia.

Mas há crises que, em vez de nós as administrarmos, elas nos administram, e essas não se resolvem com pequenas soluções. Essas só são resolvidas com soluções drásticas. Na nossa vida pessoal, os casamentos, todos os dias, têm suas crises que são administradas, mas há situações em que vem o divórcio.

Hoje, tanto o Partido dos Trabalhadores quanto o Governo do Presidente Lula estão precisando de medidas mais fortes do que simplesmente os ajustes pequenos que fazemos nas pequenas crises. O Senador Pedro Simon falou aqui de soluções para o Governo Lula.

Eu quero falar primeiro do Partido dos Trabalhadores e depois do Governo do Lula, desta crise que não estamos administrando e que está nos administrando de uma maneira que pode levar a finais imprevisíveis, Senador Ney Suassuna, o próprio Partido dos Trabalhadores.

Não é mudando o Presidente que vamos resolver. Não é tirando figuras históricas, como José Dirceu, Genoíno. Esses até podemos tirar para dar uma satisfação à opinião pública, que está querendo isso. Mas se fizermos só isso e continuarmos no mesmo estilo, na mesma política, não sairemos da crise.

Na verdade, a partir dos próximos dias, ou surge um novo PT ou nenhum. Não há como continuar esse mesmo PT com que nós nos acostumamos nesses 25 anos. Ou surge um PT diferente, ou não vamos ter PT por muito mais tempo, ainda que a sigla continue flutuando na vida pública brasileira.

Esse novo PT tem que ir muito além da crise. Primeiro, além da ética. Não basta nem mesmo voltarmos a ser e ter um comportamento ético e passar isso para a opinião pública. É preciso que o PT vá além dessa ética do comportamento dos políticos e crie, com clareza, a ética nas prioridades das nossas políticas, porque, Senador Pedro Simon, tão grave quanto essas denúncias que têm surgido é o fato de que, nesses dois anos e meio, não cumprimos as nossas promessas de campanha.

O que mais me incomoda nesta história de mensalão, além do próprio fato, é que o dinheiro foi usado para comprar posições que não mudavam o Brasil. Alguém disse que há pessoas que dizem que os fins justificam os meios. Eu acho que inventamos os meios justificando os meios. Nós temos que ir além da ética do comportamento e definir ética na prioridade.

Segundo, o novo PT, que tem que surgir, tem que ir além de São Paulo. Não pode ser um partido que olha os outros Estados como se fossem satélites. E, lamentavelmente, o meu Partido - isso eu digo há muitos anos, desde a origem - gasta mais energia nas disputas internas de São Paulo do que na concepção de um novo Brasil.

Mas não é só isso. O PT tem que ir além dos trabalhadores. O Brasil é um país em que ser trabalhador não significa ser povo. O Brasil é um país dividido em três grupos, se nós quisermos simplificar: os empresários, os trabalhadores e o povo excluído. Esse povo não está incorporado na formulação, no discurso do Partido dos Trabalhadores com a firmeza que deveria. É isso que entristece. Nesses dois anos e meio, tivemos medidas positivas do ponto de vista da assistência, e eu as defendo, mas não temos coisas concretas do ponto de vista da transformação, da mudança do destino desse povo excluído, como o seu e o meu povo nordestino. Mas os nordestinos que moram em São Paulo também.

O PT que vem aí não pode mais substituir o olhar desde a avenida Paulista, de antes, para o olhar desde o chão das fábricas do ABC de São Paulo. É preciso ter um olhar que envolva todo o País. Mas não basta isso. O PT que vier tem que ir além das tendências que se organizam dentro dele. É um Partido, hoje, dividido em tendências que são verdadeiros subpartidos. Falta uma ideologia ao nosso Partido.

Eu quero dizer, tenho dito várias vezes, que faço um elogio ao PFL, que é o Partido que tem uma ideologia neste País hoje. Não estou de acordo com o liberalismo como caminho para o Brasil. Mas, pelo menos, aí dentro tem um marco ideológico, um conjunto de idéias, um centro de concepção que unifica. Nós não temos. Nós temos diversas tendências que formam subpartidos, e essa é uma das causas da crise que nós vivemos.

Temos, portanto, Sr. Presidente, que ir além dos trabalhadores, de São Paulo, das tendências, da ética, e temos que ir além da economia. Considero que o PT amadureceu muito quando percebeu que a política econômica não pode ser ideologizada. Há regras que a economia ou cumpre ou quebra. Não existe política econômica de esquerda ou direita. Existe política econômica responsável ou irresponsável, competente ou incompetente, mas isso não pode fazer com que percebamos que a economia, sozinha, nos faz iguais aos outros.

O Sr. Pedro Simon (PMDB - RS) - Concede-me V. Exª um aparte, Senador?

O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco/PT - DF) - Um momento, Senador.

A diferença que vem não é na taxa de juros. A diferença que vem é no Orçamento. A arena da ideologia é o Orçamento, não é a política econômica. Amadurecemos ao entender que existem regras na política econômica que não podemos ferir, como a Lei da Gravidade. Detesto ter que descer as escadas, mas não saio voando pelas janelas. Agora, ser só da economia é a causa da crise do PT. Deveríamos ter a economia e mudar o Orçamento para atender às necessidades do povo, e isso não fizemos. Prova disso é o Fundeb, que vem aí para dar R$1 bilhão a mais. Deveríamos pedir desculpas por dar R$1 bilhão e não comemorar.

Pois bem, Sr. Presidente. O PT novo, que ou surge ou desaparece, vai ter que fazer essas mudanças drásticas e não apenas tirar um ou outro Presidente. É preciso algo muito mais dramático para recuperarmos a esperança que o nosso Partido representava.

O Sr. Ney Suassuna (PMDB - PB) - Permite-me V. Exª um aparte?

O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco/PT - DF) - Concedo o aparte ao Senador Ney Suassuna e, depois, ao Senador Pedro Simon.

O SR. Ney Suassuna (PMDB - PB) - Estou aqui convivendo com V. Exª neste mandato. Já estou no Senado há algum tempo, e, a cada dia, aumenta a minha admiração por V. Exª.

O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco/PT - DF) - Muito obrigado.

O Sr. Ney Suassuna (PMDB - PB) - V. Exª é uma pessoa ponderada, centrada, que pensa antes de falar e diz coisa com coisa. Fico muito feliz e muito orgulhoso de ver o aconselhamento que V. Exª está fazendo. Quisera eu que alguns setores do Partido de V. Exª - por que não dizer dos partidos em geral - pudessem ouvir esse conselho e cumpri-lo. V. Exª está dando bons conselhos que merecem a nossa louvação. Parabéns, Senador Cristovam Buarque.

O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco/PT - DF) - Obrigado, Senador.

Concedo o aparte ao Senador Pedro Simon.

O Sr. Pedro Simon (PMDB - RS) - V. Exª está fazendo uma análise muito profunda, e fico a pensar: antes de assumir o Governo o Presidente Lula, um pronunciamento como esse de V. Exª, os petistas iriam considerar uma desgraça. “O Senador Cristovam está dizendo isso, mas o que é isso? Ele é um homem de direita e está querendo dizer que não podemos ter a nossa linha de comportamento, não podemos traçar a nossa linha econômica?” O PT terá que se insurgir. V. Exª estava certo, profundamente certo. Realmente a política econômica não é de esquerda nem de direita, ela tem os seus princípios. Foram nesses princípios que o nosso querido Lula, a rigor, em alguns aspectos, ficou mais à direita do que Fernando Henrique, embora nunca se imaginasse que isso pudesse ocorrer.

O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco/PT - DF) - Acho importante lembrar que defendo esta posição há muitos anos. Em 1998, em setembro, depois de uma entrevista à revista Veja, quase fui expulso do PT porque disse que, se o Lula fosse eleito em 1998, no mês seguinte, deveria manter Pedro Malan e Gustavo Franco por cem dias. Eu achava que era o tempo necessário para se manter a estabilidade com confiança.

Em 2002, eu disse: já não dá mais para ser nenhum dos dois, um já tinha saído, porque cansaram, mas deve ser por mais de cem dias a continuação da política. Eu não vou dizer por quanto tempo.

Mas continuamos sendo de direita na política orçamentária, não pela responsabilidade fiscal, que é parte da política econômica, mas pela distribuição dos recursos, porque continuamos mantendo privilégios em vez de atender necessidades.

Concedo o aparte ao Senado Alberto Silva.

O Sr. Alberto Silva (PMDB - PI) - Senador Cristovam, estou ouvindo atentamente o discurso sempre lúcido, sempre competente de V. Exª, que traz dois temas à nossa consideração. Um deles se refere ao problema econômico, discutindo o que é ou não orçamentário. Ao mesmo tempo, fala que ou o Partido dos Trabalhadores muda e emerge dele algo novo, ou ele acaba. Eu fico a pensar, depois do aparte do nosso Líder, como fazer isso? O PT, neste momento, diante de tudo isso que está acontecendo, talvez esteja atônito, com o envolvimento de seus Líderes, com toda essa parafernália de denúncias. Mas V. Exª, com tranqüilidade e calma, vem de longe dizendo que o pensamento do PT não pode ficar na Av. Paulista. Concordo plenamente, porque o PT tem que pensar o Brasil todo. Pergunto a V. Exª, com essa firmeza de caráter, homem sério e competente que é: quem poderia fazer com que emergisse um novo PT?

O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco/PT - DF) - Eu vou responder.

O Sr. Alberto Silva (PMDB - PI) - O homem, na minha opinião, que neste instante tem a maior autoridade para isso é o Presidente Lula. Com a autoridade que tem, com o apoio da sociedade brasileira - ninguém tocou nele ainda -, pode dizer ao PT: “tire o PT ruim, bote o PT bom aqui do meu lado”. Falo de maneira coloquial e não filosófica como V. Exª, que discursa tão bem sobre o assunto. Parabéns.

O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco/PT - DF) - Senador, eu ia dar outra resposta, mas a sua, vou considerar no final, se o Presidente me der algum tempo além. Eu ia responder que quem pode fazer isso é o pequeno militante, se ele despertar para a realidade da crise que vivemos, mas o Presidente Lula pode ser o líder disso. Vou retomar a este assunto no final, agradecendo a sua lembrança.

Falo hoje pensando, sobretudo, nos 800 mil militantes que o PT tem, pessoas que têm não apenas uma vocação, mas uma missão a cumprir na defesa do nosso País. Esses 800 mil militantes hoje estão angustiados, perplexos e frustrados. Mas a nossa alternativa está neles. Eles perceberam que trazemos o partido dentro de nós e que a sigla é um guarda-chuva que unifica aqueles que têm dentro de si um mesmo partido. Eles não podem perder esse partido que está dentro deles, esse PT que carregam dentro deles, mesmo que o guarda-chuva seja levado com a sigla para outro lado por pessoas que perdem o compromisso com o partido. O partido é uma coisa, sigla é outra; às vezes, coincidem e, às vezes, se divorciam. Hoje, sigla e partido não estão significando o mesmo, o Partido PT está dentro da gente, a sigla PT é um guarda-chuva que alguns conduzem, levando-nos juntos porque pensamos iguais.

De repente, é preciso sair do guarda-chuva para continuar no partido. E os 800 mil militantes têm que entender que, se esse novo partido não vier e eles tiverem que se desgarrar da sigla do guarda-chuva, eles não estarão se desgarrando do partido que eles carregam dentro deles, que são os princípios que fizeram com que gastassem suas energias na vocação da política.

Nesse ponto, estou de acordo com V. Exª.

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco/PT - DF) - O Presidente Lula, talvez, seja aquele que pode conduzir o processo de reconstrução, carregando o guarda-chuva na direção correta, mas, para isso, volto ao discurso do Senador Pedro Simon. Não dá para esperar 2011 para que Sua Excelência faça esse trabalho, não dá para esperar outro mandato, com os desgastes que sofrerá, inclusive porque teremos uma bancada muito pequena do PT. Se o Presidente quiser fazer isso e ficar na História como quem construiu um partido e o reconstruiu nas suas diferenças, penso que ele deveria mandar para cá um projeto acabando com a reeleição, na linha do que disse o Senador Pedro Simon. Não se trata de abrir mão de ser candidato, mas de dizer: “Acaba-se esse instituto, e eu, Presidente Lula, abro mão de disputar outro mandato”.

Temos muita culpa, nós do PT, mas uma das culpas é a reeleição. A reeleição, Sr. Presidente, faz com que não tenhamos mais Presidente, tenhamos candidato. Aquela faixa, que todos pensam que é a faixa de Presidente, aquela faixa é de candidato a Presidente, desde o dia 1º de janeiro, primeiro dia do seu mandato.

(O Sr. Presidente faz soar a campainha.)

O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco/PT - DF) - Isso traz três conseqüências: uma, as alianças são feitas para viabilizar a reeleição e não para viabilizar a aprovação dos projetos. É a idéia dos meios justificando os meios. Segundo, o Presidente se apequena, fica do tamanho dos outros candidatos a Presidente neste País; fica do tamanho dos outros líderes que são candidatos, ele perde a majestade - desculpe-me o pecado para um republicano - da Presidência. Além disso, Sua Excelência pensa que tem oito anos, e não quatro. Portanto, adia para o segundo mandato o que deveria começar nos primeiros cem dias, como a história mostra ser o caminho certo para quem quer mudar.

O Presidente podia fazer isso e mais algumas coisas. Primeiro, convidar as lideranças nacionais, inclusive as da Oposição, mas não para negociar. Essa tem que ser uma decisão de Sua Excelência. Após decidir, convidar e dizer: “Vou concluir meu mandato. Quero mais dezoito meses para executar alguns projetos que têm a minha marca”. Pode ser a reforma política, até mesmo a Lei de Responsabilidade Social, que complemente a Lei de Responsabilidade Fiscal, para fazer com que nossos governantes não apenas obtenham um déficit zero, se for o caso, mas todos os déficits zero, Senador Pedro Simon: déficit zero em analfabetismo, déficit zero em crianças nas ruas, déficit zero no salário mínimo do trabalhador no final do mês. Aí, Sua Excelência poderá ressurgir e nos ajudar a reconstruir o PT.

Concluindo, apenas mais um item, que deixei para o final: o PT tem que ir além da arrogância. Estamos - e esta crise trouxe isso de positivo - mostrando que...

(Interrupção do som.)

O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco/PT - DF) - ...mostrando que, além de não sermos os donos da verdade, não somos donos da ética. E isso é positivo porque arrogante jamais é democrata. Não há como ser democrata e arrogante. O PT, para ser democrático, tem que reconhecer suas falhas. E uma das falhas é a de querer o monopólio das qualidades na política brasileira. Se fizermos isso, Sr. Presidente, Senador César Borges, Srªs e Srs. Senadores, poderemos ter um PT melhor do que o que tínhamos, embora muitos acreditem que isso é impossível. Do contrário, não teremos PT nenhum.

Ainda tenho a esperança de que esses 800 mil militantes vão despertar e entender que o PT continuará, mesmo que dentro deles e fora da sigla, mesmo que na chuva, saindo debaixo do guarda-chuva da sigla, mas sem abrir mão dos princípios que carregam. Essa é a esperança que tenho, de que o Partido, dentro de cada um dos militantes, ainda vai ajudar a construir o Brasil. Jamais podemos perder a esperança de que é possível.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/07/2005 - Página 22733